São Paulo, Brasil
A possibilidade de embate com o Procon é enorme.
Palmeiras e Athletico Paranaense seguem irredutíveis.
As negociações já duram quase um ano.
E se mostram quase impossíveis de se resolverem.
Não faltando apenas 20 dias para o Brasileiro começar.
A cúpula da Globosat já avisou.
O preço cobrado pelo serviço será o mesmo.
Sem o desconto exigido pelo Procon.
Mesmo com 10% a menos de clubes do que no torneio de 2018.
O embate será inevitável, se por exemplo, o diretor executivo do Procon de São Paulo, Fernando Capez, cumprir sua palavra.
Executivos responsáveis pelo Premiere precisam agir.
Afinal, a transmissão pelo pay-per-view move R$ 1,7 bilhão.
A Globosat está sofrendo um golpe público, com a divulgação pelos veículos de imprensa que palmeirenses e athleticanos não estarão no ppv.
E é nesta época, entre as decisões dos Estaduais e início do Brasileiro, que novos assinantes se mostram animados para comprar o serviço.
Sem poder oferecer todos os times no Campeonato Nacional, o que decidiu a Globosat?
Usar sua força e obrigar que Santos e Corinthians joguem amanhã, em plena segunda-feira, à noite. Às 20 horas.
Com transmissão exclusiva de quem?
Sim, do canal Premiere.
Por acordo com as Federações, a Globo tem o direito de escolher dia e hora dos Estaduais.
As diretorias de Corinthians e Santos não tiveram o menor poder de negociação.
Deram esse direito por escrito à Globosat e à FPF.
Pela primeira vez na história, uma semifinal de Paulista em plena segunda-feira.
Sem a menor lógica.
Já que, ontem, sábado não aconteceu partida alguma.
As diretorias palmeirenses, são paulinas, corintianas e santistas foram avisadas.
Haverá terça-feira reunião na FPF.
Não está descartada a chance de a primeira final acontecer na segunda-feira, dia 15.
De novo, com transmissão exclusiva para a Premiere.
E a decisão ficar para o dia 21, aí sim, um domingo.
A chance maior, ainda é de duas partidas aos domingos.
Dia 14 e dia 21.
Mas se houver um jogo na segunda não será surpresa.
Para ninguém da própria Federação Paulista.
Os clubes estão de mãos atadas.
A Globosat faz valer o seu direito.
Nunca o Premiere precisou de tanto apoio, divulgação.
A semifinal do Paulista na segunda desrespeita o torcedor.
Uma partida da final, mais ainda.
Não há porque colocar a decisão do Paulista em um dia normal de trabalho, expor o torcedor ao caótico trânsito paulistano. Trazer tensão à cidade.
Só que a Globosat precisa divulgar o Premiere.
Incentivar os brasileiros a comprá-lo.
Os dirigentes têm o mesmo poder dos torcedores.
Nenhum.
É poder do dinheiro que impera.
E a necessidade de valorizar o pay-per-view.
Há R$ 1,7 bilhão em jogo.
Simples assim...
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