Diego Alves espetacular. Flamengo bicampeão da Supercopa
Depois de um empate, em 2 a 2, de tirar o fôlego entre Palmeiras e Flamengo, goleiro se impôs nos pênaltis. Vitória do time carioca
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Flamengo e Palmeiras mostraram porque são os dois melhores times do país.
Em outro patamar, como gosta de destacar Bruno Henrique.
Em uma partida de tirar o fôlego, enquanto a bola rolou, um empate emocionante em Brasília, por 2 a 2. Dois gols de Raphael Veiga, além de Gabigol e Arrascaeta.
A tensão chegou a dez cartões amarelos e dois vermelhos.
Além de uma briga no vestiário que a transmissão da CBF fez questão de esconder, no final da partida.
A Supercopa do Brasil seria decidida nos pênaltis.
Filipe Luís, que fez ótima partida, bateu seu pênalti no travessão.
Matheuzinho cobrou e Weverton fez sensacional defesa no canto direito.
Luan cobrou no canto direito alto e Diego Alves fez ótima defesa.
Raphael Veiga, Gustavo Gómez, Gustavo Scarpa, Arrascaeta e Vitinho marcaram.
Estava 3 a 2, quando o garoto Danilo foi para a bola.
Diego Alves conseguiu desconcentrar o volante.
Alegou que a bola estava fora da marca, o que não era verdade.
Pura catimba, que deu certo.
O palmeirense chutou para fora.
Gabigol empatou a decisão.
3 a 3.
Viña cobrou a sexta penalidade e marcou, 4 a 3.
João Gomes foi para a cobrança.
Weverton tocou na bola, mas ela morreu no fundo do gol.
4 a 4.
Gabriel Menino bateu a sétima cobrança.
Deu paradinha, mas a bola foi no meio do gol.
Diego Alves defendeu.
E a chance veio para Pepê.
O chute saiu fraco no canto direito.
Weverton salvou.
A emoção era absurda.
Gabriel Verón bateu no alto, no canto direito.
5 a 4.
Michael foi escalado para a oitava cobrança.
No meio do gol, forte, no alto.
5 a 5.
Mayke assumiu a nona cobrança.
Bateu no canto esquerdo, a meia altura.
Diego Alves fez a terceira defesa.
Rodrigo Caio foi tentar redimir sua falha no jogo.
Bateu no canto esquerdo.
Deixou paralisado Weverton.
Flamengo 6 a 5.
Bicampeão da Supercopa do Brasil.
O Palmeiras caiu de pé.
Por conta da programação da Globo, a partida aconteceu entre 11 horas e 13 horas. Verdadeiro desrespeito aos dois clubes. Os jogadores acabaram a partida exaustos.
O primeiro tempo foi sensacional.
Teve de tudo.
Golaços de Raphael Veiga e Arrascaeta, expulsão de Abel Ferreira, pênalti marcado e anulado por Leandro Vuaden.
Diego salvando uma bola em cima da linha, chutada por Breno Lopes.
Deixou mais do que evidente que se encaravam os dois principais times do país.
E que mereciam duelar pela hegemonia do Brasil.
A grande surpresa foi o Palmeiras.
Abel Ferreira, mesmo com 18 dias de desvantagem na preparação em relação ao Flamengo, pela folga depois da Copa do Brasil e pela paralisação do Paulista, teve coragem.
Colocou seu time aberto, marcando sob pressão a saída de bola carioca. Marcação altíssima, como se a equipe de Rogério Ceni fosse pequena.
Sem Luiz Adriano, Abel colocou três atacantes, de forma explícita. Breno na direita, Wesley na esquerda e Rony improvisado no meio, com liberdade para se alternar pelos lados do campo.
O Flamengo não esperava essa pressão.
E logo a um minuto, veio o gol sensacional de Raphael Veiga.
Diego Alves repôs mal a bola, Felipe Melo cortou de cabeça. A bola foi para Veiga, que pegou a defesa flamenguista mal recomposta. O meia deu um genial toque de calcanhar. Acabou sendo um drible da vaca que enganou completamente Willan Arão. E ainda completou com consciência para as redes.
Palmeiras 1 a 0.
Mesmo sem o mesmo preparo físico, o time paulista seguiu marcando forte. Até demais. Orientado por Abel, seus jogadores faziam faltas em demasia. O ritmo estava muito forte para o veterano Felipe Melo e para o lento Zé Rafael.
Nas intermediárias, o Flamengo mostrava a recuperação do controle do jogo. E, principalmente, o emocional.
A equipe carioca partiu com consciência para buscar a virada.
Depois de um erro de passe de Luan, Arrascaeta deu ótimo passe para Filipe Luís. O lateral deu um drible humilhante em cima do desesperado Gustavo Gómez. E acertou a trave. A bola procurou Gabigol, que empurrou para as redes.
Aos 22 minutos, 1 a 1.
O Palmeiras seguiu vibrante, agressivo. E, aos 28 minutos, Wesley descobriu Breno nas costas de Arão. O atacante driblou Diego Alves e chutou. Diego salvou em cima da risca.
O jogo seguiu tenso, disputado, cheio de chances de gols. Mas com entradas duras. Abel Ferreira não se conteve e reclamando demais, acabou expulso. Aos 37 minutos do primeiro tempo.
Três minutos depois, Leandro Vuaden se precipitou e marcou pênalti para o Palmeiras, em falta de Isla em Wesley. Só que o VAR o corrigiu. E avisou que foi fora da área. Lance muito complicado. Só a tecnologia pode comprovar que não houve a penalidade.
Weverton fez uma defesa fabulosa, depois de jogada que parecia fatal de Bruno Henrique.
Quando o primeiro tempo parecia que terminaria empatado, Arrascaeta recebeu de Bruno Henrique. O uruguaio se aproveitou do espaço que Felipe Melo deu e bateu com toda consciência. 2 a 1, Flamengo.
Abel Ferreira trocou os dois volantes no intervalo.
Colocou a juventude, a explosão muscular de Gabriel Menino e Danilo, nos lugares de Felipe Melo e Zé Rafael.
O Palmeiras buscava mais vibração, com jogadores descansados e jovens. Partia de novo, para tentar a pressão sobre o Flamengo.
Só que com o segundo tempo em pleno meio-dia, as duas equipes diminuíam o ritmo, desgastadas.
Diminuíram as chances de gols.
Mas não a luta.
Aos 15 minutos, Abel tratou de colocar Mayke e Veron nos lugares de Marcos Rocha e Wesley.
Ceni percebeu que precisava melhorar a marcação.
Colocou Matheuzinho e João Gomes, nos lugares de Isla e Diego.
Mesmo assim, o Palmeiras seguiu pressionando.
A partida estava muito tensa, até que Everton Ribeiro, que jogou mal, errou passe, Danilo lançou, de primeira, para Rony.
Rodrigo Caio o marcava. O palmeirense chegou antes, mas corria para a linha de fundo.
De forma precipitada, inexplicável, o zagueiro puxou a camisa de Rony.
Pênalti bobo, infantil.
Raphael Veiga bateu forte no canto esquerdo de Diego Alves.
2 a 2, aos 28 minutos.
Decisão aberta.
O Palmeiras seguia melhor.
A troca de volantes era fundamental para o time paulista.
Era o Flamengo que buscava os contragolpes.
O papel estava invertido.
E Vitinho conseguiu, aos 39 minutos, se livrar da zaga palmeirense e chutar forte. Weverton tocou na bola, que bateu na trave esquerda e voltou para suas mãos.
Emocionado, o goleiro beijou a bola.
Aos 48 minutos, Gabigol desceu pela direita e, com pouco ângulo, bateu para o gol.
Weverton conseguiu espalmar e segurou a bola em cima da linha.
Lance inacreditável.
João Martins, auxiliar de Abel Ferreira, foi expulso também por reclamar de Vuaden.
Situação inaceitável para o atual campeão da Libertadores.
Vinha a decisão por pênaltis.
E Diego Alves conseguiu três defesas.
Fora anular psicologicamente Danilo.
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