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Corinthians joga como pequeno contra o São Paulo. Juiz ajuda. Luxa comemora o empate. Torcida enfurecida. Vaias e palavrões

O treinador comemora aliviado o empate em 1 a 1. Colocou seu time retrancado, com medo de perder, contra o São Paulo. Torcida não perdoa, vaia e xinga. Postura acovardada do Corinthians

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Róger Guedes marcou o gol de empate do Corinthians contra o São Paulo
Róger Guedes marcou o gol de empate do Corinthians contra o São Paulo Róger Guedes marcou o gol de empate do Corinthians contra o São Paulo

São Paulo, Brasil

"Vergonha... Time sem-vergonha."

"Ou joga no amor ou joga no terror."

"Duilio, c... fora do Timão."

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"Fora, Alessandro (gerente de futebol)."

"Ai, que saudade, quando o Timão jogava com vontade."

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Palavrões, protestos, ameaças.

O motivo de tanta revolta: o Corinthians jogou como time pequeno, dentro de sua arena, em Itaquera, diante de seus torcedores. Abriu mão de tentar vencer.

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O time foi montado de maneira defensivista por Vanderlei Luxemburgo. Para atuar em contragolpes, cedendo a iniciativa para o São Paulo, que teve 64% de posse de bola. O time de Dorival Júnior atuou como se estivesse no Morumbi.

O único objetivo de Luxemburgo era não perder. 

E conseguiu empatar em 1 a 1, gols marcados no primeiro tempo, por Michel Araújo e Róger Guedes, de pênalti.

Na segunda etapa, o Corinthians jogou no 4-5-1, vivendo à base de chutões na direção de Róger Guedes.

Para escapar da zona do rebaixamento e manter o tabu de nunca ter sido derrotado pelo rival na Neo Química Arena.

Mas, para essa "façanha", contou com o auxílio fundamental da arbitragem.

Bruno Arleu de Araújo anulou gol legítimo de Calleri.

E, encolhidos no seu campo, os jogadores corintianos comemoravam o empate por 1 a 1. A equipe nas mãos de Luxemburgo ainda não conseguiu vencer. Foram quatro jogos, duas derrotas e dois empates.

"O juiz deu o empate para o Corinthians. Domínio total do São Paulo. Tivemos o segundo gol do Calleri, que não foi falta."

"Não foi pênalti para o Corinthians. Temos de lutar contra tudo. Tem 12 jogadores do lado de lá", desabafou Michel Araújo.

"Quem perdeu fomos nós, tivemos chances, pudemos fazer o gol. É complicado falar de arbitragem, gosto do Bruno, mas um contato daqueles dar pênalti? Complicado. Poderíamos ter saído com a vitória. Sou um cara que reclama demais, não gosto de falar de árbitro porque somos chatos, mas, se fosse no meio-campo, nunca que iria dar falta. Hoje, ele acabou complicando o jogo", disse Rafinha.

"Quando os próprios jogadores da equipe adversária dizem que não foi pênalti, isso resume. A bola do Calleri foi lamentável. Foi muito lamentável o que aconteceu aqui hoje.

"O São Paulo foi muito bem. O resumo é que o São Paulo tentou jogar, tentou fazer, foi bem, com postura, e eu saio daqui muito chateado, porque vimos a mesma coisa contra o Fortaleza, com um jogo ao nosso caráter, aí vem uma expulsão absurda. Aí você vê os árbitros na próxima rodada. Não é condenar ninguém. Mas pontos importantes estão sendo tirados do nosso time em algo fora do nosso alcance", lastimou Dorival Júnior.

"As vaias de hoje são pelos resultados anteriores. A gente sempre quer a vitória, mas empate não está mal. Ainda mais do tabu de nunca ganhar aqui, permanece isso. Está na história do Corinthians", Róger Guedes tentava buscar uma desculpa para os jogadores comemorarem o empate em casa.

"Fiquei procurando uma palavra para adjetivar a atuação do árbitro Bruno Arleu. Pensei ruim, péssima, tendenciosa. O que adjetiva a arbitragem dele é 'vergonhosa'. A arbitragem dele foi uma vergonha!", resumiu, revoltado, o diretor do São Paulo, Carlos Belmonte.

O São Paulo fará uma reclamação formal à CBF.

Não quer mais Bruno Arleu de Araújo apitando suas partidas.

Enquanto isso, confirmando a vexatória fase que vive o Corinthians, Luxemburgo comemorou o empate em casa. Com seu time jogando como pequeno.

"Dentro da circunstância, vir de 3 a 0 no Rio de Janeiro, empate, derrota, aí chega aqui com ambiente tenso, consegue controlar o ambiente e o emocional para jogar um clássico, empatar o clássico... Se eu perguntasse se você acreditava que o Corinthians iria perder, o que você diria?

"Falei para os jogadores: 'comemorem o empate', mas só porque é o momento nosso, mas jogando em casa temos a obrigação do resultado. É um trabalho crescente. Depois de um resultado ruim, consegui equilibrar o time."

Diante da surpresa dos repórteres, com o treinador assumindo a felicidade por não perder, Luxemburgo confirmou. Disse também que não queria ficar marcado como o treinador que foi vencido, o responsável pelo fim do tabu. De o São Paulo jamais ter vencido em Itaquera.

"Eu não gostaria de fazer parte dessa história negativa. São Paulo não ganha aqui há dez anos [são nove, desde 2014]. Eu não queria ser o cara que perdeu. Os jogadores também. Isso é um trabalho que a gente fez também, no finalzinho tivemos aquilo: 'Não vamos perder'."

Além do vexame em campo, com o esquema tático acovardado, outra situação inaceitável.

A torcida do Corinthians usou cantos homofóbicos contra o São Paulo.

O placar oficial do estádio implorava para que os torcedores parassem.

E eles continuaram.

A arena pode ser interditada.

Ou o Corinthians ter de jogar sem torcedores.

A punição mais grave seria a perda de três pontos.

Luxemburgo: 'Mandei os jogadores comemorarem o empate'
Luxemburgo: 'Mandei os jogadores comemorarem o empate' Luxemburgo: 'Mandei os jogadores comemorarem o empate'

O time corintiano, que comemora o empate em casa, terá pela frente, na quarta-feira (17), o Argentinos Juniors, na Argentina. Uma derrota deixaria o clube em uma situação calamitosa na Libertadores.

No próximo domingo (21), enfrentará o Flamengo, no Rio de Janeiro.

Tudo indica que o time apelará para novas retrancas, como hoje.

Essa é a nova cara do Corinthians, de Luxemburgo.

Equipe que não consegue vencer.

E que vibra com empates em Itaquera...

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