Desistência de desembargador abala candidatura de Marco Aurélio
Na renhida disputa pela sucessão de Leco, Cunha sofreu baque inesperado. A desistência de Ferreira Alves para a eleição do Conselho Deliberativo
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Um golpe poderoso.
E difícil de recuperar.
O candidado à presidência do São Paulo, Marco Aurélio Cunha, tinha com um dos pilares de sua campanha, o desembargador José Carlos Ferreira Alves.
Ele seria candidato à presidência do Conselho Deliberativo.
Seria.
Mas, alegando, de forma surpreendente, ser irreconciliável sua vida na magistratura com a rotina do São Paulo, José Carlos Ferreira Alves desistiu, ontem à noite.
Nos bastidores do Morumbi, os comentários é que o desembargador percebeu que haveria muitas chances de ser derrotado pelo advogado Olten Ayres de Abreu Júnior, candidato à presidência do Conselho Deliberativo que está ao lado de Julio Casares, que postula a sucessão de Leco.
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Um desembargador correr o risco de perder eleição, tão importante, para um advogado, é algo representativo.
Em defesa da tese de José Carlos Ferreira Alves, há uma determinação do Conselho Nacional de Justiça, que determina que a magistratura tenha dedicação exclusiva.
Mas no São Paulo, sua candidatura ao Conselho Deliberativo não decolou.
Outro desembargador, Opice Blum, poderá substituir José Carlos Ferreira Alves. Ele foi candidado derrotado à presidência nas últimas eleições. E já não teria tanta força política quanto Ferreira Alves.
O que é ótimo para Olten e, principalmente, para Julio Casares, que também é candidato a presidente.
Marco Aurélio Cunha está encontrando resistência à sua candidatura.
Por se apresentar como homem da oposição.
Em 2016, Leco chamou Marco Aurélio para ajudá-lo a salvar o São Paulo, que corria risco de rebaixamento.
Além disso, há Roberto Natel, desgostoso por ter perdido a chance de concorrer na ala que Cunha capitalizou.
Julio Casares segue sua campanha.
Também se afastando da figura de Leco.
Mesmo tendo feito parte do Conselho de Administração.
Ninguém quer a imagem ligada ao pior dirigente da história do clube.
Presidente algum jamais ficou cinco anos sem a conquista de um título.
O diretor financeiro do clube, Elias Albarello, confirma que o São Paulo deve mais de R$ 300 milhões.
Com os meses sem futebol, pela pandemia, o cenário é ainda pior.
Salários já atrasaram.
O clima é muito tenso no clube.
Mas algo mudou desde ontem.
Cunha sofreu um golpe terrível para sua candidatura...
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