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Cosme Rímoli - Blogs

As lágrimas de Vegetti banharam mais uma atuação decisiva de Hulk. Atlético na final da Copa do Brasil. Vasco não merecia este castigo

O Vasco, com seu elenco limitado, foi muito melhor do que as estrelas atleticanas. Teve chances de matar a semifinal em São Januário. Cansou de desperdiçar gols. Fez apenas um. E tudo acabou aos 36 minutos do segundo tempo. Atlético decide a Copa do Brasil

Cosme Rímoli|Cosme RímoliOpens in new window

Hulk provou ser o jogador brasileiro mais decisivo. Nas últimas quatro temporadas Pedro Souza/Atlético Mineiro

O Vasco sufocou o Atlético.

Tinha pressa, força física, organização e garra.

Queria reverter a vantagem mineira, a derrota por 2 a 1.

Subvertia a lógica do elenco limitado contra um estelar.


Principalmente no primeiro tempo.

Muito agressivo acumulou inúmeras chances.


A justiça parecia que iria prevalecer.

Aos 38 minutos, Lucas Piton cruzou e Otávio cortou com o braço.


Pênalti claro.

Vegetti cobrou com personalidade.

Vasco 1 a 0.

O argentino marcou seu sétimo gol na Copa do Brasil, artilheiro da competição.

A expectativa, em São Januário, era de uma noite apoteótica.

Vegetti era o centro das atenções, com os companheiros procurando o argentino em cada tabela, cada infiltração e, principalmente, em cada cruzamento.

Ele teve mais três chances claras.

Mas perdeu.

A torcida vascaína já temia os pênaltis, que pareciam mais do que certos.

Só que aos 38 minutos do segundo tempo, Scarpa descobriu Hulk, com espaço, na entrada da área, do lado direito.

Bola parecia ajeitada com a mão para o seu fatal pé esquerdo.

E o homem mais decisivo nas últimas quatro temporadas do futebol brasileiro não deixou por menos.

Sabia como e onde chutar.

Não só pela experiência dos seus 38 anos.

Mas havia recebido dicas importantes sobre o goleiro Léo Jardim.

“Agradeço ao meu scout, que faz um trabalho excepcional.

“Ele falou que hoje a chance de fazer gol seria no canto direito no alto do goleiro, ou cruzado no canto esquerdo do goleiro no chão.

“A primeira oportunidade que eu tive de bater no canto direito, eu fui feliz.”

Quando a bola estufou as redes, o desespero dominou time, Rafael Paiva e a torcida de São Januário.

O time se afobou, passou a cruzar, de qualquer maneira, bolas e mais bolas para a área vascaína.

Muito mais recuado, o Atlético teve sangue frio para segurar o empate em 1 a 1.

E está na final da Copa do Brasil.

Garantiu R$ 51 milhões de premiação.

“O jogo foi muito pegado. A zaga do Vasco fez um trabalho excepcional, não deixava a gente virar de frente para bater para o gol. Vinha puxando, empurrando, dificultando.

“O Vasco vinha fazendo uma grande Copa do Brasil e jogando aqui em casa (São Januário) a gente sabia das dificuldades.

“Fico muito feliz por esse resultado”, comemorava Hulk.

Vegetti chorou muito após a eliminação do Vasco. Sabia que a classificação esteve ao alcance do time carioca Reprodução/Youtube

Enquanto isso, do outro lado, Vegetti não parecia ter 36 anos.

E nem parecia 12 anos de carreira e nove trocas de clubes.

Ele chorou copiosamente.

Mostrou toda sua frustração com lágrimas, desabando no gramado.

Chorou enquanto caminhava por todo elenco de São Januário.

Até o treinador do Atlético, Milito, também argentino, fez questão de abraçá-lo, tentando, em vão, consolá-lo.

A ele sabe que sobrou disputar o Brasileiro, com o Vasco fazendo uma campanha razoável.

Em décimo lugar.

Sem grandes aspirações, a não ser a confirmação da sobrevivência na Série A.

No máximo, a classificação para a Copa Sul-Americana.

Já o Atlético jogará na terça-feira a primeira partida da semifinal da Libertadores.

Contra o River Plate, na arena MRV.

Mais confiante, apesar do fraco futebol que mostrou hoje em São Januário.

Com o Vasco chutando 13 bolas a gol, contra só seis do Atlético.

Só que os mineiros cumpriram sua missão em Belo Horizonte.

Venceram.

Os cariocas ficaram travados no empate.

E estão fora da Copa do Brasil.

“Justiça? Justiça é bola na rede”, ironizava o velho ídolo atleticano Dario.

Ele está mais do que certo.

Castigo mais do que injusto para o Vasco da Gama...




Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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