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Cavadinha de Yuri Alberto prejudica Dorival. Para parte da direção do Corinthians, a atitude do jogador indica falta de comando do técnico. Jogador pode bater um pênalti como não treinou?

O próprio Dorival Júnior confirmou que o atacante não treinou cobrança de pênalti com cavadinha. A displicente batida foi fundamental para a derrota contra o Flamengo. Desculpas do jogador não amenizam o desgaste do treinador

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Sentado, Rossi defendeu a displicente cobrança de pênalti de Yuri Alberto Gilvan de Souza/Flamengo

“Aquele momento é do atleta, ele foi treinado para isso. Temos até quatro jogadores numerados para que possam bater. Interferência nenhuma do treinador, para que ele faça como foi treinado. Com certeza não foi dessa forma. E temos que amargar tudo isso.”

Totalmente constrangido, Dorival Júnior teve de falar para os jornalistas o que já era público.

Yuri Alberto não treinou a constrangedora cavadinha, na cobrança de pênalti, ontem, na derrota contra o Flamengo, em plena arena de Itaquera, por 2 a 1.

Hipoteticamente, se o atacante tivesse marcado, o Corinthians poderia ter empatado com o Flamengo.


Mas Yuri Alberto quis humilhar o excelente goleiro argentino.

Desprezou o básico.


Um estudo rápido iria mostrar que, de 21 cobranças contra o Flamengo, até ontem, oito penalidades não entraram. Rossi defendeu sete e uma bateu na trave.

“No primeiro momento que o Yuri veio buscar água, eu conversei com ele. O jogador sabe o que aconteceu, o erro que teve, a tomada de decisão errônea. Não é fácil, muito mais ainda para quem comanda. Situação que você fica totalmente vendido, você não sabe a reação do atleta naquele instante. Apenas lamento porque tivemos a mesma coisa contra o Mirassol. Deveria ter servido de lição para todos nós”, disse Dorival.


Só que, após sua entrevista, inúmeras mensagens foram trocadas por conselheiros, importantíssimos para que Osmar Stabile siga como presidente do Corinthians.

E vários deles estavam irritados com Dorival.

Como o treinador, o comandante do time pôde ficar ‘vendido’, ao ver seu atacante cobrar um pênalti com cavadinha? Ou seja, ele não tinha a menor ideia até Yuri Alberto bater de muito leve na bola, que caiu bem devagar no colo de Rossi.

Yuri Alberto pede desculpas chorando por ter perdido o pênalti. O placar contra o Flamengo não o perdoou Reprodução/RECORD

Já havia acontecido com Memphis, na oitava rodada do Brasileiro, quando o holandês quis humilhar Walter. E passou vergonha, com o goleiro defendendo.

O Corinthians também perdeu aquela partida.

Yuri Alberto, durante a partida, fez um belíssimo gol, driblando Léo Ortiz. Mas o pênalti desperdiçado foi venenoso para o Corinthians no jogo. Custou a derrota.

E a manutenção na 12ª colocação. O clube perdeu três pontos em casa.

“Peço desculpas pela cobrança do pênalti. Foi um erro meu. Felizmente depois pude marcar e tirar esse peso do jejum, que me incomodava bastante. Sei das críticas que vou receber, com razão”, disse.

Mas Yuri Alberto tem de se preocupar com Dorival Júnior.

Ele expôs o comando do técnico.

Afinal, o atacante pode fazer o que quiser, brincar em um pênalti contra o líder do Brasileiro, com o Corinthians sonhando em chegar à Libertadores por pontos?

Rossi explicou a facilidade com que defendeu a lastimável cobrança de Yuri Alberto.

“Ele vinha de perder um pênalti [contra o Palmeiras, na Copa do Brasil]. E ele poderia bater no meio. Fiquei esperando a batida. E quando vi que a bola vinha devagar, ele tentou cavar, foi um alívio muito grande.”

A cobrança do atacante o prejudica até no seu sonho em jogar em clube da elite europeia. Cavadinha é vista no Velho Continente como desrespeito ao adversário. Ainda mais quando erra, e o time que defende perde.

Dorival admitiu que a cavadinha de Yuri Alberto não foi treinada. Jogador bateu dessa maneira porque quis Divulgação/Agência Corinthians

Seu empresário, André Cury, segue tentando encontrar um clube que aceite pagar mais de R$ 150 milhões no jogador.

Yuri Alberto cobrou oito pênaltis no Corinthians.

Marcou seis vezes.

Errou contra o Palmeiras, o ‘penúltimo’, como se referiu Rossi.

E o de ontem, que custou caríssimo ao Corinthians.

Cabe agora a Dorival mostrar que é ele quem manda no time de futebol.

E o cobrador de pênaltis tem de cobrar como treina.

Até por respeito à hierarquia, ao técnico.

Aos companheiros de time.

Não foi o que fez Yuri Alberto contra o Flamengo.

Apenas expôs Dorival, que tanto o apoia...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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