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Baladas, traição, casamento de três meses, carro de R$ 400 mil. Falhas infantis. Rebaixado. Chega ao Corinthians o problemático Hugo

Depois de início fulminante, comparado a Dida, Hugo confessa que se deslumbrou com o dinheiro e as atrações da noite carioca. De titular, virou quarto goleiro do Flamengo. Estava jogando no Chaves, lanterna e rebaixado em Portugal. Chegou por empréstimo ao Corinthians

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Falhas infantis, deslumbramento, rebaixado em Portugal. Corinthians faz aposta alta em Hugo

O presidente Augusto Melo se deixou convencer.

O ex-jogador e executivo Fabio Soldado disse que havia uma ‘oportunidade rara’ no mercado.

A possibilidade de contratar um grande goleiro por preço muito baixo.

E foi assim que o Corinthians resolveu fazer um ‘contrato de risco’ com Hugo.

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O goleiro que surgiu com enorme estardalhaço na Gávea, levado às alturas pela festiva imprensa carioca, que o comparava a Dida, se tornou uma grande decepção em tempo recorde.

Só não foi vendido pelo Flamengo por falta de interessados.

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“Tudo é como a gente enxerga as coisas.

“Eu vim de uma família sem nada e do dia pra noite a gente conseguiu ter alguma coisa. Quando isso acontece, pra você mudar a chave, é difícil. Eu não tive instrução nenhuma para criar uma segurança (financeira) naquele momento, eu só queria viver o sonho.

“Eu era moleque, do nada, minha vida mudou.

“Eu não tive meu pai, eu cuido da minha mãe da minha irmã até hoje, eu já tinha a pressão toda em cima de mim, resolvi desfrutar um pouco.

“Mas faltou entender que eu só tinha aquilo por causa do futebol, se eu perdesse o foco, eu perderia as coisas.”

Foi péssima a repercussão do goleiro, que começava sua carreira, posando com seu carro de R$ 400 mil

A confissão de Hugo a um podcast foi, e muito, amenizada.

Ele foi uma das maiores decepções na Gávea nos últimos dez anos.

Hugo, que começou no futebol de salão do Vasco, com passagem pelo Fluminense, chegou ao Flamengo com dez anos. Com tipo físico ideal para goleiro, muito alto e ágil, treinadores viam nele o potencial de Dida. Mas ganhou o apelido de Neneca, por parecer com o ex-goleiro do Guarani e Coritiba.

Aos 20 anos teve a grande oportunidade, no dia 27 de setembro de 2020, quando o elenco do Flamengo teve um surto de Covid. O Palmeiras não aceitou adiar a partida. E ele entrou no lugar de Diego Alves. Hugo teve uma atuação excepcional e garantiu o empate do clube carioca, no Allianz Parque.

Foi festejado além da conta.

A direção do Flamengo se deixou contaminar pela empolgação de alguns jornalistas do Rio de Janeiro.

Novo contrato foi assinado, sua multa foi fixada em absurdos 70 milhões de euros, cerca de R$ 419 milhões.

Seu salário saltou de R$ 15 mil para R$ 120 mil.

A primeira coisa que fez foi aparecer com um SUV Jaguar, avaliado, em R$ 400 mil.

Ele postou uma foto ao lado da noiva, nas redes sociais.

Sua vida privada passou a ser pública.

Trocou uma moradia humilde por uma casa de R$ 3 milhões.

Foi flagrado em uma festa em plena pandemia.

Colunistas sociais garantiram que ele estava com outra mulher.

Terminou o noivado.

Depois reatou, casou. E separou em três meses.

Passou a namorar uma modelo.

Enquanto ocupava as manchetes de fofocas, Hugo passava a ter falhas absurdas no gol do Flamengo.

Como quando tentou driblar Brenner e perdeu a bola, a vitória ao São Paulo, em novembro de 2020.

Os erros se seguiram até que grande parte da torcida flamenguista passou a vaiá-lo nos jogos do rubro-negro.

Se existiam gigantes europeus interessados no goleiro de 1m96, eles desapareceram.

De titular, Hugo virou quarto goleiro.

O clube carioca quis até rescindir seu contrato, para não pagar R$ 120 mil até o final de dezembro de 2025.

Hugo não quis.

Foi emprestado para o pequeno Chaves de Portugal.

Chegou na Europa com o currículo de ter conquistado Brasileiro, Libertadores, Supercopa do Brasil, Campeonato Carioca e Copa do Brasil, como reserva.

Chegou em julho de 2023.

Se o Chaves quisesse comprá-lo teria de pagar 1,2 milhão de euros, cerca de R$ 7,1 milhões, por 50% dos seus direitos.

Mas Hugo não foi bem no fraco time.

Fez 26 jogos.

Seu desempenho não impressionou os dirigentes que não quiseram comprá-lo.

O clube português foi rebaixado.

Fábio Soldado, que trabalhava no Flamengo, se lembrou de Hugo, depois de fracassar na tentativa de contratar Santos, do Fortaleza.

A direção do clube carioca rapidamente aceitou a negociação.

Exigiu 200 mil euros, cerca de R$ 1,9 milhão, pelo empréstimo até o final de 2024.

Se quiser contratá-lo em definitivo, em janeiro de 2025, terá de pagar mais 800 mil euros, cerca de R$ 4,7 milhões, por 50% dos seus direitos

A aposta é alta.

Hugo teve uma conversa séria com Fábio Soldado.

E disse que o ‘deslumbramento’ acabou.

É esperar para ver...





Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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