Derrota para o Vasco. Leco não demite Diniz. Ainda
Candidatos à presidência não querem nem pensar em Diniz em dezembro. Conselheiros, revoltados com a campanha, querem saída imediato. Leco nega
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
A eleição presidencial está marcada para dezembro.
Os candidatos estão definidos.
Terá Júlio Casares contra Roberto Natel.
Nenhum dos dois quer Fernando Diniz como técnico.
Sonham com Rogério Ceni.
O inseguro Leco, que acumula fracassos desde que assumiu, em outubro de 2015, não sabe o que fazer.
O presidente não poderia estar mais pressionado. Conselheiros que apoiam Casares e Natel querem a saída de Diniz e Raí imediatamente.
A derrota para o fraco Vasco, hoje em São Januário, por 2 a 1, provocou ainda mais revolta no ambiente efevervescente no Morumbi.
Mas Leco decidiu não demitir o treinador e o executivo.
Por enquanto, não quer fazer nova troca de comando da equipe.
O clube já teve Doriva, Milton Cruz, Edgardo Bauza, André Jardine, Ricardo Gomes, Pintado, Rogério Ceni, Dorival Júnior, Diego Aguirre, Wagner Mancini, Cuca como treinadores, na era Leco. Até chegar em Diniz.
E motivo para demissão existe.
Mas hoje ela não aconteceu.
"Não é uma coisa que preocupa (risco de cair), faz parte do futebol. Em um time como o São Paulo, quando o resultado não vem, esse tipo de assunto é corriqueiro", disse Fernando Diniz, após novo fracasso contra o Vasco.
Com uma atuação fraca, confusa, sem objetividade. O time transpirava indecisão. Nervosismo diante de uma equipe defensiva, que marcava em um previsível 4-5-1, explorando os contragolpes.
O time paulista foi incapaz de recompor, travar os contra-ataques vascaínos.
Daniel Alves egoísta, queria resolver sozinho. Tentava driblar, dar arrancadas, mas ele é um jogador mediano no meio de campo. É um dos melhores laterais do mundo, jogando onde que, atuando onde clube algum o escalaria.
Só o São Paulo de Fernando Diniz.
O São Paulo deu muito espaço defendendo. Possibilitou que o limitado Gérman Cano marcasse dois gols, livre na área são paulina.
Só descontou com Reinaldo cobrando pênalti.
Mais uma derrota.
Os conselheiros e membros da diretoria se convenceram, o futebol defendido por Fernando Diniz não tem efetividade. Só coleciona frustrações.
Tem sido assim desde setembro, quando assumiu o clube, indicado por Daniel Alves. Raí o apresentou orgulhoso, como se tivesse levando modernidade ao Morumbi.
A esperança era vencer brigar pelo título do Brasileiro.
A muito custo, o time chegou na Libertadores.
Terminou em sexto lugar.
Com a equipe muito irregular.
No Paulista, um vexame histórico.
Eliminado pelo Mirassol, que teve 18 jogadores dispensados.
Derrota em pleno Morumbi por 3 a 2.
Eliminação do Paulista e fim da chance de Leco conseguir um título como presidente do São Paulo.
Começa o Brasileiro e o time foi muito mal contra o Fortaleza, vitória injusta por 1 a 0, no Morumbi. E já veio a derrota hoje, em São Januário.
A pressão é enorme para a troca de comando.
Não só de Diniz, mas também de Raí
Por enquanto, o inseguro Leco não cede.
Por enquanto...
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