Crítica de Muller retrata pressão da torcida. E de parte da diretoria do São Paulo. O tempo de Luciano no Morumbi acabou. Até ele está cansado de críticas
O atacante, que perdeu pelo menos quatro gols na disputa pelas quartas da Libertadores, contra a LDU virou o símbolo do fracasso do São Paulo na competição. São 20 anos sem a conquista do título principal na América do Sul
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“Aquela parte da torcida que me ataca quando falo a verdade, esse é o ídolo que vocês merecem!
“Perde gol e faz showzinho pra vcs gritarem ‘é Luciano’.”
A crítica pesada atingiu direto o alvo, que já estava quase abatido.
Quando Muller detonou Luciano nas suas redes sociais, por perder gols e fazer gestos teatrais, conseguiu o apoio maciço de torcedores, irritados com o fraco desempenho do atacante de 32 anos.
Ele virou o símbolo do fracasso do São Paulo na Libertadores.
Muller é bicampeão mundial com o clube do Morumbi.
E há grande pressão para ele ser vendido.
O problema é que o único mercado viável, ainda aberto, é o dos Emirados Árabes.
Ele fecha no dia primeiro de outubro.
Na manhã desta sexta-feira, dia 26 de setembro, dez horas após a eliminação do São Paulo, o blog recebeu dois recados.
Um de um conselheiro muito importante na questionada gestão do presidente Julio Casares. E de um empresário próximo a Luciano.
De acordo com os dois, a vontade da direção do clube coincide com a do jogador.
É hora de colocar um fim no ciclo.
O jogador, que chegou em agosto de 2020, trocado por Everton, com o Grêmio, nunca esteve tão abatido.
Foi vaiado, xingado, ontem no Morumbi.
Pela própria torcida são paulina.
Sua personalidade forte cedeu diante da cruel campanha de personificar a eliminação do São Paulo da Libertadores.
Não bastasse estar em quase todas as manchetes, após as lastimáveis derrotas contra a LDU, os comandos das principais organizadas querem que Casares o negocie.
Há tempos a sua personalidade forte era apontada como um grande benefício ao clube. Tanto que, com as contusões de Calleri e André Silva, ele assumiu o lugar onde queria. Jogar como atacante mais adiantado.
Usando a camisa que queria: a 10, que foi de Pedro Rocha, Ganso, Pita, Ailton Lira, Raí, Zizinho...
E foi nesta posição que desperdiçou pelo menos cinco chances inacreditáveis de gol.

A direção, que não consegue administrar uma dívida que passa de R$ 1 bilhão, viu R$ 12 milhões serem desperdiçados pelo clube não chegar à semifinal. Fora a arrecadação de mais um jogo no Morumbi. Com os ingressos aumentados outra vez. Ontem havia entradas a R$ 800,00 reais. Situação que provocou uma arrecadação de R$ 8,3 milhões.
Luciano não vê sentido seguir em um clube que não deseja sua permanência. Não, aos 32 anos. E, os cinco que passou no Morumbi, o fizeram entender o quanto a Libertadores era importante. Além dela, sua temporada é fraca. Jogou mal o Paulista, a Copa do Brasil. Não tem mais grandes defensores públicos.
O diretor de futebol Carlos Belmonte e o presidente Casares não falaram ontem uma palavra, após a eliminação. Eles foram duramente xingados pela própria torcida do São Paulo. Não se defenderam e não iriam se colocar como escudo de Luciano.
Nem hoje, um dia após o vexame.
A falta de posicionamento da direção também constrangeu os jogadores. Só Hernán Crespo foi quem tentou explicar mais uma eliminação na Libertadores. Há 20 anos, o São Paulo não vence a principal competição da América do Sul.
E desta vez, a derrota tem ‘um dono’. Pelo menos para a direção, para a imprensa, para os torcedores. E para ele mesmo.
“Não poderia perder as chances de gol que tive”, desabafou, constrangido, Luciano.
Em 2023, renovou contrato até o final de 2026.
Entre salários e luvas, recebe R$ 750 mil mensais.
Nos dois últimos anos, ele não quis ir para o mercado árabe.
Agora, se surgir a primeira proposta, ele vai.
Ou no máximo esperar abrir a janela do final de ano.
A relação entre Luciano e São Paulo se desgastou.
Os dois lados acreditam que o melhor é se separar.
Muller sabe: Luciano não é o ídolo que todo são paulino merece...