Blackstar não revela origem do dinheiro. Palmeiras desiste
Logo no primeiro dia do seu segundo mandato, Galiotte deixou claro que deu chance à Blackstar. Mas o prazo acabou e agora negociará com a Crefisa
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Como o blog revelou há três dias, não há o menor entusiasmo do Palmeiras pela empresa Blackstar. Pelo contrário. Total desconfiança.O R$ 1, 4 bilhão que são oferecidos pelo patrocínio de dez anos, não comove o presidente Mauricio Galiotte.
Aqui foi publicada a frase do dirigente que chegou aos ouvidos dos Conselheiro Deliberativo e do Conselho de Orientação e Fiscalização.
"O Palmeiras não vai entrar em aventura."
Galiotte acredita que o clube está bem alinhado com a Crefisa. E, por ele, o contrato de renovação por três anos será assinado em janeiro, quando vence o atual.
No primeiro dia do seu novo e último mandato, o dirigente já sabe a postura, a estratégia do empresário Rubnei Quicoli, homem ligado ao ex-presidente Paulo Nobre.
Quicoli ficou irritadíssimo quando o Palmeiras de forma oficial mandou um e-mail com 19 perguntas para os donos da Blackstar responder. As questões estão ligadas à origem do dinheiro da empresa especializada em energia e que tem escritórios em Hong Kong e Oriente Médio.
O questionamento foi pesado.
E com prazo para ser respondido.
Até ontem.
Se não fosse, o Palmeiras desistiria da empresa.
Gesner Guiguet, diretor de marketing, e Alexandre Zanotta, diretor jurídico se reuniram durante a semana com Quicoli. E saíram do encontro cheios de dúvidas.
Não recomendaram aceitar o patrocínio, não.
Já havia enorme pé atrás.
Até porque a história do patrocínio que poderia derrubar a Crefisa chegou via Paulo Nobre, inimigo mortal de Leila Pereira. Ele se assumiu como a 'ponte' entre a Blackstar e o clube. Foi através dele que a proposta caiu nas mãos do candidato a presidente Genaro Marino. Ele havia sido vice de Galiotte. Acabou derrotado, mesmo com a proposta bilionária.
Mas a obsessão por tirar o poder de Leila continua, estranhamente, por Quicoli.
Ele disse que aceita dividir o patrocínio da Crefisa.
E ameaçou procurar Corinthians e Flamengo, se o Palmeiras não quiser.
Galiotte não quer.
E agora está embasado com a falta de resposta da Blackstar.
Mas Quicoli não sossega.
Ele garante que no dia seguinte ao encerramento de contrato da Crefisa, ele apresentará sua proposta de forma oficial ao clube. Ele acredita que os conselheiros forçarão Galiotte a aceitar.
Mas o dirigente está preparado para a guerra.
Sem a certeza da origem do dinheiro da Blackstar, não há negociação.
Galiotte já explicou ao Deliberativo e aos membros-chave do COF.
O Palmeiras se encaminha para seguir com a Crefisa.
Com a possibilidade de aumento para R$ 100 milhões anuais.
E não se importar se a Blackstar for para outro clube.
Corinthians, Flamengo, tanto faz.
Ao não chegar a resposta da Blackstar ontem, Galiotte seguirá seus planos.
E terá nos próximos dias reunião com Leila para a renovação.
O clube deverá seguir com a Crefisa.
E ponto final...
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