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Flamengo sofre para ganhar do fraco Botafogo. E Ceni desabafa

Com 25 dias de trabalho e eliminações na Libertadores e Copa do Brasil, Ceni sente a pressão. A obrigação de vencer o Brasileiro. E defende seus jogadores

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Everton Ribeiro comemora o gol contra o Botafogo. Flamengo venceu. Mas jogou mal
Everton Ribeiro comemora o gol contra o Botafogo. Flamengo venceu. Mas jogou mal Everton Ribeiro comemora o gol contra o Botafogo. Flamengo venceu. Mas jogou mal

São Paulo, Brasil

Outra vez o Flamengo não jogou bem.

O time, que vem das eliminações na Copa do Brasil e na Libertadores, pelo menos venceu o clássico contra o Botafogo, que tem uma das equipes mais fracas da sua história.

E que caminha firme para a Segunda Divisão.

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Com forte pressão para que a conquista do Brasileiro seja obrigatória, o Flamengo ganhou três pontos indispensáveis. Pela fragilidade do rival.

Sofrido 1 a 0, gol de Everton Ribeiro.

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Teve Gustavo Henrique expulso.

Chegou à terceira colocação, com 42 pontos, dois do líder São Paulo.

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Rogério Ceni fez o óbvio.

Colocou seu time para marcar sob pressão o rival, esperando as inevitáveis falhas de um elenco limitado.

O que resultou no gol flamenguista, na falha de Marcinho, que errou o passe. A bola ficou com Gerson, que atuou mais adiantado. E ele, aos nove minutos do segundo tempo, serviu Everton Ribeiro. O chute foi colocado, Diego Cavalieri não defendeu.

Mas chamou a atenção a falta de objetividade flamenguista, quando tinha a bola dominada. Muita troca de bola e poucas infiltrações, finalizações. Mesmo contra uma equipe inferior, faltou convicção.

Após o jogo, como é costume seu, desde quando treinou o São Paulo, Rogério Ceni fez questão de falar como se o time que dirige tivesse feito uma partida marcante. O que esteve longe de acontecer.

"Era importante jogar bem. Acho que o time controlou o jogo como um todo. Vamos ficar com a imagem daquela falta, a expulsão no fim do jogo (expulsão de Gustavo Henrique).

"Mas, como um todo, o Flamengo teve o controle do jogo, propôs, tentou, teve as melhores oportunidades.

"O finalzinho do jogo teve um suspense grande, se a gente tivesse feito o segundo gol teríamos definido. Eu queria mais gols, mas acho que o time controlou bem o jogo, teve a posse, o controle. O Botafogo se defende muito em linha baixa, é difícil penetrar", disse Ceni.

A diferença gritante entre os dois elencos não se viu no Nilton Santos. Vitória magra
A diferença gritante entre os dois elencos não se viu no Nilton Santos. Vitória magra A diferença gritante entre os dois elencos não se viu no Nilton Santos. Vitória magra

Só para lembrar, os botafoguenses tomaram 30 gols em 23 jogos.

Rogério Ceni segue mostrando muita teimosia.

Como apostar em Gustavo Henrique, em péssima fase.

O zagueiro mal colocado, não teve outra saída hoje, a não ser agarrar Lucas Campos, aos 42 minutos do segundo tempo, evitando que ele entrasse na área flamenguista com a bola dominada.

Sua expulsão acabou com a vantagem de um homem a mais que o Flamengo tinha, com o cartão vermelho que Victor Luiz recebeu por ter dado um pontapé em Rodrigo Muniz.

"Num dos momentos cruciais, ele (Gustavo Henrique) fez o correto no momento correto. Tivemos um pequeno erro, e ele corrigiu mesmo tendo de se sacrificar. Eu acompanho o treinamento de todos os zagueiros.

"Trabalho a linha de quatro atrás, tenho me dedicado bastante. Hoje foi um dia importante, porque há muito tempo o Flamengo não fechava um jogo sem tomar gols", dizia, tentando se justificar.

Com 25 dias no Flamengo, o treinador já perdeu muito do prestígio que trouxe, ao abandonar o Fortaleza e substituir Domènec Torrent.

As eliminações na Libertadores e na Copa do Brasil foram muito pesadas.

A pressão para vencer o Brasileiro segue enorme.

A vitória magra, e com o time jogando mal, diante do fraco Botafogo não passou confiança.

Pelo contrário.

As milhares de críticas nas redes sociais servem como parâmetro da desilusão.

Ceni tenta compensar a sua falta de inspiração tática alegando trabalho. Até em demasia.

Gustavo Henrique, mal colocado, é obrigado a agarrar Lucas Campo. Vermelho justo
Gustavo Henrique, mal colocado, é obrigado a agarrar Lucas Campo. Vermelho justo Gustavo Henrique, mal colocado, é obrigado a agarrar Lucas Campo. Vermelho justo

"Duas vezes por semana, eu, pessoalmente, cruzo de 200 a 250 bolas eles", enfatizou, para destacar que tenta consertar um erro que considera crônico, a perda exagerada de gols do Flamengo.

Ceni aproveitou uma pergunta sobre um possível pacto que teria feito com os jogadores, para conquistarem o Brasileiro e tocou em um ponto que incomoda não só torcedores, como a diretoria.

Uma possível acomodação do time por tudo que conquistou em 2019.

"O pacto que se tem aqui é com o Flamengo.

"Tanto meu com o clube e os atletas com o clube.

"Na figura de treinador, eu me incluo nesse pacote.

"O que posso falar desses caras...

"Sei que o torcedor pode pensar em falta de interesse, acomodação.

"Isso não existe..."

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