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Cosme Rímoli - Blogs

Flamengo, Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Atlético prontos para a guerra. Arrecadações 'provam' que merecem ganhar mais

Os clubes mais populares do país arrecadaram muito mais do que os menores. A prova da bilheteria pode rachar de vez a criação da Liga Brasileira. Os dois lados se mostram cada vez mais radicais

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Corinthians e Flamengo juntos arrecadaram um terço de todo o dinheiro das bilheterias do Brasileiro
Corinthians e Flamengo juntos arrecadaram um terço de todo o dinheiro das bilheterias do Brasileiro

São Paulo, Brasil

Dez maiores arrecadações de 2022

São Paulo 3 x 1 Palmeiras: R$ 5.505.315 (final do Campeonato Paulista, Morumbi)

Atlético-MG 3 x 1 Cruzeiro: R$ 4.851.600 (final do Campeonato Mineiro, Mineirão)


Corinthians 2 x 0 Boca Juniors: R$ 4.611.628 (fase de grupos Libertadores, Neo Química Arena)

São Paulo 2 x 1 Corinthians: R$ 3.817.034 (semifinal do Campeonato Paulista, Morumbi)


Atlético-MG 2 x 2 Flamengo: 3.714.150,00 (Supercopa do Brasil, Arena Pantanal)

Altos 1 x 2 Flamengo: R$ 3.640.000 (terceira fase da Copa do Brasil, Albertão)


Grêmio 2 x 1 Ypiranga-RS: R$ 3.244.443 (final do Campeonato Gaúcho, Arena do Grêmio)

Corinthians 1 x 0 Deportivo Cali: R$ 3.069.768 (fase de grupos Libertadores, Neo Química Arena)

Fluminense 1 x 1 Flamengo: R$ 2.938.488 (final do Campeonato Carioca, Maracanã)

Palmeiras 4 x 0 São Paulo: R$ 2.772.492 (final do Campeonato Paulista, Allianz Parque)

Cinco clubes de maior arrecadação bruta até agora no Brasileiro.

Apenas quatro rodadas foram disputadas.

1) Flamengo – R$ 4.830.369

2) Corinthians – R$ 4.569.015,40

3) Botafogo – R$ 2.534.125

4) Palmeiras – R$ 2.493.541,23

5) Internacional – R$ 2.350.391 

Os números não deixam margem a dúvida. 

Após a pandemia, os clubes voltaram a arrecadar. 

São Paulo, Flamengo e Corinthians, por exemplo, somam juntos um terço do que o Brasileiro rendeu às equipes, nas bilheterias.

Palmeiras e Atlético Mineiro são os protagonistas dos jogos que arrecadaram mais até agora em 2022.

Baseados nesses números, Flamengo, Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Atlético Mineiro defendem merecer receber mais na divisão do dinheiro da Liga Brasileira que os dirigentes estão tentando criar.

Os dirigentes desses clubes estão muito irmanados na briga pela divisão do prometido 1 bilhão de dólares, cerca de R$ 4,9 bilhões, por ano. O dinheiro seria garantido pela Cadajas Sport Kapital, empresa espanhola, com o aval do banco BTG Pactual.

E querem a seguinte divisão:

• 40% de forma igual em todos os clubes que estiverem na Libra;

• 30% por premiação e posição; e

• os 30% restantes pela audiência dos clubes.

Os clubes com menos torcedores não aceitam. 

'Os clubes grandes só pensam neles. Não temos condições de investir.' Batista, presidente do Atlético GO
'Os clubes grandes só pensam neles. Não temos condições de investir.' Batista, presidente do Atlético GO

Dez equipes criaram o grupo Forte Futebol: América-MG, Atlético-GO, Athletico-PR, Avaí, Ceará, Coritiba, Cuiabá, Fortaleza, Goiás e Juventude.

Elas não aceitam a atual proposta de divisão. Depois de cálculos, os dirigentes do Forte Futebol garantem que o time de pior campanha no Brasileiro receberá oito vezes menos do que o campeão. Aceitam que a divisão fique, no máximo, em três vezes e meia.

Querem que a divisão seja feita da seguinte forma:

• 50% de forma igualitária;

• 25% por premiação; e

• 25% pela audiência.

Os grandes do Brasil não aceitam, de jeito algum, esses números.

Nenhuma dessas dez equipes do Forte Futebol está na lista dos jogos de maior arrecadação no país, por exemplo.

O que dá mais sustentação à tese que defendem para a divisão do dinheiro pelo Brasileiro.

Mas a resistência é fortíssima. E articulada.

"Os grandes clubes do país só pensam neles. Eles querem ficar com o bolso cheio de dinheiro, garantidos eternamente na Série A, e os emergentes e alguns outros importantes que se danem. Futebol não é assim. Precisamos entregar um grande produto. Para isso, tem que ter equilíbrio financeiro.

"Evidente que o Flamengo e o Corinthians, que estão unidos, têm que entender que, para ser uma das principais ligas do mundo, não pode ter trapalhões disputando, tanto que não temos condição de investir", disse o presidente do Atlético Goianiense, Adson Batista.

Se os clubes menores estão prontos para a briga, os grandes também estão unidos.

As conversas e trocas de mensagens entre os presidentes não param.

E a formação da Liga Brasileira corre sério risco de não vingar.

Nenhuma das partes quer ceder.

Há muito dinheiro envolvido.

Mesmo assim estão previstas duas tentativas de conciliação.

Só que, para os clubes maiores, as arrecadações do ano servem como provas de que eles merecem receber mais.

E prometem não ceder...

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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