Com expulsão absurda, Palmeiras perde. Atlético dispara na liderança
Bruno Arleu de Araújo, cometeu um erro fatal. Patrick de Paula escorregou e mal atingiu Jair, que fingiu dor. O juiz o expulsou. Aos 34 do primeiro tempo. O Atlético aproveitou. Venceu por 2 a 0. Líder absoluto
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Bruno Arleu de Araújo sabotou o Palmeiras.
O árbitro da Federação Carioca de Futebol, militar de profissão, cometeu um erro imperdoável, hoje à noite, no Mineirão. E que estragou o confronto entre o primeiro colocado diante do segundo do Brasileiro.
Aos 34 minutos do primeiro tempo, Patrick de Paula vai dividir com Jair. O volante do Palmeiras escorrega e, atinge de leve, o volante do Atlético, que decidiu fazer sua homenagem aos grande atores deste país, e rola, fingindo dor. O juiz foi enganado.
E deu o segundo cartão amarelo, absurdo, para Patrick de Paula. Como foi o segundo amarelo e não o vermelho direto, o VAR não pôde entrar em ação. Mostrar a situação surreal. E o Palmeiras ficou com um jogador a menos. Abel Ferreira não se aguentou e foi expulso.
Na partida entre dois dos três melhores elencos do país, o terceiro é o Flamengo, ter um jogador a mais desequilibra. Ainda mais porque Cuca decidiu escalar seu melhor time, para ampliar a liderança, para tentar vencer o Brasileiro, como é o sonho dos dirigentes, para acabar com o jejum de 51 anos. Abel Ferreira havia decidido poupar titulares, pensando no confronto contra o São Paulo, pela Libertadores, na terça-feira.
Com essa ajuda involuntária de Bruno Arleu de Araújo, o Atlético teve espaço por 60 minutos, com um a mais, para impor seu jogo. E venceu de forma avassaladora o Palmeiras. Foram 12 arremates do clube mineiro contra apenas um da equipe paulista.
Os gols foram do time de Cuca, os dois de Savarino.
Foi a nona vitória consecutiva do Atlético no Brasileiro.
E a vantagem diante do Palmeiras saltou para cinco pontos.
Se o Fortaleza vencer amanhã o Santos, o time cearense assume a vice liderança, empurrando o Palmeiras para a terceira colocação.
Para completar a alegria atleticana, como o blog antecipou, Diego Costa confirmou que será o novo reforço do time mineiro.
A partida começou com os dois times deixando muito claras suas estratégias. Abel Ferreira outra vez montou o Palmeiras para contragolpear, ainda mais depois de optar por poupar jogadores fundamentais como Rony, Zé Rafael, Raphael Veiga, Dudu, Luiz Adriano, Marcos Rocha, Luan.
Cuca pensou exatamente o contrário. Decidiu colocar seu melhor time. Encarou o jogo como uma decisão. Queria os três pontos de qualquer maneira contra o segundo colocado. Preparou seu time para sufocar o Palmeiras.
Marcava pressão o tempo todo. O time de Abel seguia sofrendo, marcando forte, de forma intensa, esperando um vacilo para contragolpear.
O jogo estava empolgante. Até que chegou os 34 minutos e o juiz cometeu o inacreditável erro de expulsar Patrick de Paula, depois dele escorregar e mal tocar em Jair. Como Bruno Arleu de Araújo, que cometeu o absurdo de mostrar o segundo cartão amarelo, triste foi a omissão dos auxiliares, do quarto árbitro, já que o VAR só pode ser acionado, em caso de erro por cartão vermelho direto. Havia dois auxiliares e o quarto árbitro para avisar do escorregão. Mas eles se calaram.
Abel Ferreira não se conteve e xingou no banco de reservas. Ele sabia o que iria acontecer. Seria expulso mais uma vez e o Atlético Mineiro tomaria conta do jogo.
Depois da partida o treinador palmeirense garantiu que foi o bandeira Rodrigo Correa que levou o árbitro ao erro. Avisando da falta inexistente de Patrick de Paula.
O Palmeiras recuou de vez. Ficou no esquema que Carlos Alberto Parreira garantiria que chegaria. Quando não há qualquer jogador no ataque. O time paulista queria terminar o primeiro tempo segurando o 0 a 0. E atuava no 5-4-0. Já o Atlético subia suas linhas. Jogava no 4-3-3.
E no último lance do primeiro tempo, Wesley não ajudou a defesa como deveria. Em um cruzamento de Guilherme Arana, Savarino entrou por trás da zaga, sem a marcação do atacante palmeirense que parou na jogada, e tocou para as redes de Weverton. Aos 48 minutos.
No intervalo, João Martins, auxiliar de Abel Ferreira, que comandava o time com o cartão vermelho do treinador, também foi expulso por reclamação.
No segundo tempo, o Palmeiras trocou jogadores ao atacado.
Saíram Willian, Gustavo Scarpa, Verón, Wesley e Gustavo Scarpa. Entraram Luan, Zé Rafael, Rony e Danilo Barbosa.
Só que nada adiantaram as trocas. O Atlético Mineiro manteve seu ritmo, sua postura agressiva e, mais importante, um jogador a mais. Seguiu encurralando, tratando o Palmeiras como se fosse um time pequeno. Cuca queria o segundo gol para poupar seus jogadores para a partida contra o River Plate, pela Libertadores.
E ele veio. Aos 16 minutos, Guilherme Arana cruzou rasteiro e Savarino entrou muito rápido, se antecipou a Weverton. E marcou 2 a 0. No lance, ele atingiu, involuntariamente, o goleiro palmeirense, na cabeça. Ele teve de ser substituído.
Com 2 a 0 para o Atlético, o jogo estava decidido.
Com a vitória garantida, Cuca poupou seu time.
E comemorou a liderança.
Ao Palmeiras restou lamentar o erro da arbitragem.
A expulsão injusta sabotou o planejamento de Abel...
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