Sete torcedores mortos na volta de Cruzeiro e Corinthians. Clube pagará funeral. Mas jogo está confirmado
Divulgação/Corpo de BombeirosSão Paulo, Brasil
Transmissão de TV.
Agenda de Corinthians e Estudiantes.
Venda dos ingressos já iniciada.
Calendário da Conmebol.
Preparação das equipes.
Esses foram os motivos que impediram a direção corintiana de atender ao pedido de sua principal torcida organizada.
A Gaviões da Fiel queria o adiamento do jogo de amanhã, em Itaquera, entre Corinthians e Estudiantes de la Plata, pelas quartas de final da Copa Sul-Americana.
O motivo: homenagear os sete torcedores mortos na rodovia Fernão Dias, em Igarapé, perto de Belo Horizonte, na madrugada do domingo.
Eram 43 pessoas que estavam em um ônibus que saiu de Taubaté para acompanhar Cruzeiro e Corinthians.
O famoso bate e volta: ir assistir à partida e voltar em seguida.
O veículo transportava torcedores corintianos de duas organizadas: Gaviões da Fiel e Coringão Chopp.
Corintianos que estavam no ônibus garantem que o motorista gritou que o veículo havia perdido os freios. Antes do violento choque contra um barranco, que fez o ônibus capotar e acabou causando as sete mortes.
Dez pessoas ficaram presas nas ferragens.
Elas estão internadas em hospitais da região.
O estado mais grave é o do motorista, que está na UTI.
A Agência Nacional de Transportes Terrestres avisou que o veículo estava irregular. A CM Transportes, com sede em Jacareí, não tinha licença para fazer viagens interestaduais.
As torcidas alugaram o ônibus da empresa, que existe há 12 anos.
Aliás, esse é um costume brasileiro.
Acidente violento demais. Haverá investigação se os freios pararam de funcionar. Empresa estava irregular
RODNEY COSTA/ZIMEL PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - 20/08/2023Muitas organizadas de todos os estados apelam para ônibus irregulares. Mais baratos.
Não há a menor fiscalização.
A direção do Corinthians, que não pôde adiar a partida de amanhã, pagará o funeral de seus torcedores. E os homenageará no confronto contra o Estudiantes.
O time jogará de luto.
A cúpula dos clubes, que mantém relação íntima com as organizadas, como é o caso do Corinthians, recomenda cuidado no aluguel de ônibus.
Mas os presidentes das torcidas dizem que não têm como controlar os milhares de membros das organizadas.
Ou seja, a fiscalização nas estradas tem de ser aprimorada, mais rígida.
Só que não é o que acontece.
Ônibus até que são parados para verificação.
A preocupação maior com as organizadas está na procura de armas e drogas.
Mas não nas reais condições do ônibus...
Acidente com ônibus da torcida do Corinthians deixa pelo menos sete mortos; veja fotos
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