Flamengo passou vergonha. Culpa de Renato. O Athletico fez o que quis. Está na final da Copa do Brasil 3 a 0
Em pleno Maracanã, o time de Renato Gaúcho não teve a mínima organização tática. Escancarado tomou contragolpes previsíveis. 3 a 0 para o Athletico. Eliminado da final da Copa do Brasil. Mergulhou no caos
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

São Paulo, Brasil
"Olê, Olê, Olê... Mister, Mister."
O consagrado refrão a Jorge Jesus foi cantado no Maracanã.
De maneira irônica, para atingir Renato Gaúcho.
Pela vergonhosa derrota por 3 a 0 para o Athletico Paranaense.
O anunciado caos chegou ao Flamengo.
E que pode ter consequências sérias no departamento de futebol.
Com o vice Marcos Braz e Renato Gaúcho como alvos.
Isso a apenas 32 dias da final da Libertadores contra o Palmeiras.
"É complicado, é difícil. Entendo a revolta da torcida. Mas esse time aqui já foi campeão de muitas coisas. Então, a gente tem que saber perder e saber ganhar. Claro que no Flamengo a gente quer ganhar, ganhar e ganhar", tentou amenizar a eliminação, Gabigol.
O time rubro negro terminou com quatro atacantes, completamente desorganizado, parecendo disputar uma 'pelada' e não a semifinal da Copa do Brasil. E dependendo apenas de jogadas individuais dos atletas.
Time perdido, sem definição tática.
Enorme decepção da atuação do técnico, porque a estratégia athleticana era óbvia. E mesmo assim, o time não teve o mínimo de organização para se impor ao sistema defensivo de Alberto Valentin.
O Flamengo fracassou em pleno Maracanã, diante de sua torcida. Com dois gols de Nikão, o Athletico impôs a dolorida derrota ao time carioca por 3 a 0.
Se aproveitou do bagunçado sistema defensiva flamenguista no primeiro tempo. O atacante marcou dois gols e o zagueiro Zé Ivaldo marcou o seu em um contragolpe que ele messmo iniciou, tabelando com Pedro Rocha.

E garantiu sua vaga na final da Copa do Brasil, contra o Atlético Mineiro.
O clube paranaense disputará também a final da Copa Sul-Americana, culminando uma temporada fantástica.
Renato Gaúcho foi o responsável pelo fracasso.
Inacreditável a postura do Flamengo.
O treinador teve de fazer de conta que não ouvia os palavrões, depois da eliminação que custou, no mínimo, R$ 23 milhões, reservado ao vice da competição. O campeão receberá R$ 56 milhões.
Do outro lado, Alberto Valentin chegou apenas à sua sétima partida comandando o Athletico. E ele montou um sistema defensivo muito eficente. Com cinco zagueiros postados atrás o jogo todo. Mais três atletas na intermediária. E dois atacantes que ajudavam na marcação, mas estavam prontos para os contragolpes. Nikão e Kayzer.
Filipe Luís foi muito mal. Foi responsável por um pênalti infantil, para sua experiência. Logo aos quatro minutos. Ele chegou atrasado ao tentar dividir a bola com Kayser. Ele chutou o pé do jogador do clube paranaense. Wilton Pereira Sampaio não havia marcado. Foi alertado, corretamente, pelo VAR.
Nikão não desperdiçou.
Aos nove minutos de jogo, o Athletico já saía na frente na decisão. A tensão, que já dominava o Flamengo, ficou pior.
Em compensação, o árbitro viu pênalti inexistente de Thiago Heleno em Bruno Henrique. E marcou. Só que foi salvo pelo VAR.
O time sentia demais a ausência de Arrascaeta, contundido. Renato Gaúcho. Andreas Pereira outra vez foi improvisado como meia. E mal, como já havia sido em outras partidas.
Filipe Luís não atacava e estava inseguro na marcação. Isla afobado. Bruno Henrique centralizava o jogo. Gabigol se mostrava perdido, encaixotado entre os zagueiros. Everton Ribeiro travado na ponta direita. Diego completamente improdutivo. E marcando de
Estava tudo ótimo para o Athletico. E iria melhorar.
O Flamengo não mostrou a mínima força psicológica para reagir, saindo atrás no placar. Tentava na marra o empate, sem articulação, com os jogadores tentando resolver sozinhos. E, de forma mais esperada possível, em um contragolpe veloz, Kayzer serviu Nikão que bateu, Diego Alves falhou, deixando a bola passar debaixo do seu corpo. 2 a 0, Athletico, aos 52 minutos.

Ainda deu tempo para Andreas Pereira perder gol feito aos 54 minutos, chutando para fora, cruzamento rasteiro de Isla.
A expectativa era que no segundo tempo o Flamengo viria mais ofensivo e mais organizado defensivamente. Foi meia verdade. Michael entrou e incendiou o jogo, com seus dribles curtos. Só que o Flamengo seguiu vulnerável demais a qualquer contra-ataque.
O time carioca empurrado pela torcida buscou o ataque o segundo tempo inteiro. Mas o máximo que conseguiu foi um chute de Michael que Santos espalmou para a trave.
Aos 35 minutos, Khelveen fez falta violenta em Bruno Henrique e foi corretamente expulso. Mesmo contra dez, a equipe carioca sofria.
Quando a torcida do Flamengo já xingava muito Renato Gaúcho, o Athletico encaixa outro contragolpe perfeito. E terminou com o gol do zagueiro Zé Ivaldo, que abandonou a zaga, tabelou com Pedro Rocha e marcou 3 a 0.
Placar forte o suficiente para abalar Renato.
Os dirigentes flamenguistas vão cobrá-lo.
Mesmo faltando apenas 32 dias para o final da Libertadores...
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