Duelo tenso entre Corinthians e Palmeiras, por Rony, acaba hoje
O Athletico age de forma clara. A prioridade é corintiana. Se o clube não pagar hoje R$ 27 milhões por 50%, o jogador será vendido ao Palmeiras
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
A luta é entre o coração e o profissionalismo.
Rony quer jogar no Corinthians.
Mas é o Palmeiras quem oferece mais dinheiro.
Por conta de uma discussão com o homem que controla o Athletico Paranaense, Mario Celso Petraglia, o jogador de 24 anos está fora dos planos do time de Curitiba.
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Desde o ano passado, quando fechou contrato com Andrés Sanchez, Tiago Nunes havia avisado da possibilidade da contratação do veloz atacante. Os dois têm excelente relacionamento.
Nos contatos com representantes do Corinthians, o jogador, que nasceu no Pará, relevou. Um dos seus sonhos na infância é vestir a camisa branca e preta.
Se dependesse apenas de sua vontade, já estaria treinando no Parque São Jorge.
Só que não depende.
Petraglia pediu 6 milhões de euros, cerca de R$ 27, 9 milhões, por 50% dos direitos do atacante.
O Corinthians aceitou. E ofereceu o triplo do salário do atacante. De R$ 150 mil, passaria a receber R$ 450 mil.
O Athletico exigiu as garantias bancárias do pagamento.
O clube paulista avisou que iria demorar, porque o dinheiro seria adiantado pelo patrocinador BMG e, por questões burocráticas, a liberação viria de Portugal.
Como a situação se arrasta desde o fim de 2019, o Palmeiras resolveu consultar oficialmente o Athletico. E recebeu a resposta que tudo segue aberto. O jogador não ficará no Paraná e não tem nada fechado com o Corinthians.
Os contatos telefônicos entre o diretor de futebol Anderson Barros e Petraglia têm sido diários há mais de 15 dias.
E ontem, o substituto de Alexandre Mattos, avisou a Mauricio Galiotte. Chegara a hora de ir para Curitiba e fazer oficialmente a proposta de seis milhões de euros à vista por 50% do atacante, a mesma feita pelo Corinthians.
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Ao jogador, o salário triplicado. Mais 500 mil euros de luvas, cerca de R$ 2,3 milhões.
Além da promessa de Vanderlei Luxemburgo que seu lugar no time titular está reservado, no lado esquerdo do ataque palmeirense.
Petraglia aceitou.
Até porque se animou com a possibilidade de, no Brasileiro, o Palmeiras aceitar conversar sobre a venda de Raphael Veiga, jogador que foi muito bem, emprestado em 2019.
Mas disse que o Corinthians tinha a prioridade.
E o clube tem até hoje para fechar a questão.
Se não conseguir, na sexta, a proposta do Palmeiras está aceita.
Tudo muito às claras.
Embora ainda duas questões pesem.
A divergência sobre a parte da compra dos direitos que pertence a Rony.
E o Albirex Niigata, ex-clube japonês do jogador, que reclama na Fifa que houve quebra de contrato. O atacante teria abandonado o clube.
Mas os departamentos jurídicos de Corinthians e Palmeiras dizem que a situação pode ser resolvida e recomendam a contratação.
Ou seja, a definição ficou para hoje.
Se o Corinthians apresentar a garantia dos 6 milhões de euros por 50% do atleta, negócio fechado.
E o coração de Rony sairá satisfeito.
Se não conseguir, ele será do Palmeiras.
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E sua alegria estará na conta bancária.
Esse é um dos mais civilizados duelos entre os maiores rivais do futebol de São Paulo.
Aberto, claro, sem ofensas.
Mas tenso.
É por um grande jogador...
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