“Falta personalidade ao Santos.” Neymar critica o time, já mergulhado na zona de rebaixamento. Ele voltou e nada produziu. Caixinha ameaçado

“Ninguém vai perguntar se eu vou dar o meu DVD para o Neymar?”

A ironia foi de Renato Gaúcho.

Assim que a partida acabou, Samuel Xavier, autor do gol da vitória do Fluminense, por 1 a 0, começou a reger o coro de sua torcida.

O coro era de palavrão, dedicado, ao camisa 10 do Santos, que tentou intimidar o lateral, os 45 minutos que esteve em campo.

“Ei, Neymar, vá tomar.... Ei, Neymar, vá tomar ....”

Samuel Xavier dançava aos sons dos palavrões, sorrindo.

O jogador do Santos foi a grande atração hoje no Maracanã.

Depois de 50 dias se recuperando de um estiramento na coxa esquerda, a 30ª lesão na carreira, ele era a maior esperança para a reação santista.

Ficou só na esperança.

Ele mostrou que voltou a novo reinício na carreira.

Sem ritmo, sem explosão muscular, seu foco foi reclamar do árbitro Felipe Fernandes de Lima.

Provocar e até tomar amarelo por acertar o rosto de Samuel Xavier, com o braço, em uma dividida.

Deu um chute a gol, tentou driblar seis vezes, conseguiu só duas vezes.

Ficou a maior parte do tempo na intermediária, longe da área, da ponta esquerda.

Atuação pífia.

Samuel Xavier ganhou o duelo com a estrela santista, sem esforço.

O resultado foi desastroso para o Santos.

Ainda que o Brasileiro esteja apenas na sua terceira rodada, o Santos já mergulhou na zona de rebaixamento.

Duas derrotas e só um empate.

Tem perdeu para o Vasco e Fluminense.

Empatou com o Bahia, na Vila Belmiro.

O time ficou uma semana só treinando desde o jogo contra o time de Rogério Ceni e hoje.

Segue atuando mal, desde a eliminação na semifinal do Paulista.

“Temos um time bom, com bons jogadores, mas falta encaixar.

“Acho que falta mostrar mais personalidade para mostrar o que é o Santos.”

Esta foi a opinião direta de Neymar.

Ele voltou a disputar uma partida pelo Brasileiro depois de 12 anos.

O Santos não tem personalidade para se impor diante dos adversários.

O elenco é limitado, fraco.

E a postura mostra total falta de coragem.

Mas taticamente Pedro Caixinha segue com os mesmos erros.

Colocando o Santos como se fosse time pequeno, fora da Vila Belmiro.

Seus jogadores ficam passivos, aceitam o domínio adversário.

E ficam em uma obsessiva dependência de Neymar.

Para piorar as coisas, Guilherme vive um momento péssimo.

Jogando muito mal, sem confiança, sem vibração.

Uma sombra do jogador que começou o Paulista.

Assim como Tiquinho tem sido desperdiçado, encaixotado entre os zagueiros adversários.

Soteldo entrou no segundo tempo e mal suportou 29 minutos, deixando o campo contundido.

Mostrando a precipitação do seu retorno.

Há algo muito errado no Santos.

O discurso pessimista de Pedro Caixinha chamou muito a atenção.

Inúmeros conselheiros têm insistido com Marcelo Teixeira pela troca do português por Dorival Júnior.

Não será surpresa se isso acontecer nas próximas horas.

“É indiscutível (que a situação está muito ruim), os resultados falam por si. Como muito bem disse, são resultados que fazem a diferença em termos daquilo que é a nossa vida como treinadores

“Não deu praticamente nada certo em termos daquilo que foi a primeira parte. Nós queríamos criar uma superioridade numérica contra o meio-campo do Fluminense com quatro jogadores. Tínhamos cinco jogadores para isso, sendo um deles o Escobar, quando a bola vinha pelo lado contrário. Nós não conseguimos criar a superioridade e encontrar esses espaços para poder ter mais a bola, as associações e criar desequilíbrio do lado do Arias.

“Mas não ter bola foi difícil fazer isso. Isso fez com que a equipe estivesse longa, sem ocupar bem os espaços. Consequentemente, quando tínhamos que pressionar, não o fizemos. Aquilo que era nossa vontade, de pressionar e muito o adversário, é agourada quando a distância para o adversário é superior a dois metros, não pode efetivar e intensificar a pressão. Isso fez com que o adversário jogasse ao bel-prazer.”

Ele falou como se não tivesse responsabilidade. Se o Fluminense jogou ao ‘bel prazer’ foi porque seu time, o Santos, permitiu.

O próximo adversário é o Atlético Mineiro, quarta-feira, na Vila Belmiro.

Neymar ainda não tem condições de jogar 90 minutos.

A situação santista é muito problemática.

E explica porque o maior defensor que o rebaixamento só tenha três clubes é Marcelo Teixeira.

Mas mesmo que o presidente ganhe essa luta, não servirá para 2025.

Quatro irão para a Segunda Divisão.

E o Santos dá uma largada assustadora.

Lembrando 2023.

Neymar ainda não sabe se ficará depois de junho, quando acaba seu contrato...

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Confira um trecho da entrevista coletiva de Pedro Caixinha após a derrota do Santos para o Fluminense no Brasileirão 2025.