Carille vence o primeiro round contra Sampaoli. Corinthians 2 a 1
Com justiça, o Corinthians saiu na frente na semifinal do Paulista. Vitória suada, mas merecida, diante do Santos. Basta o empate para a final
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Fábio Carille venceu o primeiro round contra Jorge Sampaoli.
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Conseguiu travar o futebol francamente ofensivo do rival argentino.
O Corinthians foi mais efetivo tanto na marcação como no ataque. Travou o toque de bola que origina a velocidade do ataque santista. Forçou os lançamentos que só facilitaram o trabalho da zaga.
E venceu com justiça a primeira partida da semifinal do Campeonato Paulista por 2 a 1, no Itaquerão.
O treinador corintiano acertou ao escalar Vagner Love e deixar Pedrinho no banco. O veterano atacante não só segurou a zaga santista como mostrou muito mais força física para a recomposição, fechar a intermediária.
"O Santos é perigoso. Um time que evita cruzamento na área, porque o seus atacantes não são de bola aérea. Temos que estar muito concentrados em cruzamento rápidos pelo chão ou passes para trás. Fiz isso ano passado quando joguei com Rodriguinho e Jadson. Conseguimos anular bem essa ideia do Santos fechando a entrada da área.
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O Corinthians cresce nos clássicos", assumiu Carille.
O treinador destacou, com mérito, o ótimo trabalho dos volantes Ralf e Júnior Urso, que dominaram a intermediária defensiva corintiana.
"O Júnior Urso está fazendo o que a gente esperava. Só não esperávamos que os resultados seriam tão rápidos. Está fazendo muito bem, quero melhorar ele um pouquinho em relação a posicionamento. Ralf eu sou suspeito de falar.
Em dezembro de 2009, em uma conversa com o Mano, falei com o Mano sobre quatro jogadores que estavam jogando no Barueri que eu acreditava que poderia vestir a camisa. Foi o Leandro Castan, Ralf, Everton e o Fernandinho.
Acabou dando certo esses dois. O que chama a atenção é que são mais de sete jogos de média para ele tomar um amarelo. Ele consegue roubar sem fazer falta. Para ele ficar fora, nessa média aí, são 21 jogos para ele ficar fora por suspensão de cartão amarelo. É um exemplo, falo para os mais jovens. Trabalha hoje como treinava em 2008", dizia, orgulhoso, Carille.
Jorge Sampaoli não fugiu da verdade, como faz a maioria dos treinadores brasileiros. Admitiu a superioridade corintiana.
"Mérito do rival. O Corinthians jogou como quis e nos neutralizou. Não atacou tanto, mas nos incomodou e não tivemos resposta. Foi incapacidade nossa e mérito do rival. Não fomos melhores porque o rival se impôs", disse, com todas as letras.
"Não encontramos um jogo como a equipe estava acostumada a ter. Não fizemos uma boa partida e temos que estar preparados para o que vem agora", afirmou, deixando claro que o Santos não conseguiu 'jogar' porque o Corinthians não deixou.
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Sampaoli sabe que tem um elenco limitado.
E não será nada fácil reverter a vantagem corintiana.
Foi a primeira derrota santista em 2019 nos clássicos.
Manoel marcou o primeiro gol, aproveitando bola parada, em falha infantil da zaga santista, aos quatro minutos.
Mas aos sete, o erro foi individual de Cássio. O goleiro, em vez de um soco em um cruzamento aéreo, deu um tapa fraco. A bola foi na cabeça de Derlis Gonzáles, 1 a 1.
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Só que o melhor jogador em campo, Clayson, aproveitou inexplicáveis duas cabeçadas para o alto de Luiz Felipe. O atacante dominou a bola e, ao contrário do que fez nos gols das quartas, contra a Ferroviária, não foi para a linha de fundo. Enganou Victor Ferraz. Cortou para o meio e marcou um golaço. 2 a 1, aos 31 minutos do primeiro tempo.
Na segunda etapa, Sampaoli tentou adiantar a marcação do seu time, buscando o empate. Só que a postura defensiva corintiana foi superior, segura. E a vitória foi garantida.
O Corinthians tem a vantagem de empatar, na próxima segunda-feira, no Pacaembu, para chegar à final do Campeonato Paulista.
No clássico, um grande susto, aos 44 minutos do primeiro tempo. Danilo Avelar e Felipe Aguiar se chocaram, bateram as cabeças. O zagueiro santista ficou desacordado e foi levado ao hospital Sírio Libanês onde iria passar a noite sob observação. A princípio, não houve nada mais grave, a não ser a forte pancada.
Decente a ação dos torcedores corintianos, que lotaram o Itaquerão, aplaudiram a passagem do jogador santista, saindo de campo de ambulância.
A decência preveleceu.
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