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Ralf e Clayson fulguram e o Corinthians bate o Santos, 2 X 1

O volante, na sua partida 400 pelo "Timão". E o atacante, um azougue a infernizar a defesa do "Peixe". Que fez o gol numa barbeiragem de Cássio.

Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti

A euforia de Manoel (com Danilo Avelar). Corinthians 1 X 0
A euforia de Manoel (com Danilo Avelar). Corinthians 1 X 0 A euforia de Manoel (com Danilo Avelar). Corinthians 1 X 0

Neste domingo, 31 de Março, o Corinthians e o Santos se defrontaram pela terceira vez na temporada de 2019. Em 13 de Janeiro, um amistoso na Arena ainda-sem-nome de Itaquera, resultado de 1 X 1. Em 10 de Março, no mesmo endereço, fase de grupos do “Paulistão”, o placar nulo de 0 X 0. Caso o certame acontecesse por pontos corridos, o “Peixe”, então, seria o líder, tranquilamente, 23 pontos, 4 à frente do Palmeiras e 5 adiante do “Timão”. Todavia, a sua suposta primazia meramente lhe serviu para assegurar o mando, em sua casa, dos retornos nos mata-matas. Ao menos pelo resultado o Corinthians soube como desfrutar o seu mando na ida, sucesso, 2 X 1.

Derlis Gonzáles e Fagner, no 0 X 0 de 10 de Março
Derlis Gonzáles e Fagner, no 0 X 0 de 10 de Março Derlis Gonzáles e Fagner, no 0 X 0 de 10 de Março

Inaugurado em 22 de Junho de 1913 com uma vitória do “Peixe” por 6 X 3 no Parque Antarctica, o duelo batizado de “Clássico Alvinegro” atingiu nesta jornada a edição de número 332, sem nenhuma alteração na folga estatística do Corinthians: agora, nas vitórias, 131 a 106; nos gols, 585 a 507. Tristeza, apenas, pelo fato de o jogo acontecer de novo com torcida única, situação melancólica que já perdura desde Abril de 2016, supostamente para evitar os conflitos entre os bandos mais violentos dos times rivais. A Fiel, aliás, enfatizou a sua posição quanto às polêmicas da data ao estender uma faixa nas arquibancadas: “Ganhar ou perder, mas sempre com Democracia”.

A faixa da Fiel Torcida na Arena de Itaquera
A faixa da Fiel Torcida na Arena de Itaquera A faixa da Fiel Torcida na Arena de Itaquera

Com 39.909 espectadores, não suplantou o primado de público na Arena, este ano, 42.803 em 17 de Fevereiro, um triunfo de 2 X 1 sobre o São Paulo, no mesmo torneio. A Fiel, porém, não desperdiçou a sua crença no carisma de seu treinador, Fábio Carille, um recordista de conquistas nas batalhas de mata-matas – até então, 16 a 2. Aliás, ambos os tombos em situações anômalas: derrota nos penais para o Inter de Porto Alegre, na Copa do Brasil de 2017; e a eliminação somente no critério do gol qualificado, aquele feito em viagem, pelo Racing da Argentina, na Copa Sul-Americana de 2019.

Manoel, 1 X 0
Manoel, 1 X 0 Manoel, 1 X 0

No primeiro ataque do combate, antes dos 3’, Sornoza cobrou uma falta do flanco esquerdo, o zagueiro Manoel se antecipou à bequeira do “Peixe” e, de cocuruto, roçou na pelota o suficiente para evitar a catada de Vanderlei. Mas, herói aqui e vilão acolá. Logo aos 7’, ao tentar uma rebatida depois de um escanteio alçado por Jean Mota, o arqueiro Cássio fracassou pateticamente e, às suas costas, Derlis Gonzáles testou, 1 X 1. Ele, Càssio, fundamental na classificação do “Timão”, quarta-feira, na loucura da loteria dos penais contra a Ferroviária de Araraquara. E dizer que o “Timão” provinha de seis cotejos sem sofrer tentos originados de cruzamentos – e isso depois de padecer com o absurdo de 11 de todos 18 que, então, grotescamente, já havia concedido.

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Clayson, Corinthians 2 X 1
Clayson, Corinthians 2 X 1 Clayson, Corinthians 2 X 1

Os rapazes de Carille, todavia, não se abalaram. E aos 31’, com a ajuda involuntária, claro, de Luiz Felipe, que falhou duas vezes em sequência ao tentar uma devolução de cabeça, Clayson capturou a pelota, desferiu um drible cruel em Victor Ferraz e fulminou Vanderlei, 2 X 1. Um detalhe importantíssimo: enquanto Carille havia definido o seu sistema com três avantes naturais, Clayson, Vagner Love e Gustagol, o rival Jorge Sampaoli tinha apostado num trança-trança com Derlis e Cueva. Não fosse a tolice de Cássio e o Santos acabaria a etapa inicial em 0 X 2. No intervalo, Sampaoli apostaria em Rodrygo, disparado o seu melhor avante, para o lugar do estático Cueva.

Ralf, homenageado pela diretoria do "Timão", antes do jogo
Ralf, homenageado pela diretoria do "Timão", antes do jogo Ralf, homenageado pela diretoria do "Timão", antes do jogo

Não melhorou. Na sua porfia de número 400 pelo clube, Ralf brilhava na proteção das redondezas de Cássio. E o “Peixe” errava em demasia e a bola mal se aproximava de Rodrygo. Sampaoli também sacou Carlos Sánchez, o seu melhor meio-campista, para experimentar o venezuelano Yeferson Soteldo, mero ciscador, 1m60 de altura e, no papel, sem físico para se chocar com Manoel e com Henrique, os centrais do “Timão”. Paralelamente, Carille recorria a Pedrinho, que substituiu Vagner Love com a incumbência de prender a pelota, ganhar tempo. E a Richard, fôlego novo, o substituto do exausto Sornoza. Ainda trocou Clayson, aplaudidíssimo, por outro pulmão jovem, Mateus Vital. Funcionou, 2 X 1. Na volta, dia 8 de abril, no Pacaembu, o Santos precisará de dois gols de diferença para obter a vaga na decisão. Um único tento de vantagem levará ao bingo torturante dos penais.

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