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Cosme Rímoli - Blogs

Até Dorival confessou. Não se iludiu com a goleada sobre o frágil Peru. Com dois pênaltis infantis para o Brasil. Vitória obrigatória

4 a 0 contra o Peru, em Brasília. Com a Seleção jogando um péssimo primeiro tempo. Mas ajudada por dois pênaltis desnecessários, cometidos pelos penúltimos colocados nas Eliminatórias. A goleada, obrigatória, não significou bom futebol. Valeram os pontos

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Raphinha marcou dois gols cobrando pênaltis Rafael Ribeiro/CBF

“Não me iludo muito com qualquer situação, assim como não me desesperei quando as contestações estavam afloradas.

“Tivemos no primeiro tempo uma equipe que se defendeu ao extremo e tentamos de todas as formas. O jogo não estava fluindo como deveria e como talvez tenhamos nos preparado. O que eu imagino é que mesmo assim conseguimos um gol importante. Na segunda etapa, a partir do momento do 2 a 0, a equipe adversária se abre um pouco mais e nos deu tudo o que queremos: campo para trabalhar.

Temos que ter a consciência de que é um grupo em formação e carece de ajustes.

“Não adianta eu falar aqui para ficarem tranquilos que repetiremos essas atuações. A equipe vai oscilar, é um fato isso. Faremos até partidas melhores do que essas. O adversário não teve chance de gols, tivemos retomadas rápidas de bola. Houve situações em que eles não trocaram passes e isso é um ponto positivo. É um processo de oscilação natural.


“Eu vou entender se novamente tivermos uma recaída. É natural que aconteça e vamos trabalhar para diminuir essa condição. Temos que estar preparados para a próxima rodada, que é decisiva para as nossas pretensões. Um jogo na Venezuela e depois com o Uruguai, que é concorrente direto pela vaga. Não me iludo como não desesperei quando as contestações estavam afloradas. Eu sempre posicionei que os treinamentos mostravam algo diferente do que era mostrado nos jogos.

“Melhorou um pouco? Melhorou um pouco.


“Agora, pés no chão.”

As palavras foram de Dorival, depois da goleada por 4 a 0, contra o frágil time peruano.


O Brasil jogou um fraco primeiro tempo.

As entradas de Vanderson, Bruno Guimarães e Gerson não surtiam efeito.

A Seleção seguia pouco criativa, com dificuldades em penetrar na área peruana.

Os 60 mil torcedores que estavam no Mané Garrincha, em Brasília, começaram a se impacientar.

Zambrano colaborou com Dorival. Dois pênaltis evitáveis, tolos Conmebol

Até que Zambrano cometeu um pênalti tolo.

Aos 35 minutos, houve o toque de mão no infantil zagueiro peruano que abriu seus braços, de forma infantil em disputa de bola na área.

Raphinha cobrou e marcou.

1 a 0 trouxe alívio no final do primeiro tempo.

E mais confiança em uma equipe sem coordenação, sem harmonia, diante de um adversário muito frágil.

O 3-5-2 de Jorge Fossati foi montado de forma tradicional, sem grandes ambições, a não ser tentar perder de pouco.

O Brasil atuou ofensivamente.

Dorival escancarou Savinho na direita.

Raphinha ficava mais pelo meio, com Rodrygo.

O lado esquerdo ficava para ser explorado por Abner.

O Peru não tinha força ofensiva alguma.

O segundo tempo mal começou e Zambrano voltou a ajudar o Brasil.

Ingênuo entrou em uma dividida com Savinho carregando a bola em velocidade, driblando.

Outro pênalti, aos cinco minutos.

Raphinha cobrou, marcou outra vez, e fez mais poses para fotos.

Com 2 a 0, finalmente o Brasil passou a ter confiança.

E os peruanos, desestimulados, cientes da irreversível derrota.

A Seleção teve muito mais espaço para golear.

Foi o que aconteceu, com um belíssimo gol de Andreas Pereira, aos 25 minutos.

Com toda a liberdade, completou de voleio, cruzamento de Luiz Henrique, que teve excelente atuação.

Aos 28 minutos coube a ele, recebendo passe de Igor Jesus, escolher o canto para bater com convicção.

4 a 0.

O jogo estava decidido.

A matemática mostrava que o Brasil foi o único selecionado a conseguir seis pontos, nesta data Fifa.

Ganhou do penúltimo e do último colocado nas Eliminatórias.

Está na quarta colocação.

Atrás de Argentina, Colômbia e Uruguai.

A próxima data Fifa, em novembro, terá dois rivais mais difíceis.

Venezuela, fora de casa, em Maturín.

E o Uruguai, na Bahia.

A situação segue decepcionante.

Mas menos depois das duas vitórias obrigatórias.

E mais seis pontos na tabela...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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