Torcedores comuns do Boca e suas famílias foram agredidos, e roubados, nas praias do Rio
Reprodução/Redes SociaisSão Paulo, Brasil
A cúpula da Conmebol está desesperada.
Quando o presidente da entidade, Alejandro Domínguez, em 2019, quis imitar a Champions League e implementar uma partida final apenas da Libertadores, em rodízio de países, ele se arriscou.
Não levou em consideração a violência que domina o mundo.
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Em duas partidas, como era, desde 1960, sempre houve a preparação do país que receberia a torcida adversária com muito mais cuidado.
Em um jogo só, o relaxamento prevalecia.
Argentinos e brasileiros só se encontraram, desde então, em Montevidéu. Flamengo e River Plate jogaram em campo neutro, e os policiais uruguaios cuidaram da segurança.
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Só que, ao marcar o Rio de Janeiro como sede da decisão em 2023, a Conmebol se arriscou novamente. Como havia acontecido em 2020.
Só que, em vez de dois brasileiros, como foram Palmeiras e Santos, a final coloca frente a frente Fluminense e Boca Juniors. Uma equipe brasileira e outra argentina. A maior rivalidade no continente sul-americano.
Há muita revolta na Argentina pela agressão aos torcedores do Boca nas praias do Rio de Janeiro
Reprodução/OléEm Buenos Aires, na Bombonera, as organizadas de todos os clubes brasileiros sofrem, dependem da competência de policiais, para não serem agredidas pelos barras bravas, torcidas radicais do Boca Juniors.
Muitas vezes, torcedores de equipes brasileiras, desavisados, que tentam ir à Bombonera sozinhos costumam apanhar.
Qualquer pessoa que acompanhe o futebol de perto sabe disso.
E, infelizmente, era previsível o que aconteceu ontem na praia de Copacabana.
Centenas de membros das organizadas do Fluminense foram ao posto 5, onde torcedores do Boca Juniors, entre eles muitas famílias, estavam aproveitando a praia, tranquilamente.
Vândalos infiltrados nas organizadas do Fluminense chegaram agredindo quem viam pela frente com a camisa do Boca Juniors.
Os argentinos foram pegos de surpresa. Além da apanharem, vários deles se queixaram de roubo.
Foi um arrastão terrível de violência.
A polícia do Rio de Janeiro chegou tarde.
E tratou de dispersar os agressores, que demoraram a sair, com bombas de efeito moral e tiros de balas de borracha.
Cenas de guerra.
Organizadas do Fluminense agrediram pessoas só por estarem com camisa do Boca Juniors
Reprodução/Redes SociaisO detalhe é que as principais barras bravas do Boca Juniors chegam ao Rio de Janeiro apenas hoje. E, desde Buenos Aires, ontem, já prometiam vingança contra as organizadas do Fluminense.
Juravam que aconteceria o contrário hoje, e amanhã, dia da final da Libertadores, no Maracanã.
Seriam os argentinos que "caçariam" as organizadas do Fluminense para agredir os torcedores.
O presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, entrou em contato com o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro. E também com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.
Seu medo é o que acontecerá hoje e, principalmente, amanhã, quando as torcidas se encontrarão no Maracanã.
O governador Cláudio Castro promete reforçar a segurança pela cidade. E principalmente, lógico, no Maracanã.
Mas há enorme preocupação na Conmebol pelos torcedores comuns, que estão com familiares, no Rio de Janeiro. Há grupos de torcedores do Fluminense que ameaçam todos os argentinos que encontram pela frente.
Em 2018, vexame absoluto. Violência da América do Sul levou final da Libertadores à Espanha
Reprodução/OléDomínguez pediu uma reunião com as direções de Boca Juniors, Fluminense, CBF e AFA.
Ele quer todas as garantias de segurança para a partida de amanhã.
E avisará que, se houver confrontos violentos, o jogo pode até nem acontecer.
Passar para outro local.
Até mesmo a Europa, como foi com a final de 2018, entre River e Boca Juniors, que aconteceu em Madri, na Espanha.
Há a preocupação dos jogadores dos dois clubes, que convidaram familiares para ir ao estádio amanhã.
O caso é muito sério.
O governo do Rio de Janeiro e o brasileiro têm a responsabilidade de oferecer segurança aos torcedores, aos jogadores.
A tensão é gigantesca.
A ponto de a direção da Conmebol pensar no futuro, se manterá uma final apenas ou voltará a dois jogos decisivos.
E, se mantiver um jogo só, tirar o Brasil e a Argentina como possíveis sedes.
Tudo dependerá de hoje.
E, principalmente, de amanhã, no Maracanã.
A partida já é considerada de "altíssimo" risco pela Conmebol...
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