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Carille fica e repassa ao time os fracassos. Seu futuro é incerto

Mais humilde, Carille decidiu não fugir dos jornalistas. E revelou sentir vergonha do futebol do time. Deixou claro que, por ele, não deixa Corinthians

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Carille disfarça. Mas sabe que multa o manteve como técnico do Corinthians
Carille disfarça. Mas sabe que multa o manteve como técnico do Corinthians Carille disfarça. Mas sabe que multa o manteve como técnico do Corinthians

São Paulo, Brasil

Muito mais humilde.

Simpático, irônico, brincalhão.

E disposto.

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A, pelo menos, terminar o Campeonato Brasileiro.

Como o blog havia confirmado ontem, ele decidiu seguir no Corinthians.

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Por conta da multa e da imagem de inseguro, que estava passando por desistir.

"Quero agradecer todo o Ibope de ontem, dia do fico, dia de não fico, é claro que depois do jogo passa tudo pela cabeça. Tenho uma diretoria que é experiente de vestiário, Andrés tem quantos anos? Duílio tem quantos anos? Se eles entendem que pode ser melhor, por que eu vou desistir?"

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"Está sendo o primeiro momento de crise e eu tenho que enfrentar. Todos nós temos que melhorar. Eu, os jogadores. Claro que pós-jogo você pensa um monte de coisa, mas na viagem, ontem à tarde e à noite eu já comecei a planejar o jogo de domingo", disse, tentando passar confiança.

Só que Carille tinha de explicar o motivo do decadente futebol do Corinthians. 

E, lógico que escolheu o elenco como desculpa.

Afinal, são sete partidas sem vitórias.

O que não é um bom caminho para quem deseja seguir no clube até 2020, quando termina seu contrato.

Ter escapado do rebaixamento, de acordo com o treinador, passou a acomodação do time.

"O que a gente percebe e bate muito com isso que o Andrés falou é que o ano já acabou, e isso tem um porquê: é campeão paulista, sai contra para um Flamengo na Copa do Brasil e jogando bem, chega numa semifinal de Sul-americana e estamos na parte de cima do Brasileiro."

Treinador nunca esteve tão questionado na sua curta carreira
Treinador nunca esteve tão questionado na sua curta carreira Treinador nunca esteve tão questionado na sua curta carreira

"Depois que atingiu 41 pontos e não corria mais risco, chama atenção a concentração dos atletas, já falei para eles. Já ouvi falar assim também: ‘ano passado, a gente tendo de fazer cera para não cair’."

"Não definiu o ano, está sendo um desafio para mim motivar os jogadores, entender que aqui tem de estar bem sempre. Nível de atenção, concentração, é nítido que caiu bastante depois que atingiu uma pontuação."

Falou também sobre o sentimento que domina o presidente e o torcedor corintiano comum:

"Vergonha, não preciso olhar como torcedor, tenho que olhar como comissão e ser ciente daquilo."

"Vergonhoso! Parece que não é um time treinado, (parece) que se junta no vestiário e vai para o jogo. Você passa informações e daqui a pouco não está sendo feito. Não falta raça, não posso reclamar, mas tecnicamente tem de ser melhor."

Mas, lógico, que ele iria falar sobre a falta de opções do elenco que Andrés lhe deu para trabalhar.

"Quando pega time que gosta de ficar com a bola, você precisa de velocidade na frente. Isso falta para a gente. Foi agora o Palmeiras com o São Paulo. A gente precisa ser mais agressivo, precisa dessa característica, isso é claro, nítido, não é colocar o grupo contra. Analisa o que eu estou falando."

"Faltam peças para que a gente possa jogar contra qualquer tipo de jogo. Essa é nossa busca já, enquanto estiver aqui, participo do planejamento para 2020. Meu time é bom e faltam algumas características para que seja melhor."

Muito interessante essa observação: "Enquanto eu estiver aqui, eu participo do planejamento para 2020."

Porque a situação segue clara, mesmo depois da coletiva. Pessoas ligadas a Andrés seguiram na mesma direção.

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Ou o time reage e passa a jogar muito bem essas últimas nove partidas e Carille leva a equipe para a Libertadores de 2020, ou Andrés vai tentar um acordo para a sua saída.

Carille e seu empresário Paulo Pitombeira sabem disso.

E não querem abrir um centavo do que o treinador tem direito a receber.

"Contratos são para ser cumpridos. Quando eu saí do Corinthians eu não perguntei se o Corinthians abriria mão da multa, eu paguei. Quando eu saí da Arábia eu não perguntei se o time lá abriria mão da multa, eu paguei. Contratos são para ser cumpridos."

Ou seja, Carille quer os R$ 3,8 milhões que terá direito, caso seja demitido após o Brasileiro.

Não vai pedir para sair.

Carille fica irritado com a exposição de sua vida financeira.

Ele recebe R$ 700 mil mensais.

E tem a multa, que começou com R$ 6 milhões, e vai diminuindo progressivamente. Está nos tais R$ 3,8 milhões.

O elenco que oferece poucas opções ofensivas para Carille
O elenco que oferece poucas opções ofensivas para Carille O elenco que oferece poucas opções ofensivas para Carille

"Se o Andrés está me mantendo no cargo, pela experiência que ele tem, não é dinheiro. Você dever 450 e 460 é a mesma coisa, me desculpa, isso não muda nada."

"Você pode ter certeza que se eu estivesse prejudicando, não tivesse o vestiário, eu já estaria fora. Não vamos nos apegar a dinheiro, porque isso é história para boi dormir."

É bom Carille saber que nenhum boi está dormindo.

Foram a conquista do Brasileiro e de três paulistas que o seguraram no cargo.

E o dinheiro da multa.

Ele que comece a fazer seu time voltar a jogar.

Esqueça o alívio de não correr o risco de rebaixamento.

E mesmo não tendo jogadores agudos, como o Palmeiras.

Os nomes de Sylvinho e Tiago Nunes seguem repetidos no Parque São Jorge para 2020.

Carille que tenha desempenho e resultado...

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