Expulsões dos veteranos Fagner e André Ramalho sabotam o Corinthians. São Paulo vence. Chance de rebaixamento é cada vez mais real
Em dois lances infantis, a dupla conseguiu dar a vitória para o São Paulo. Pênalti tolo de Fagner em Calleri custou gol e expulsão. E quando o time reagia, mesmo com dez jogadores, André Ramalho deu uma cotovelada em Luciano. Foi expulso. Derrota inevitável. 3 a 1
Cosme Rímoli|Do R7
“Tarde lamentável.
“Se tivesse de igual para igual, teria sido um jogo diferente.”
O desabafo de Yuri Alberto tem todo o sentido.
O atacante apontou para os dois responsáveis pela derrota por 3 a 1, para o São Paulo, em Brasília.
Fagner, 35 anos.
André Ramalho, 32 anos.
Dois veteranos, líderes, jogadores de confiança de Ramón Díaz.
A derrota do Corinthians no clássico contra o São Paulo veio de onde menos se esperava.
Os dois falharam de maneira inaceitável, tola, com pitada de maldade.
Aos 46 minutos do primeiro tempo, com o jogo equilibrado, o lateral decidiu pisar no pé de Calleri, depois de um cruzamento.
Fagner viu perfeitamente o desenho do lance.
Mas fez questão de pisar no atacante são paulino.
Pênalti explícito.
O jogador já tinha cartão amarelo e recebeu, de maneira justíssima, o vermelho.
Lucas Moura mostrou muita personalidade e tirou Calleri e Luciano da bola.
Os dois queriam cobrar.
E mostrou ter superado o pênalti perdido contra o Botafogo, na eliminação do São Paulo da Libertadores, na quarta-feira.
Marcou 1 a 0.
O lance mexeu completamente com o clássico em Brasília.
No intervalo, Ramón Díaz sabia o quanto o Corinthians precisava ao menos de um ponto.
E, ousado, tirou Matheus Bidu, Bidon e Martínez.
Entraram Félix Torres, Carrillo e Coronado.
O Corinthians, mesmo com um jogador a menos, conseguiu equilibrar o clássico.
E começava a pressionar o time de Luiz Zubeldia, que optava pelos contragolpes.
Até que, com a partida já paralisada, aos 17 minutos, André Ramalho caiu nas provocações de Luciano.
Acertou uma cotovelada no rosto do atacante.
Atitude digna de um juvenil.
Até porque existe há anos o VAR.
As imagens eram incontestáveis.
E o zagueiro foi expulso.
Com dois a mais, o São Paulo foi teve muito mais espaço.
Wellington Rato teve a coragem de perder dois gols feitos.
Mas cobrou escanteio com perfeição para cabeçada de Arboleda, aos 29 minutos.
2 a 0.
O mais irônico é que o São Paulo ficou completamente displicente.
Os atletas acreditavam que a partida estava acabada.
Com dois gols de vantagem e dois jogadores a mais.
Só que o Corinthians mostrou enorme valentia.
Os nove jogadores correram até mais, lutaram.
Criaram, encurralaram o São Paulo.
A partida ficou dramática aos 37 minutos, com gol de Yuri Alberto, chutando com toda a liberdade dentro da área são paulina.
2 a 1.
Foi emocionante a dedicação dos jogadores de Ramón Díaz.
Não havia mais tática, só luta.
O time são paulino também mostrava enorme desgaste físico, ainda pelo confronto contra o Botafogo, na quarta-feira.
O Corinthians dava a impressão que iria empatar a qualquer momento.
Foi quando aos 52 minutos, em um contragolpe cinco são paulinos contra dois corintianos, André Silva recebeu.
O atacante teve sangue frio, na saída desesperada de Hugo, e tocou no canto direito.
3 a 1, São Paulo.
Vitória que recupera emocionalmente o time eliminado da Libertadores e da Copa do Brasil.
Mas que o recoloca na última luta de 2024.
Conseguir uma vaga na fase de grupos da Libertadores de 2025.
“Tamanho da vitória é muito importante para nós. Viemos de desqualificação na Libertadores, mas temos que continuar, não pode abaixar a cabeça, o ânimo. Parabenizar o grupo porque a gente sabia que seria um clássico difícil. Estamos um pouco tolhidos pela eliminação no meio da semana, mas agora é jogo a jogo”, reconhecia Arboleda.
Já o Corinthians segue estagnado na zona do rebaixamento.
Foi a 12ª derrota em 28 partidas.
Segue na 17ª colocação no Brasileiro.
E logo na quarta-feira, o clube enfrentará o Flamengo, na primeira semifinal da Copa do Brasil.
Com seus jogadores ainda desentrosados, desgastados pelo ritmo intenso de hoje.
E abatidos psicologicamente.
A ameaça de rebaixamento no Brasileiro é cada vez mais real...
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