Logo R7.com
RecordPlus
Cosme Rímoli - Blogs

Crítica de Muller retrata pressão da torcida. E de parte da diretoria do São Paulo. O tempo de Luciano no Morumbi acabou. Até ele está cansado de críticas

O atacante, que perdeu pelo menos quatro gols na disputa pelas quartas da Libertadores, contra a LDU virou o símbolo do fracasso do São Paulo na competição. São 20 anos sem a conquista do título principal na América do Sul

Cosme Rímoli|Cosme RímoliOpens in new window

  • Google News

LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Luciano, atacante do São Paulo, se tornou alvo de críticas por seu desempenho na Libertadores, especialmente após perder gols cruciais.
  • O jogador está sob pressão da torcida e parte da diretoria, que deseja sua saída do clube.
  • A relação entre Luciano e o São Paulo se deteriorou, com ambos os lados concordando que é hora de uma separação.
  • Muller, ex-jogador do clube, apontou Luciano como responsável pelo fracasso na competição, recebendo apoio da torcida.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

"Esse é o ídolo que vocês merecem", ironizou Muller ao falar de Luciano Paulo Pinto/São Paulo

“Aquela parte da torcida que me ataca quando falo a verdade, esse é o ídolo que vocês merecem!

“Perde gol e faz showzinho pra vcs gritarem ‘é Luciano’.”

A crítica pesada atingiu direto o alvo, que já estava quase abatido.

Quando Muller detonou Luciano nas suas redes sociais, por perder gols e fazer gestos teatrais, conseguiu o apoio maciço de torcedores, irritados com o fraco desempenho do atacante de 32 anos.


Ele virou o símbolo do fracasso do São Paulo na Libertadores.

Muller é bicampeão mundial com o clube do Morumbi.


E há grande pressão para ele ser vendido.

O problema é que o único mercado viável, ainda aberto, é o dos Emirados Árabes.


Ele fecha no dia primeiro de outubro.

Na manhã desta sexta-feira, dia 26 de setembro, dez horas após a eliminação do São Paulo, o blog recebeu dois recados.

Um de um conselheiro muito importante na questionada gestão do presidente Julio Casares. E de um empresário próximo a Luciano.

De acordo com os dois, a vontade da direção do clube coincide com a do jogador.

É hora de colocar um fim no ciclo.

O jogador, que chegou em agosto de 2020, trocado por Everton, com o Grêmio, nunca esteve tão abatido.

Foi vaiado, xingado, ontem no Morumbi.

Pela própria torcida são paulina.

Sua personalidade forte cedeu diante da cruel campanha de personificar a eliminação do São Paulo da Libertadores.

Não bastasse estar em quase todas as manchetes, após as lastimáveis derrotas contra a LDU, os comandos das principais organizadas querem que Casares o negocie.

Há tempos a sua personalidade forte era apontada como um grande benefício ao clube. Tanto que, com as contusões de Calleri e André Silva, ele assumiu o lugar onde queria. Jogar como atacante mais adiantado.

Usando a camisa que queria: a 10, que foi de Pedro Rocha, Ganso, Pita, Ailton Lira, Raí, Zizinho...

E foi nesta posição que desperdiçou pelo menos cinco chances inacreditáveis de gol.

Muller levantando o troféu de campeão mundial pelo São Paulo Divulgação/São Paulo

A direção, que não consegue administrar uma dívida que passa de R$ 1 bilhão, viu R$ 12 milhões serem desperdiçados pelo clube não chegar à semifinal. Fora a arrecadação de mais um jogo no Morumbi. Com os ingressos aumentados outra vez. Ontem havia entradas a R$ 800,00 reais. Situação que provocou uma arrecadação de R$ 8,3 milhões.

Luciano não vê sentido seguir em um clube que não deseja sua permanência. Não, aos 32 anos. E, os cinco que passou no Morumbi, o fizeram entender o quanto a Libertadores era importante. Além dela, sua temporada é fraca. Jogou mal o Paulista, a Copa do Brasil. Não tem mais grandes defensores públicos.

O diretor de futebol Carlos Belmonte e o presidente Casares não falaram ontem uma palavra, após a eliminação. Eles foram duramente xingados pela própria torcida do São Paulo. Não se defenderam e não iriam se colocar como escudo de Luciano.

Nem hoje, um dia após o vexame.

A falta de posicionamento da direção também constrangeu os jogadores. Só Hernán Crespo foi quem tentou explicar mais uma eliminação na Libertadores. Há 20 anos, o São Paulo não vence a principal competição da América do Sul.

E desta vez, a derrota tem ‘um dono’. Pelo menos para a direção, para a imprensa, para os torcedores. E para ele mesmo.

“Não poderia perder as chances de gol que tive”, desabafou, constrangido, Luciano.

Em 2023, renovou contrato até o final de 2026.

Entre salários e luvas, recebe R$ 750 mil mensais.

Nos dois últimos anos, ele não quis ir para o mercado árabe.

Agora, se surgir a primeira proposta, ele vai.

Ou no máximo esperar abrir a janela do final de ano.

A relação entre Luciano e São Paulo se desgastou.

Os dois lados acreditam que o melhor é se separar.

Muller sabe: Luciano não é o ídolo que todo são paulino merece...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.