Boselli. Um artilheiro argentino raçudo, como Tevez, no Corinthians
Andrés Sanchez tem a certeza de que contratou um ídolo. Boselli é um artilheiro nato. Vibrante, guerreiro com personalidade parecida com Carlitos
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Um atacante rústico.
Que atua muito bem como pivô, abre espaço para ele e companheiros que chegam de trás.
Troca a técnica por força física.
Bom cabeceador.
Oportunista.
Personalidade forte.
Essas são as qualidades que encorajavam Fabio Carille a aceitar a indicação de empresários amigos de Andrés Sanchez. E por isso, o Corinthians fechará contrato com o argentino Mauro Boselli, nesta sexta-feira, dia que chegará ao Brasil para fazer exames médicos.
Carille quer montar uma equipe à imagem e semelhança da que foi campeã em 2017.
Vibrante, intensa, com jogadores exercendo duas, três funções táticas.
Mas com um atacante que sirva de referência e que tenha potencial não só para marcar os gols que o time precisa. Mas com visão, experiência, potencial e inteligência para servir os meias e volantes que chegam, de surpresa, para arrematar.
O jogador surgiu como revelação no Boca Juniors. De lá foi para o Málaga B. Voltou ao Boca. Foi para o Estudiantes, onde acabou artilheiro da Libertadores. Contratado pelo Wigan. Não deu certo na Inglaterra. Acabou sendo emprestado para o Genoa, Estudiantes e Palermo.
Até que acabou no México, em 2013.
Boselli estava atuando no Léon, onde teve ótima passagem.
Era ídolo por lá.
Foram 220 jogos e 130 gols. Chegou em 2013. Competitivo, firme, brigador, sua personalidade o transformou em capitão do time.
Ao longo de cinco anos, a relação que era ótima, foi se desgastando.
Assim como o desempenho do argentino em campo.
Em 2013, ele marcou 12 gols no Apertura. No Clausura, de 2013, três gols. No Apertura de 2014 foi o artilheiro, com 12 gols, outra vez. No Clausura de 2014 fez apenas três gols. No Apertura de 2015, voltou a ser o jogador com mais gols, 13.
No Clausura de 2014, foi vice artilheiro, com nove gols.
No Apertura, 2015, acabou em terceiro, com dez gols. Clausura de 2015 chegou a nove gols, sendo o segundo. No Apertura de 2016, dez gols, ficando em terceiro. No Clausura de 2016, outros sete gols.
No Apertura de 2017, foi o artilheiro geral, com 11 gols. No Clausura, sete gols.
No Apertura de 2018, marcou seis gols.
Como o rendimento do jogador caiu e ele era um atleta caro, a direção do Léon decidiu baixar seu salário e oferecer um contrato de apenas um ano.
Boselli ficou irritado e não aceitou.
Ele queria mais dinheiro e um contrato de, no mínimo, dois anos.
Houve três reuniões e nada.
Seu empresários já entraram em contato com representantes de clubes brasileiros.
E o Corinthians foi o que mostrou maior interesse.
O salário do jogador no México era de 120 mil dólares, cerca de R$ 465 mil.
A quantia acertada com o Corinthians é perto desse valor.
E com o acerto fechado por dois anos.
Jornalistas argentinos e mexicanos garantem ser uma ótima aposta.
Carille observou com cuidado jogos de Boselli.
E está animado.
Tem a certeza de que poderá cumprir a missão tática que espera.
Mais.
Com sua personalidade forte, guerreira, tem tudo para agradar.
Sua raça em campo lembra, por vezes, a de Carlitos Tevez.
Embora sejam completamente diferentes como jogadores.
Boselli tem tudo para se tornar um ídolo no Parque São Jorge.
A diretoria está entusiasmada com a contratação.
Os exames médicos e assinatura de contrato estão marcados.
Para sexta-feira.
Andrés Sanchez está empolgado.
Tem certeza que Boselli será a surpresa de 2019...
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