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Corinthians não vai seguir com Matías Rojas em 2024. Nova diretoria garante que ele não será 'novo Luan', recebendo sem jogar

O meia paraguaio fracassou no Corinthians. Com direitos de imagem atrasados, ele ameaça ir à Fifa para rescindir o contrato. Nova direção quer acordo para a saída. Jura que ele não será um 'novo Luan'

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli


Matías Rojas não quer seguir no Corinthians, e Mano não conta com o jogador, que fracassou em Itaquera
Matías Rojas não quer seguir no Corinthians, e Mano não conta com o jogador, que fracassou em Itaquera

São Paulo, Brasil

No final de 2022, empresários procuraram assessores do então presidente do Corinthians, Duilio Monteiro Alves.

Diziam ter nas mãos uma "oportunidade rara".

Um meio-campista versátil, inteligente, vibrante, capaz de se tornar um novo ídolo da torcida.

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E substituir o meia Renato Augusto, que acumulava idade e seguidas contusões.

A notícia chegou acompanhada do "interesse" do Botafogo.

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Se o Corinthians quisesse o paraguaio Matías Rojas, jogador importante do Racing, teria de agir antecipadamente.

Tratar de acertar a chegada em julho deste ano, já que seu contrato terminaria em junho.

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E, assim, o Corinthians comprometeu 1,8 milhão de euros, cerca de R$ 9,6 milhões, para ter 80% dos seus direitos.

No acordo foram acertados salários e direitos de imagem, chegando-se a um total de R$ 550 mil por mês.

Ele exigiu e teve três anos de contrato.

A aprovação da contratação do meia foi de Duilio, que analisou informações na Argentina.

Fernando Lázaro queria o atleta. Não pôde utilizá-lo, foi demitido depois da vexatória eliminação do Paulista, em Itaquera, diante do Ituano. Cuca passou só dois jogos, mas também deu sua aprovação ao meia.

Só que o treinador que teve o contato inicial e marcante com Rojas foi Vanderlei Luxemburgo.

A relação entre o treinador, de 71 anos, e o jogador, de 28, acabou sendo desastrosa.

Luxemburgo o fixou na ponta direita. O canhoto meia sabia que não renderia aberto pelo lado do campo. Ele procurou o treinador para explicar que não se sentia à vontade. 

Mas não houve acordo.

O jogador se intimidou com a postura insistente de Luxemburgo, que o via como um "novo Robben", holandês canhoto que atuava pela ponta direita e que foi terceiro colocado na Copa do Mundo de 2014.

Luan foi uma enorme desilusão no Corinthians. Ficou acomodado e recebendo R$ 800 mil mensais
Luan foi uma enorme desilusão no Corinthians. Ficou acomodado e recebendo R$ 800 mil mensais

Luxemburgo sempre se orgulhou de mudar jogadores de posição. Como fez com Rincón, estava fazendo com Paulinho.

Diante do rendimento péssimo do paraguaio, Rojas acabou, desmotivado, na reserva.

Luxa foi demitido.

Mano Menezes assumiu e não teve paciência nem cuidado especial com o jogador.

Fixou-o na reserva, sem dor na consciência.

Sua preocupação maior era tentar salvar o Corinthians da zona do rebaixamento.

Em grave situação econômica, o clube passou a adotar prática comum nos clubes, como o São Paulo.

Pagava os salários, muitas vezes a menor parcela do rendimento dos atletas. E deixava acumular os direitos de imagem. Por lei, se atrasasse três meses, o jogador poderia reivindicar seus direitos. Mas dois meses, não.

A desvalorização de Rojas foi algo real.

De acordo com o site especializado em negociações Transfermarkt, seus direitos valiam 5 milhões de euros, R$ 26,6 milhões, quando atuava no Racing. Agora, a avaliação é que o paraguaio chegaria a 3 milhões de euros, cerca de R$ 16 milhões. Pouco mais do que a metade.

O jogador percebeu que Mano Menezes não o tem como jogador importante para 2024.

Muito pelo contrário.

Não faz questão que continue no elenco.

Clubes argentinos até sondaram a possibilidade de levá-lo de volta.

Além do Internacional e do Athletico.

Mas o clube paulista só o liberaria se recebesse o que gastou com o meio-campista.

E seu estafe decidiu agir.

Decidiu, com o auxílio de advogados, notificar o Corinthians.

Pediu a liberação do jogador ou procurará a Fifa, denunciando o esquema.

E exigirá o pagamento integral dos salários até junho de 2026, quando acabaria seu compromisso.

A intenção é a rescisão imediata.

O novo presidente corintiano, Augusto Melo, quer a decisão imediata do caso.

Rojas está sendo oferecido a empresários.

Melo não quer seguir o mesmo caminho de Duilio, de emprestar atletas, com o Corinthians pagando grande parte dos salários.

E muito menos que ele se transforme em um "novo Luan", meia que fracassou no clube e ficava apenas treinando e recebendo R$ 800 mil mensais.

"Isso não acontecerá com Rojas", assegura um conselheiro ligado a Melo.

O caso é problemático.

E o caminho do rompimento é claro.

O paraguaio não faz parte dos planos de Mano.

Por seu lado, Rojas não quer voltar ao clube em 2024.

A "oportunidade rara" foi um enorme fracasso...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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