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Clubes rebeldes fraquejam. Querem perdão da Globo. Menos o Palmeiras

Dirigentes que assinaram com a Turner temem represálias. Buscam fórmulas para agradar a Globo. Até evitando transmissão de seus jogos a cabo

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Clubes que assinaram com a Turner querem o perdão da Globo
Clubes que assinaram com a Turner querem o perdão da Globo Clubes que assinaram com a Turner querem o perdão da Globo

São Paulo, Brasil

Foi um golpe muito pesado.

O fim dos canais Esporte Interativo, decisão irreversível da Turner, chocou os sete clubes que disputarão a Série A do Brasileiro, Ceará, Bahia, Santos, Internacional, Atlético Paranaense, Fortaleza e Palmeiras.

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Eles esperavam ter à disposição dois canais de esporte para exporem suas marcas por 24 horas. Durante cinco anos.

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Com a decisão pelo fechamento, vários dirigentes pensaram em desistir dos contratos que assinaram para a transmissão do Brasileiro, a cabo, até 2024, com exceção do Internacional, só até 2020, e que está sendo muito assediado pela Globo.

Só que havia o compromisso assinado.

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A Turner sabia que não poderia brigar com o atual campeão brasileiro. E diante do fechamento inesperado dos canais, a saída foi distribuir mais dinheiro. A diretoria do Palmeiras recebeu mais R$ 60 milhões e ficou sossegado. 

A alegação da Turner para os demais clubes foi que o dinheiro pago não foi por 'luvas'. E sim por amistosos, camarotes, sócio-torcedor. Só que os demais não concordaram.

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O relacionamento ficou tenso. A saída foi dar mais R$ 16 milhões a cada equipe.

Só que segue muita preocupação em relação à Globo. Com exceção da cúpula palmeirense, que comprou a briga, e a 26 dias da primeira rodada do início do Brasileiro, não assinou com a emissora para os jogos na tevê aberta e nem por pay-per-view.

Galiotte conta com apoio de torcida, diretoria e conselheiros contra Globo
Galiotte conta com apoio de torcida, diretoria e conselheiros contra Globo Galiotte conta com apoio de torcida, diretoria e conselheiros contra Globo

Jamais aconteceu algo parecido na história.

A exigência do Palmeiras é ganhar exatamente o mesmo que o Corinthians e Flamengo, na aberta e no ppv, e ter a garantia de mesmo número de jogos mostrados. 

Só que por contrato, a Globo assegurou às diretorias corintianas e flamenguistas que, por serem os clubes mais populares do Brasil, receberiam mais que todos.

Este é o fundo do impasse palmeirense.

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O presidente do Palmeiras, Mauricio Galiotte, conta com o apoio incondicional de diretoria, patrocinadores, conselheiros e torcedores. Por décadas, o dirigente afirma que o clube foi menosprezado em relação ao Corinthians. E até ao São Paulo.

Athletico Paranaense, Bahia, Ceará, Fortaleza, Internacional, Santos aceitaram a multa de 20% imposta pela Globo na aberta. Receberão menos por terem 'traído' a emissora e fechado com a Turner. Aceitaram ganhar um quinto a menos do que teriam direito.

Para tentar compensar essa perda, querem que a Turner não transmita para as cidades dos mandantes daqueles que não assinaram com a Globo.

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Seria um agrado para a emissora carioca. Com a esperança do perdão para a multa de 20%. A notícia publicada hoje pela Folha foi confirmada pelo blog.

Só que a Turner não aceita essa imposição.

Muito pelo contrário.

Dirigentes que assinaram com a Turner fraquejam sem o Esporte Interativo
Dirigentes que assinaram com a Turner fraquejam sem o Esporte Interativo Dirigentes que assinaram com a Turner fraquejam sem o Esporte Interativo

Mesmo mostrando os jogos pelos canais de filmes TNT e Space, cativar as 'praças locais' é prioridade.

E como não há nada nos contratos assinados pelos clubes, esse desejo não será satisfeito. Eles que arrumem outra maneira de escapar do castigo de 20% imposto pela emissora carioca.

Na verdade, há um sentimento enorme de insegurança em relação aos clubes que trocaram a Globo pela Turner.

A paúra é que seus jogos sejam esquecidos pela aberta. A Globo pode mudar a transmissão quando quiser. E que os jornais e programas esportivos da emissora carioca diminuam drasticamente a cobertura dos clubes. O que prejudicaria diretamente os patrocinadores.

Os dirigentes não se conformam por não ter os dois canais Esporte Interativo divulgando suas marcas, seus patrocinadores, por cinco anos, como sonhavam quando decidiram quebrar o monopólio global.

Vários dirigentes estão fraquejando.

Mas sabem estar 'amarrados'.

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E querem compensações financeiras.

O clima que já foi de imensa cumplicidade azedou.

O poderio de décadas da Globo assusta.

Menos a cúpula palmeirense.

Encara os executivos da emissora carioca sem medo.

Ou igualdade a Corinthinas e Flamengo....

Ou nada de jogos pela tevê aberta.

Nem participação no pay-per-view.

Ou no Cartola FC...

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