Como o blog antecipou, por medo, Jô rescinde contrato com o Corinthians
Jô e família estavam com medo dos vândalos infiltrados nas organizadas. Temiam agressões pelo fato de ele ter ido a um pagode em pleno tratamento médico. Diretoria queria se livrar do veterano de 35 anos. Rescisão foi de comum acordo
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Como o blog antecipou ontem, Jô rescindiu seu contrato com o Corinthians.
A situação era simples.
O clube cansou da falta de empenho, dos quilos acima do peso ideal, do sumiço do jogador no fim de 2021, das farras, inclusive no auge da pandemia. Mas dois pontos foram fatais. O desprezo ao clube na terça-feira. Mesmo submetendo-se a tratamento médico, ele foi a um pagode. E, de costas para a TV, que mostrava o time de Vítor Pereira perdendo para o Cuiabá, ele cantava e tocava tam-tam, um tambor.
Para piorar de vez sua situação, ele não foi ao clube ontem. Era esperado para dar sequência ao seu tratamento médico. Simplesmente faltou. Não avisou ninguém. E não respondeu a telefonemas dos dirigentes.
O técnico Vítor Pereira ficou revoltado com a situação. Deixou clara sua posição: queria a saída do jogador. O treinador estava empenhado em tentar recuperar o atacante de 35 anos, desacreditado pela própria diretoria, presa ao contrato até o fim de 2023.
Ou seja, os dirigentes queriam chegar a um acordo financeiro. Não pagar ao atleta o que tinha direito até o fim do próximo ano. Combinar pagar cerca de metade, em várias parcelas, e acabar com o vínculo.
Jô, por seu lado, como o blog publicou pela manhã, estava com medo da reação de vândalos infiltrados nas torcidas organizadas.
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Ele já teve o carro apedrejado no ano passado por "torcedores" por conta de seu comportamento fora de campo.
Cássio e Willian foram ameaçados de morte neste ano por causa dos resultados do time.
Depois de ter sido flagrado e filmado no pagode, Jô bloqueou suas redes sociais.
Mas mesmo assim sua esposa e familiares estavam muito preocupados. E queriam que ele saísse do Corinthians.
O medo fez com que Jô aceitasse a rescisão.
A volta de Jô foi uma aposta do ex-presidente Andrés Sanchez.
Em 2021, ele atuou apenas 19 vezes e marcou quatro gols.
Estava longe de ser titular absoluto.
Recebia R$ 700 mil mensais.
A sua saída serve como aviso aos demais jogadores.
A cobrança no clube será muito mais forte.
Pelo planejamento financeiro, o Corinthians terá de chegar pelo menos até as semifinais da Libertadores.
E brigar pelos títulos brasileiro e da Copa do Brasil.
Para isso, precisa de jogadores comprometidos.
Algo que Jô cansou de demonstrar não ser mais.
A rescisão foi ótima para o Corinthians.
E uma lição para o jogador.
Ele teve de abrir mão de um excelente contrato.
Por medo da própria torcida corintiana.
Pela irresponsabilidade, falta de respeito ao clube.
Triste fim na história do atleta, que foi uma das grandes revelações do clube.
E que vestiu a camisa profissional corintiana com 16 anos.
Mostrava total comprometimento quando era garoto.
Agora, veterano, se perdeu completamente...
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