Caos no Santos. Organizadas quebram portão e invadem CT. Nem Neymar foi respeitado. Tentou falar. ‘Estamos tentando mudar.’ Mas se calou. E ouviu a ameaça. ‘O que aconteceu aqui é pouco. Vocês tinham de tomar tapa na cara!’
A derrota por goleada, 6 a 0, para o Vasco provocou a ira de vândalos infiltrados em organizadas. E vândalos quebraram o portão e invadiram o CT. Neymar pensou que fosse acalmá-los. Ouviu ameaças sérias, se o clube for rebaixado de novo
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As cenas fora grotescas, assustadoras, neste início de tarde.
Cerca de 200 vândalos começaram a disparar rojões e gritar, em frente ao CT Rei Pelé.
E cantaram juntos, ofendendo e ameaçando os jogadores.
‘Joga, vagabundo. Você está no maior time do mundo.
‘Vergonha, time sem vergonha.
‘Marcelo Teixeira, com esse time você tá de brincadeira!’
Depois, dos rojões e algumas bombas caseiras atiradas dentro do CT, começaram os pontapés em um portão do CT.
Até quebrá-lo.
Eles invadiram o local de treino dos jogadores.
A Polícia Militar foi acionada e despachou para lá várias viaturas.
Neymar e o executivo Alexandre Mattos foram falar com os invasores.
Eles prestaram atenção no jogador.
No maior ídolo atual do Santos.
Inseguro, diante da raiva incontida dos torcedores, ele falou.
“Estamos tentando mudar”, disse o jogador.
Mas ele não foi tratado como esperava.
Muito pelo contrário.
Foi calado por um invasor, que se comportava como o comandante.
“O que aconteceu aqui foi pouco.
“Vocês (jogadores) tinham de tomar tapa na cara!”
Neymar abaixou a cabeça.
Ele teve de ouvir mais discursos de ódio.
A exigência era para a reação imediata do time contra o Bahia.
Avisavam que não aceitariam o Santos na zona do rebaixamento.
E muito menos rebaixado.
Em solidariedade, os demais jogadores saíram dos vestiários.
Afastados, assistiam Neymar e Alexandre Mattos pressionados.
Ouvindo os berros dos invasores.
O jogador e o dirigente pediram um voto de confiança.
Que a equipe iria reagir no segundo turno.
Mas ouviram novas cobranças em tom de ameaça.
O mais surreal é que o presidente Marcelo Teixeira esteve sábado, na sede da maior organizada do Santos, a Torcida Jovem, e fez um pacto de paz até o fim do Brasileiro.
Ele prometeu contratações, um time competitivo. E garantiu que o Santos não será rebaixado de novo, nesta temporada.
A organizada prometeu apoio.
Mas a derrota humilhante, por 6 a 0, para o Vasco, despertou a ira de outras torcidas.
Não havia invasores com a camiseta da Torcida Jovem.
Diante deste ambiente bélico, Marcelo Teixeira tenta contratar treinador.
Falou com Jorge Sampaoli.
Ele avisou que aceita, se o clube conseguir fizer pelo menos quatro contratações importantes.
Conselheiros santistas garantem que ele pediu o mesmo salário que recebia no Atlético Mineiro, 400 mil dólares, R$ 2,1 milhões.
E contrato até dezembro de 2026.
Cleber Xavier recebia R$ 350 mil mensais.
Vale lembrar que Sampaoli processou o Santos por não pagar multa na sua demissão, quando trabalhou entre 2018 e 2019. Ganhou R$ 4,4 milhões.
Teixeira recuou diante das exigências.
E procura novo nome.
Até Vanderlei Luxemburgo, 73 anos, foi oferecido, por conselheiros amigos do treinador.

Diante da tensão que domina o Santos, Tite já teria se mostrado reticente.
Ele mal se recuperou de fortes crises de ansiedade.
Buscou profundo tratamento psicológico.
Comandar uma equipe tão pressionada seria arriscado.
Mas, por ironia, Teixeira nomeou seu filho Matheus como técnico interino.
Será ele quem comandará o Santos contra o Bahia, em Salvador, domingo.
Sem Neymar, suspenso pelo terceiro cartão amarelo.
A busca por treinador continua.
Juan Pablo Vojvoda tem muita força.
Mas o que aconteceu hoje à tarde pode atrapalhar mais ainda.
Treinadores sabem como é difícil comandar o atual Santos.
Foram 15 trocas de técnicos nos últimos cinco anos.
Alguns, como Bustos, tiveram até ameaças de morte de ‘torcedores’, em frente às suas casas, para irem embora.
Os vândalos prometeram acompanhar o time no domingo.
“E se perder, tudo vai piorar”, ameaçava um dos líderes da invasão.
O Santos decidiu não prestar queixa contra o portão arrebentado a pontapés.
A direção não quis provocar ainda mais os ‘torcedores’
