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Fellipe Bastos. A alegre provocação homofóbica virou ameaça de morte

Jogador ironiza o Fluminense depois da conquista da Taça Guanabara. "Time de v...", provocou. Agora, recebe ameaça de morte

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Fellipe Bastos. A alegria do título virou medo. Por sua homofobia
Fellipe Bastos. A alegria do título virou medo. Por sua homofobia Fellipe Bastos. A alegria do título virou medo. Por sua homofobia

São Paulo, Brasil

O enredo é o mesmo.

Jogador de futebol empolgado com a vitória decide ironizar, provocar, xingar a equipe derrotada.

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Depois, no dia seguinte, ameaças dos torcedores ofendidos.

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E, amedrontado, recua.

Pede desculpas.

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Foi o que acaba de acontecer com Fellipe Bastos, do Vasco. Não bastasse toda a vergonhosa confusão na final da Taça Guanabara, o jogador, ao lado de um funcionário vascaíno, sendo filmado pelo celular, decide ofender o Fluminense, adversário batido na decisão.

"Série C do cara... Vai tomar no c... Time de v..."

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O jogador, na terceira ofensa, repetiu o coro de grande parte das organizadas do seu time.

"Time de v...", repetiram nas arquibancadas, durante a final.

O vídeo ganhou as redes sociais.

Fez muitos vascaínos vibrarem. 

Mas até entre os torcedores do time de Fellipe havia aqueles que não concordavam. Principalmente com o ataque homofóbico.

O Fluminense decidiu se pronunciar oficialmente.

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E fez de maneira cirúrgica.

"Sexualidade é diversidade. A intolerância não pode ter mais espaço na nossa sociedade. O Fluminense é um #TimeDeTodos, como todo clube deveria ser. E lamenta que alguns ainda deem lugar para o preconceito."

Só que alguns torcedores do Fluminense não foram nada elegantes.

Pelo contrário.

As ofensas gratuitas de Fellipe
As ofensas gratuitas de Fellipe As ofensas gratuitas de Fellipe

Ameaçaram de morte o jogador, sua esposa e filho.

Muita gente postou dizendo que o esperaria na saída dos treinos.

E outros, disseram saber onde ele morava com sua família.

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Acabou a graça da brincadeira.

Fellipe Bastos está muito assustado.

E pediu arrego.

Correu para as redes sociais.

"Gostaria de pedir desculpas às pessoas que se sentiram ofendidas por aquele vídeo que está viralizando na internet. Pedir desculpas à instituição Fluminense também, deixar bem claro que não tenho nada contra classe nenhuma, gostaria também de pedir desculpas a todas essas pessoas que se sentiram ofendidas, nasci e fui criado num futebol onde podia brincar, com alegria, mas foi um momento em que extravasei e atrapalhei um pouquinho.

Peço desculpas a todos, espero que entendam e parem de ameaçar minha esposa, meus filhos, eles não têm nada a ver com isso."

Fellipe descobriu da pior maneira possível que o mundo mudou. 

Ofensa é ofensa, não é brincadeira.

Estar em um estádio de futebol não dá liberdade para ninguém ser homofóbico ou racista.

Ainda mais em um país com 58 mil assassinatos por ano.

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Com 8% dos crimes solucionados.

A violência está nas ruas.

Cada vez mais gratuita.

Na última pesquisa Lance/Ibope, de 2017, apontava o Fluminense com 3,8 milhões de torcedores, a 11ª do país.

Vale a pena atacar milhões de fãs adversários?

Chamá-los de homossexuais?

O vídeo ficará para sempre na Internet.

Em vez da alegria do título, agora o medo.

Será que valeu a pena?

Fica mais esta lição.

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