Flamengo injustiçado no empate com o Grêmio. Futebol de campeão
O time carioca fez da arena gremista, a sua casa. Dominou a maior parte do jogo. Teve três gols anulados. Tomou o empate aos 42 do segundo tempo
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Foi uma partida empolgante.
De orgulhar o futebol brasileiro.
Mas injusta.
O Flamengo foi muito melhor do que o Grêmio, em plena Porto Alegre.
Teve três gols anulados pelo VAR.
Saiu na frente, com um gol de Bruno Henrique, perdeu chances de ampliar, mas acabou cedendo o empate, em um gol de oportunismo do jovem Pepê, escorando chute violento de Éverton Cebolinha, aos 42 minutos do segundo tempo.
1 a 1.
A decisão para qual clube decidirá a Libertadores ficou para o Maracanã, no dia 23, daqui três semanas. O empate em 0 a 0 é do Flamengo.
Mas a luta pela vaga está aberta.
Imprevisível.
O sentimento é de frustração não porque jogamos contra uma grande equipe, mas merecíamos a vitória. Foram várias chances de gol. Triste por ter tomado gol, mas a equipe está de parabéns. Agora vamos decidir no Maracanã.
"Nossa equipe sempre procura o jogo, em casa ou fora. Importante que fizemos um gol e vamos decidir em casa isso aí", dizia, orgulhoso, Rafinha.
"Levamos o gol do empate com o Filipe Luis no chão. O Grêmio não colocou a bola pra fora. E bem. Acho que fizeram bem.
"Tem o fair-play, é verdade, mas eles tentaram levar vantagem com um a mais. E assim nós faremos nos próximos jogos", desabafava Jorge Jesus, ao comentar o gol gremista. Filipe Luís estava contundido, caído, mas os gremistas não quiseram nem saber.
O treinador português desabafou. Até porque sabe o quanto foi injusto o que aconteceu na arene gremista.
O Flamengo propôs o jogo, dominou todo o primeiro tempo. Encurralou o Grêmio de Renato Gaúcho. Agiu como se não existissem os 43.947 pagantes gremistas. E os quatro mil flamenguistas fizeram a festa.
A equipe carioca jogava tocando a bola com personalidade, inteligência. Com seus jogadores do meio para a frente trocando de posição. E enlouquecendo o sistema defensivo gaúcho.
O VAR foi fiel parceiro ao excelente árbitro argentino Nestor Pitana. Por questão de centímetros, o Flamengo teve três gols muito bem anulados.
Jesus foi cruel.
Fez Filipe Luís, Arrascaeta, Gabriel Jesus e Bruno Henrique explorarem o lado direito da defesa gremista. Sem Leonardo Gomes e, principalmente, Geromel, Galhardo e David Braz sofriam com as investidas cariocas pela esquerda.
Paulo Victor transpirava insegurança.
Por pura sorte, os gaúchos não tomaram gols legais no primeiro tempo.
Na segunda etapa, Renato fez com que seu time atuasse mais compacto e mais ousado no ataque.
Seus atletas brigavam mais pela bola.
Equilibrou o jogo.
Mas o Flamengo marcou 1 a 0.
Aos 23 minutos, o time carioca levou a bola pela direita, atraiu a marcação da zaga e Arrascaeta cruzou com precisão, para esquerda, onde chegava Bruno Henrique para cabecear. Ele não tomou conhecimento de Galhardo mais baixo e pessimamente colocado.
Gol do Flamengo.
O time carioca recuperou o controle do jogo. E criava chances para amplicar. Mas desperdiçou.
Seguiu atacando.
Até que aos 42 minutos, em contragolpe, já que o Flamengo estava na frente, buscando o segundo gol, veio o empate.
Felipi Luís estava no chão, contundido, é verdade.
Mas nem os gremistas e nenhum time no mundo pararia com o contragolpe encaixado.
Maicon, que entrou muito bem no jogo, serviu Éverton Cebolinha na direita. Ele invadia a área em velocidade e chutou cruzado, forte.
O jovem Pepê desviou a bola para as redes 1 a 1.
O jogo estava decidido.
E tremendamente injusto com o Flamengo.
Mostrou futebol para ser campeão da Libertadores...
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