Flamengo empolgante, vibrante. 2 a 0 contra o Barcelona. A um passo da final da Libertadores
Bruno Henrique decidiu. Marcou os dois gols que encaminham o Flamengo à decisão. Estreia convincente de David Luiz. Time de Renato Gaúcho conseguiu ótima vantagem para chegar à final
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Foram 23.083 torcedores.
R$ 4.062.780,00 de arrecadação.
O reencontro da torcida com o Flamengo na Libertadores, no Maracanã, foi quase perfeito.
Emocionante, vibrante.
Com direito a uma vitória importantíssima diante do muito bem montado Barcelona de Guayaquil, no primeiro jogo da semifinal da Libertadores. 2 a 0, gols de Bruno Henrique. Com direito à convincente estreia de David Luiz na zaga rubro-negra.
Na próxima semana, o time de Renato Gaúcho poderá até perder por 1 a 0, no Equador, que ficará com a vaga para a decisão da Libertadores.
E o time ainda terá o reforço de Filipe Luís e Arrascaeta, que não jogaram hoje.
Para não deixar a noite perfeita, houve a expulsão infantil de Léo Pereira aos 43 minutos do segundo tempo. Deu uma cotovelada absurda em León. Cartão vermelho sem necessidade, sem explicação.
Renato Gaúcho foi cauteloso no segundo tempo, mesmo com um jogador a mais. O eficiente, mas nervoso, meio-campista Molina foi expulso depois de falta violenta em Bruno Henrique, aos 46 minutos do primeiro tempo.
Foi um jogo intenso, que começou com ritmo frenético, com os dois times criando e obrigando os dois goleiros a ótimas defesas.
A surpresa foi a postura do time equatoriano, o técnico Fábian Bustos colocou sua equipe pressionando o Flamengo e atacando em bloco. Sufocando.
O que obrigou Diego Alves a duas excelentes defesas, aos seis minutos. Defendeu chute colocado e violento de Mastriani e ainda teve reflexo para espalmar o rebote de Preciado.
O Barcelona se empolgou com as chances, com o espaço que o time brasileiro oferecia, já que não esperava o adversário tão corajoso. Só que acabou dando espaço para o mortal contragolpe flamenguista.
E aos 21 minutos, Gabigol inverteu sua postura. E, em vez de receber, serviu. Deu um cruzamento milimétrico para a cabeçada consciente, fulminante, de Bruno Henrique. Flamengo 1 a 0.
O gol transformou o jogo.
Tirou o ímpeto equatoriano e deu mais confiança aos jogadores de Renato Gaúcho. Andreas Pereira roubou a cena e foi o melhor em campo. Esteve onipresente. Defendendo, atacando, criando. Foi, disparada, a grande atuação desde que chegou ao Flamengo.
Embora a torcida tenha gritado seu nome, o apoiado, Isla outra vez não foi bem. Assim como Renê, extremamente burocrático. O Flamengo se ressentiu de laterais de grande nível.
O Barcelona havia se preparado para atacar, para tentar reverter as expectativas da semifinal. E seguiu jogando adiantado. O que foi fatal.
Em outro contra-ataque muito bem treinado, Everton Ribeiro buscou Gabigol, que tocou para Vitinho. Dele, a assistência perfeita para Bruno Henrique, entrando em velocidade, estufar, friamente, as redes de Burrai. 2 a 0, Flamengo, aos 37 minutos.
O gol desestabilizou de vez os nervos de vários jogadores do Barcelona, que passaram a errar passes fáceis. Estava transparente a frustração. Até que aos 46 minutos, Molina fez falta violenta, e desnecessária, em Bruno Henrique. E foi expulso.
A expulsão teve efeito pesado no segundo tempo da partida.
O Barcelona voltou mais retraído, para não sofrer outros gols e não acabar eliminado ainda na primeira partida da semifinal.
Renato Gaúcho, no entanto, sensato. Até demais. Não adiantou suas linhas, como seria esperado. Ele tratou de aceitar o ritmo mais lento na partida, proposto pelo Barcelona. Não quis arriscar a ótima vantagem.
Apesar da intensidade, da objetividade, da vibração do Flamengo com bola.
Ainda mais depois de uma sobra em escanteio, a um minuto, que chegou até Carcelén, que deu chute fortíssimo e obrigou Diego Alves à grande defesa.
David Luiz fez uma estreia firme, mostrou que tem futebol para estabilizar a defesa ao lado de Rodrigo Caio. Foi ovacionado, quando foi substituído, aos 12 minutos, por estar fora de ritmo. Renato aproveitou e colocou Thiago Maia no lugar de Vitinho. E tratou de ter um meio-campo mais forte na marcação.
As chances de gol foram mais esporádicas.
Da sua maneira, cada clube estava de acordo com o resultado.
O Barcelona, com um jogador a menos, e jogando no Maracanã.
E o Flamengo conseguindo dois gols de vantagem.
Estando a um passo da final da Libertadores.
A decisão será na semana que vem, no Equador.
Mas o time de Renato Gaúcho está a um passo da decisão.
Com toda a justiça...
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