São Paulo, Brasil
O Flamengo no ataque.
O Internacional marcando.
Foi assim que ontem, o time carioca diminuiu a distância para o gaúcho, primeiro colocado do Brasileiro.
Agora, só dois pontos o separam, depois de 34 rodadas, faltando quatro para acabar Campeonato Nacional: são 66 pontos contra 64.
Com a tabela marcando o confronto entre os dois, na penúltima rodada, dia 21.
No Maracanã, o Flamengo se aproveitou da covardia tática de Vanderlei Luxemburgo. No primeiro tempo, o Vasco se portou como time pequeno.
Trancado na defesa, com seus jogadores na última linha. Sem sequer ousar articular um contragolpe.
Só no segundo tempo, perdendo o jogo, graças a um gol de pênalti de Léo Matos que empurrou Bruno Henrique e Gabigol converteu, Luxemburgo permitiu que seus jogadores atacassem. E criaram problemas para o sistema defensivo de Rogério Ceni. Talvez se tissem atuado dessa maneira no primeiro tempo, o resultado do clássico seria outro.
Mas o Flamengo, de Ceni, melhorou na articulação. Não só com a bola rolando. Mas com ela parada também.
E em um escanteio cobrado por Everton Ribeiro, Bruno Henrique cabeceou forte, para as redes. 2 a 0, Flamengo.
O jogo estava liquidado.
O clube diminuiu a vantagem do Internacional.
O lado negativo.
Outra vez, Gabigol foi substituído. E ficou irritado, de novo.
"Eu acho que nenhum jogador gosta de ser substituido. Eu acho que cada um tem um comportamento e age de uma maneira. Conheço o Gabriel, trabalho com ele todos os dias. Sei que ele queria ficar mais tempo em campo, mas temos também o Pedro. É um jogador importante. Naquele momento precisava de um jogador para segurar a bola para a chegada dos outros jogadores. Logo depois até saiu o gol. Não há problema nenhum.
"Ele se doou muito em campo, fez a recomposição. Centroavante normalmente é mais fominha. Vai chegar um momento em que ele e o Pedro estarão em campo juntos, outras ele será substituído", disse Rogério Ceni.
Quanto ao ótimo resultado, fundamental para a tabela, que deixa o Flamengo dependendo apenas de si para ganhar o título, por conta da partida contra o Internacional, o treinador se mostrou feliz, mas precavido.
"Eu vejo cada jogo da mesma maneira, às vezes o resultado não vem, como foi com Fluminense e Ceará. Eu trabalho da mesma maneira todos os dias. Vim com o objetivo de trabalhar muito e ter oportunidade de brigar pelo título. Hoje o Flamengo se aproxima dessa briga.
"O caminho é longo, mas temos possibilidades."
O Vasco de Luxemburgo pode voltar à zona do rebaixamento. Basta o Sport vencer o Botafogo, no Engenhão.
Enquanto isso, o Internacional, em Curitiba, suou muito para não perder. O Athletico Paraense conseguiu ser melhor que o time de Abel Braga.
Paulo Autuori colocou sua equipe para o confronto.
Abel sabia que os jogadores colorados estão desgastados e iriam enfrentar o competitivo rival no gramado artificial da Arena.
E tratou de proteger seu time.
O Internacional teve de se submeter.
Ficar na defensiva, enquanto era pressionado pelo Atlhetico.
Mas bem organizado, no 4-5-1, seu time conseguiu segurar o 0 a 0.
A fixação era para conseguir pelo menos um ponto.
Para seguir líder.
E os gaúchos travaram como puderam a partida.
O time paranaense estava muito empolgado.
Mas faltava consciência, habilidade, visão de jogo para sua equipe.
Por isso, só empatou em 0 a 0.
Interrompida a sequência impressionante de nove vitórias seguidas no Brasileiro.
Mas não há queixas.
O Internacional sobreviveu como primeiro colocado.
'O Inter ganhou um ponto, continuamos na liderança, e quem está nos perseguindo, três rodadas atrás perdeu para o Athletico", se referindo ao Flamengo.
''Eu gostei da equipe, pela dificuldade que é jogar aqui. Gostei muito do meu time como um todo, principalmente depois de quando o jogo equilibrou."
Resumiu Abel Braga.
Feliz com o 0 a 0, na Arena da Baixada.
A noite foi dos maiores candidatos ao título.
Com a reação impressionante do time de Rogério Cerni....