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Cosme Rímoli - Blogs

Foram mortos demais. E o futebol não voltará dia 16 de maio

A curva crescente do coronavírus foi cruelmente alta. O governador de Santa Catarina recou. E decidiu não liberar o retorno do futebol no dia 16 de maio

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

O governador Carlos Moisés não teve como desprezar 474 mortos
O governador Carlos Moisés não teve como desprezar 474 mortos

São Paulo, Brasil

A pressão foi demais.

Seria falta de consideração com a população brasileira.

No mesmo dia que o país atingiu os terríveis números 73.166 infectados e 5.083 mortos pelo coronavírus, o governo de Santa Catarina anunciar a volta do futebol no dia 16 de maio.


O governador Carlos Moisés recuou.

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E não deu a resposta que o presidente da Federação Catarinense, Rubens Angelotti, esperava.


A expectativa era imensa

Havia a certeza entre várias pessoas ligadas à cúpula da Federação, que o estado seria o primeiro a retomar o futebol no país, paralisado desde a primeira quinzena de março.


Até porque Santa Catarina é 'privilegiada' neste angustiante quadro. São 1.476 casos para 44 mortos.

Mas o aumento dos casos no Brasil foi muito grande, desde que a possível volta do futebol no dia 16 de maio começou a ser articulada, há cerca de duas semanas.

A Federação chegou até a abrir um horário para os clubes prorrogarem os contratos dos jogadores que terminassem em abril.

Estava tudo encaminhado.

O guia criado pela Federação Catarinense não convenceu governador
O guia criado pela Federação Catarinense não convenceu governador

Até mesmo foi criado pela Federação Catarinense o "Guia Médico de sugestões protetivas na Retomada Progressiva do Futebol Profissional de Santa Catarina de forma segura".

E encaminhado ao governador.

O presidente Jair Bolsonaro chegou a declarar seu apoio ontem à volta do futebol. O novo ministro da Saúde, Nelson Nelson Teich também deu esperanças do retorno das competições esportivas.

Mas, com o triste recorde de 474 pessoas mortas pelo coronavírus, só ontem, tudo veio abaixo.

"Houve um agravamento da situação", resumiu o ministro.

Com 5.083 mortos, e a assustadora certeza de curva ascendente do coronavírus, ficou indecente para o governador Carlos Moisés autorizar a volta do futebol.

"Na avaliação das autoridades estaduais de saúde, há impossibilidade de retomada das atividades coletivas, que gerem aglomeração ou contato físico, sob a alegação de que há risco iminente de propagação da Covid-19", diz o trecho principal da nota oficial do governo catarinense.

A cúpula da CBF foi avisada imediatamente.

E teve de aceitar.

Não há como o presidente Rogério Caboclo insistir para o retorno do esporte, mesmo com os clubes com gravíssimos problemas financeiros.

A prioridade tem de ser a vida.

Jogadores dos grandes clubes do Brasil retornarão de férias nesta sexta-feira, dia do trabalho. 

Vai depender de cada equipe autorizar o retorno aos treinos.

A tendência é que a maioria volte, usando o protocolo do futebol alemão.

Com os jogadores chegando uniformizados, treinando em grupos com poucos atletas, depois deixar o clube sem direito a banho.

A ideia de volta ao futebol no Brasil, com Santa Catarina aceitando ser a 'cobaia', no dia 16 de maio, com os portões fechados, não existe mais.

A tendência agora é que o futebol só retorne em junho.

Dependendo do coronavírus.

Ministro da Saúde deixou claro. Não há como liberar o futebol tão cedo
Ministro da Saúde deixou claro. Não há como liberar o futebol tão cedo

Abaixo, a nota do governo catarinense negando o retorno do futebol na desejada data de 16 de maio.

"O Governo do Estado informa que indeferiu o pedido referente ao retorno gradual da atividade de futebol profissional em Santa Catarina.

"O governador Carlos Moisés entrou em contato com o presidente da Federação Catarinense de Futebol (FCF), Rubens Angelotti, para comunicá-lo da decisão, e fez o mesmo com o presidente da Associação de Clubes de Futebol Profissional de Santa Catarina (SCclubes), Francisco Battistotti.

"Na avaliação das autoridades estaduais de saúde, há impossibilidade de retomada das atividades coletivas, que gerem aglomeração ou contato físico, sob a alegação de que há risco iminente de propagação da Covid-19....

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