São Paulo, Brasil
O Corinthians tem um elenco fraco.
Foram várias reuniões entre Vagner Mancini e a diretoria.
Desde o fim de 2020, quando Duilio Monteiro Alves venceu a luta pela presidência.
Nelas todas, o técnico foi sincero.
Precisa de reforços para montar uma equipe com a história do Corinthians
Só que Duilio não mentiu.
Pediu paciência porque o clube vive a sua maior crise financeira da história.
Por conta do estádio e a péssima administração de Andrés Sanchez.
O dirigente só exigiu um time vibrante, lutador, guerreiro, sobrevivente.
É o que Mancini tem tentado fazer.
Só que ele não contava que, além de o Corinthians não ter poder financeiro para contratar bons jogadores, o clube não consegue pagar em dia o elenco atual.
O Corinthians banca o salário na carteira profissional dos atletas. Até para não perder os jogadores. A lei Pelé proporciona o desligamento se o clube ficar três meses em atraso.
O que várias diretorias fazem?
Pagam em dia os salários.
Mas ficam devendo os direitos de imagem, que muitas vezes, chegam a serem maiores do que os próprios salários.
Essa prática é muito usual no Parque São Jorge.
Mas chegou a números assustadores.
São mais de R$ 87,5 milhões em direito de imagem.
Aos jogadores atuais e ex-atletas.
Sim, deixam o clube sem receber o que têm direito.
E depois são obrigados a recorrer à justiça para ganhar o que foi combinado.
Cristian, volante, que saiu em 2017, tem R$ 2,5 milhões a receber.
Ao zagueiro Gil, o clube deve R$ 11,6 milhões.
No balanço, o valor chega a R$ 121 milhões porque o clube juntou o que deve ao empresário de Pedrinho, pelos direitos econômicos de sua venda ao Benfica.
Aos jogadores, o valor é de R$ 87,5 milhões.
Mancini, que já trabalhou como gestor no São Paulo, tem acalmado os atletas.
Garantido que o Corinthians pagará o que deve.
De uma forma ou outra.
O acordo é evitar queixas públicas.
Mas o descontentamento é inevitável.
O que só piora a situação de um elenco fraco.
A direção segue lastimando não haver público nos estádios.
E foi uma das mais ativas em relação à volta do futebol.
Em plena pandemia.
Por conta da cota de televisão do Paulista e da Copa do Brasil.
Ela insiste, tenta.
Oferta Luan.
Ao mercado brasileiro e ao exterior.
Para muitos foi chocante a revelação da diretoria.
O clube pagou R$ 28,9 milhões por 50% do atleta.
E não 'só' R$ 22 milhões como era divulgado.
A dívida no balanço de 2020 é de R$ 956,9 milhões.
Com os juros, nestes quatro meses de 2021, passou de R$ 1 bilhão, garantem conselheiros próximos à diretoria.
A situação do clube é caótica...
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