Ataque a bombas e rojões à concentração do Palmeiras. Clube fala em ‘ataque terrorista’. E redobra seguranças de jogadores e de Abel. Polícia já busca os vândalos
Vândalos atiraram bombas caseiras e rojões para dentro da concentração palmeirense, durante a madrugada. Os jogadores estavam dormindo, no CT da Barra Funda, concentrados para o jogo de hoje, contra o Ceará

2 horas e vinte e seis minutos desta madrugada de domingo.
Dia 10 de agosto de 2025.
Vários vândalos atiraram bombas caseiras e dispararam rojões no portão de entrada do CT da Barra Funda, concentração do Palmeiras.
Os jogadores estavam dormindo.
Assim como a Comissão Técnica: Abel Ferreira e seus auxiliares.
Mas havia vigias perto do portão que tiveram de fugir do local, para não se ferirem.
Os vândalos usavam capacetes fechados e capuzes, para impedir o reconhecimento.
Jogaram as bombas, dispararam os rojões e foram embora.
Ninguém foi detido ou reconhecido.
Nunca havia acontecido algo parecido na concentração do clube, em toda sua história.
A direção do Palmeiras foi alertada pelos seguranças.
E, já durante a madrugada, a direção entrou em contato com a Polícia Civil, que foi ao local, e começou a investigação, na busca dos criminosos.
O Palmeiras divulgou uma nota que classifica o que aconteceu como ‘ataque terrorista’.
Aqui, a nota oficial do clube.
“Durante a madrugada deste domingo (10), vândalos atacaram covardemente a Academia de Futebol do Palmeiras colocando em risco a integridade física dos atletas e demais colaboradores do clube que estavam no local em regime de concentração para o jogo contra o Ceará, pelo Campeonato Brasileiro. Por sorte, ninguém se feriu.
“Bombas e rojões foram arremessados contra o centro de treinamento do clube, em um atentado terrorista com características similares àquele ocorrido em outubro de 2024, quando marginais já identificados pela polícia assassinaram um torcedor do Cruzeiro na Rodovia Fernão Dias.
“O Palmeiras não se intimidará diante dos atos violentos praticados por um grupo de criminosos e irá até o fim para que os responsáveis sejam punidos com o rigor da lei. O clube já está em contato com a Polícia Civil e registrará Boletim de Ocorrência – todas as imagens registradas pelas câmeras de monitoramento da Academia de Futebol serão disponibilizadas aos investigadores.

“Não podemos tolerar, muito menos normalizar, que o futebol se transforme em um ambiente cada vez mais tóxico, em que a paz esteja sob risco permanentemente.
“Neste sentido, o clube lamenta a conivência de diversos veículos de imprensa que, desde a véspera do último Derby, vêm dando publicidade – muitas vezes sem qualquer senso crítico – a ameaças feitas por indivíduos violentos que tentam se impor pelo medo.”
O clima de confronto entre a atual direção do clube e as torcidas organizadas dura anos. Só piorou. E na eliminação do Palmeiras da Copa do Brasil diante do Corinthians, quarta-feira, no Allianz Parque, a ‘guerra foi declarada’.
Sexta-feira, quando a presidente Leila Pereira apresentou o jogador Kellven, ela pediu paciência aos torcedores.
E ontem veio a ‘resposta’ dos vândalos. Uma faixa enorme em frente ao Allianz avisava: acabou a paz.

A ameaça se confirmou com o ataque de vândalos ao CT da Barra Funda.
Além da Polícia Civil, o Palmeiras tomará suas providências.
Abel Ferreira e os jogadores foram avisados que a segurança de todos será redobrada.
Leila Pereira por onde anda tem seus seguranças particulares, desde que assumiu a presidência do Palmeiras.
O CT da Barra Funda e mesmo o Allianz Parque passarão a ter mais seguranças de hoje em diante.
E a dirigente não descansará, em entrevistas, cobrando que a Polícia Civil prenda os autores do atentado.
A situação saiu completamente do controle.
Diante da desilusão da eliminação diante do Corinthians e do clima de medo, a previsão é que hoje, o Palmeiras tenha o pior público do ano.
As pessoas ‘comuns’ temem conflitos com vândalos.
Elas não têm seguranças particulares para protegê-las...