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Cosme Rímoli - Blogs

Basta um empate para a semI da Libertadores. Palmeiras empolgante

Mesmo com Felipe Melo expulso, sempre ele, o time de Felipão conseguiu vencer o Grêmio em Porto Alegre por 1 a 0. Está muito perto da semifinal da Libertadores

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Gustavo Scarpa, ótima atuação. E golaço que garantiu a vitória do Palmeiras
Gustavo Scarpa, ótima atuação. E golaço que garantiu a vitória do Palmeiras

São Paulo, Brasil

O Palmeiras deu um passo gigantesco para chegar à semifinal da Libertadores de 2019.

Com muito coração, raça e aplicação impressionante na marcação na intermediária, não acovardada como costuma fazer, o time de Luiz Felipe Scolari conseguiu vencer o Grêmio por 1 a 0, em Porto Alegre.

Golaço de Gustavo Scarpa, em um chute de 31 metros de distância, mas que chegou à velocidade de 100 quilômetros por hora.


Basta um empate no Pacaembu para o time garantir a vaga para semifinal da Libertadores. A equipe de Renato Gaúcho terá de vencer de qualquer maneira em São Paulo, caso queira sobreviver.

O que valorizou ainda mais a vitória na arena gremista lotada foi o fato de o Palmeiras atuar por 15 minutos com um jogador a menos.


E passou por um sufoco muito maior do que deveria.

Não é nada difícil adivinhar quem foi expulso.


Sim, Felipe Melo.

O jogador de 36 anos segue agindo como um juvenil em partidas importantíssimas. Em duas faltas duras, violentas e desnecessárias, ele tomou dois cartões amarelos e foi, corretamente, expulso.

Ele deixou o campo chorando, sabia que complicava mais uma vez o Palmeiras. Felipão precisa ter firmeza para resolver essa situação bizarra. 

O Grêmio acabou contaminado pela tensão, pelo nervosismo da torcida
O Grêmio acabou contaminado pela tensão, pelo nervosismo da torcida

"Conseguimos um excelente resultado aqui. Mas tudo o que não podemos fazer é perder o foco e acreditar que a vaga já é nossa. Temos de jogar ainda mais em São Paulo. O Grêmio tem ótimo time", alertava Gustavo Scarpa, feliz com seu décimo gol no ano, artilheiro isolado palmeirense na temporada. 

E da Libertadores, com seis gols.

O jogo opôs dois estilos que estão consagrados. O Grêmio com seu envolvente toque de bola, com jogadores técnicos e rápidos do meio para a frente. Contra o Palmeiras de fortíssima marcação e contragolpes em velocidade.

As filosofias de Renato Gaúcho e de Felipão ficaram mais explícitas neste primeiro jogo, em Porto Alegre.

A iniciativa foi toda gremista, como era de se esperar. O sonho era sair na frente, marcar logo o primeiro gol. O Palmeiras entrou em campo para travar esse ímpeto. E conseguiu.

Porque a marcação de Felipão não foi recuada, acovardada como aconteceu, por exemplo, na semifinal da Libertadores de 2018, contra o Boca Juniors, em Buenos Aires.

Não.

A ordem no time paulista era marcar forte na intermediária, não deixar o Grêmio articular suas tabelas, infiltrações. Jean Pierre e Everton Cebolinha foram encaixotados. A ordem de Felipão foi de não deixar os dois dominarem a bola, levantarem a cabeça para driblar, buscar os companheiros.

O choro de Felipe Melo. Mais uma expulsão inaceitável, digna de juvenil
O choro de Felipe Melo. Mais uma expulsão inaceitável, digna de juvenil

Uma marcação forte na intermediária exigiu sacrifício de todos os jogadores, a começar pelos atacantes.

O Palmeiras atuava em um pronunciado 4-5-1. Só com Luiz Adriano adiantado, prendendo a zaga gremista. Dudu Willian e Gustavo Scarpa tinham de fechar o meio, marcar forte os laterais e ainda surgirem como opção para os contragolpes.

A briga era por cada centímetro de gramado.

Após o pressing inicial previsível, o Palmeiras controlou o ímpeto do rival. Mas só atacava com o time organizado, preparado para se defender, se perdesse a bola.

A briga na intermediária deu chance para um lance inesperado, que mudou toda a partida.

Aos 29 minutos, Bruno Henrique sofreu falta longe do gol gremista. 

Marcos Rocha e Gustavo Scarpa foram para a bola.

O lateral rolou para o meia e o chute foi fantástico.

Sem chance para Paulo Vitor.

Aos 30 minutos, o Palmeiras saía na frente no placar.

O nervosismo, a tensão dos torcedores que lotavam a arena gremista passou para o time de Renato Gaúcho.

E houve muita precipitação, erros de passe.

O que facilitou a tarefa palmeirense.

Felipão seguiu com sua marcação cruel no nascedouro das jogadas gremistas.

Estava tudo sob controle. O time gaúcho parecia ter um a menos, com André outra vez fazendo pésssima partida, perdido entre os zagueiros palmeirenses.

No segundo tempo, Renato Gaúcho pediu para seu time se adiantar ainda mais. Mas com Everton Cebolinha e Jean Pierre travados, o Grêmio apelou para Diego Tardelli para tentar mudar o jogo.

Só que ele passa por péssima fase.

Estava tudo sob controle para o Palmeiras, quando Felipe Melo fez falta violenta e desnecessária em Luciano. E recebeu o segundo cartão amarelo aos 30 minutos do segundo tempo. Expulsão boba, absurda pela importância do jogo.

O Grêmio, com um jogador a mais, ganhou força.

Pressionou de qualquer maneira.

Felipão sabe. Sufoco no fim por conta de mais uma expulsão de Felipe Melo
Felipão sabe. Sufoco no fim por conta de mais uma expulsão de Felipe Melo

E o Palmeiras mostrou coração para segurar a vitória.

Agora, só precisa de um empate no jogo da volta.

Felipão tem de cumprir seu papel como técnico.

Celebrar a vitória.

Mas alertar seus atletas da força gremista.

Principalmente jogando fora.

E resolver o que fazer com Felipe Melo.

É inaceitável sua imaturidade...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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