Duelo entre os portugueses Abel e Vítor incendeia Palmeiras e Corinthians. Clima de final para o clássico
Treinadores roubam a atenção no clássico entre Palmeiras e Corinthians. Mesmo com o jogo valendo pela fase de classificação, a preparação dos dois lados lembra a de uma final de campeonato. Allianz estará lotado
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

São Paulo, Brasil
"[Vítor Pereira] É um treinador que eu conheço, tem um currículo impressionante."
"Tem jogadores internacionais a seu dispor, jogadores que atuaram em equipes como Barcelona e Chelsea. Vamos continuar a jogar da nossa forma, sabemos que será um grande Dérbi."
"Espero que ele seja disputado dentro das quatro linhas."
(Abel Ferreira)
"Joguei tantos [jogos] com essa dimensão, com esse aspecto que vai muito além do jogo."
"Já percebi a realidade."
"Mas, nesse tipo de jogo, temos que nos manter fiéis a nós próprios."
"Gosto de gente com coragem."
"É esse jogo de coragem que quero ver.”
(Vítor Pereira)
Na tarde desta segunda-feira (14), mais de 31 mil ingressos já haviam sido vendidos para o clássico de quinta-feira (17), entre Palmeiras e Corinthians, no Allianz Parque.
A procura por ingressos, aberta hoje para o público em geral, está frenética. Lembra o de uma final de campeonato.
O primeiro duelo entre os portugueses que comandam Palmeiras e Corinthians também chama a atenção. Abel Ferreira já revelou que admira o trabalho de Vítor Pereira.
Há a diferença de dez anos entre eles.
Enquanto Abel estava começando a dirigir a equipe B do Sporting, Vítor já era bicampeão português, pelo Porto, em 2013.
Depois de nove anos, os dois estão no Brasil, dirigindo os dois mais tradicionais clubes paulistas em um clássico.

Abel Ferreira deu os dois primeiros golpes.
O primeiro foi reverenciar os jogadores "internacionais" do Corinthians.
Willian, Renato Augusto, Paulinho, Giuliano, que atuaram na Champions League.
O segundo foi pedir que o jogo seja decidido "nas quatro linhas".
Ninguém no Palmeiras ainda se esqueceu da final do Paulista de 2018, em que o árbitro Marcelo Aparecido de Souza marcou um pênalti de Ralf em Dudu, mas, depois de sete minutos de paralisação da partida, voltou atrás.
Marcelo garantiu que foi um auxiliar quem disse que não houve falta. Mas a direção do Palmeiras jurou que a informação chegou até Marcelo graças a um membro da Federação Paulista de Futebol, que teria visto a imagem no seu celular. A interferência externa na arbitragem sempre foi proibida.
A direção do Palmeiras tentou em todas as esferas esportivas do país anular aquele jogo, que deu o título ao Corinthians.
Desde então, em qualquer partida contra o rival, o lance é relembrado entre conselheiros e dirigentes palmeirenses.
Abel também tem a preocupação com a violência entre as torcidas. Mas em São Paulo impera a "torcida única" nos clássicos. E o mando é palmeirense.
Vítor Pereira já tem vídeos de partidas recentes do Palmeiras, como a de ontem, o clássico diante do Santos, vencido pelo Alviverde. Ele já sentiu a tensão diante do clássico, logo depois da excelente partida do Corinthians no sábado (12), em Itaquera, com direito a goleada por 5 a 0, contra a Ponte Preta.
No planejamento para o jogo está o implemento do preparo físico. Ele quer ainda muito mais intensidade do que já houve contra a Ponte Preta.
Do outro lado, Abel, com um dia a menos para treinar, pretende colocar todos os seus titulares em campo. Deseja mostrar força contra o maior rival. Ainda mais com seu compatriota do outro lado.
Há muito tempo um clássico entre Palmeiras e Corinthians, sem ser eliminatório, não têm tamanha expectativa.
Por conta do duelo dos portugueses no Brasil.
Os dois lados encaram o jogo como uma decisão...
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