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Cosme Rímoli - Blogs

Árbitra foi destaque do empate no clássico em Itaquera

Edina Alves teve uma atuação histórica e marcante no empate em 2 a 2, entre os improvisados, e desfalcados, Corinthians e Palmeiras

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Rodrigo Varanda. 18 anos. Gol de empate contra o Palmeiras. 2 a 2
Rodrigo Varanda. 18 anos. Gol de empate contra o Palmeiras. 2 a 2

São Paulo, Brasil

Edina Alves Batista.

Ela não foi apenas a primeira mulher a apitar o clássico mais importante de São Paulo.

A árbitra acabou sendo o grande destaque positivo no empate em 2 a 2, entre Corinthians e Palmeiras, disputado esta noite em Itaquera.


Ela teve atuação excelente, em uma partida de enorme rivalidade.

Não bastassem os nervos à flor da pele, houve ainda a tempestade que conseguiu vencer a drenagem moderna do estádio corintiano.


Mesmo assim, Edina foi firme, controlou a partida com muito pulso e frieza.

Deu uma aula de arbitragem, rompendo a barreira do preconceito.


Os dois clubes não queriam jogar.

Imploraram à Federação Paulista de Futebol o adiamento do confronto.

Por motivos justos.

O Corinthians, com um surto de covid-19, não pôde escalar oito jogadores.

O Palmeiras representará o futebol paulista na final da Copa do Brasil, domingo contra o Grêmio e precisava poupar seus atletas.

O que fizeram Vagner Mancini e Abel Ferreira?

Aproveitaram que a partida foi apenas pela segunda rodada do Campeonato Paulista e trataram de colocar seus garotos para ganharem experiência.

Com o peso de atuarem em um clássico.

Edina Alves teve uma atuação excelente. Firme, convicta, tranquila. Não errou
Edina Alves teve uma atuação excelente. Firme, convicta, tranquila. Não errou

Os dois times improvisados, sem o menor entrosamento, com o gramado encharcado durante boa parte do jogo, o que se pôde tirar de proveito foi a disposição, a personalidade, a luta pelo resultado.

Corinthians e Palmeiras se espelhavam.

Atuavam no 4-3-3, com muita atenção na recomposição.

Sem a bola tratavam de jogar no 4-5-1.

Só que, como os jogadores jamais atuaram juntos, havia muito espaço para os ataques.

O Palmeiras saiu na frente. 

Cantillo errou um passe fácil e perigoso no meio de campo. Danilo ficou com a bola e lançou Lucas Lima. Ele invadiu a área, driblou Gil e marcou um belo gol.

Palmeiras 1 a 0, aos cinco minutos de jogo.

Instintivamente, os corintianos passaram, imediatamente, a tentar marcar mais à frente, pressionar o rival.

E deixaram espaço para os contragolpes.

Resultado: logo aos 25 minutos, Gustavo Scarpa descobriu Willian, que cruzou para Gabriel Silva. O atacante foi mais rápido que Gil e tocou para as redes. 2 a 0 Palmeiras.

O Corinthians, com time menos técnico, se beneficiou do temporal que desabou, aos 30 minutos.

E, logo aos 35 minutos, Jemerson lançou a bola para a área, Jô ganhou a disputa com Luan e desviou para Mateus Vital descontar, 2 a 1.

A alegria de Gabriel Silva. Também com 18 anos, a empolgação do primeiro gol na carreira
A alegria de Gabriel Silva. Também com 18 anos, a empolgação do primeiro gol na carreira

O final do primeiro tempo foi deplorável tecnicamente.

O gramado não dava vazão à quantidade de chuva.

Os jogadores passaram a dar chutões, o que tornou a partida patética.

No segundo tempo, com o gramado muito melhor, o Corinthians voltou mais ofensivo.

E não demorou a empatar.

Roni descobriu Mateus Vital livre. O cruzamento encontrou Rodrigo Varanda, que se antecipou a Renan. 2 a 2, aos dois minutos.

A partir daí, os dois times cansaram.

Diminuíram o ritmo de jogo.

Satisfeitos com o resultado.

A segunda etapa foi muito disputada nas intermediárias.

Sem grandes emoções.

Mancini e Abel Ferreira não queriam perder.

Mesmo com seus times improvisados.

Conseguiram.

Corinthians e Palmeiras, obrigados a jogar, deram experiência aos seus meninos
Corinthians e Palmeiras, obrigados a jogar, deram experiência aos seus meninos

O destaque foi Edina.

Ela seguiu firme, tranquila, com muita precisão na condução do jogo.

Mostrou que tem potencial para se firmar e apitar partidas importantes masculinas deste país.

Até a final do Paulista.

Como quer o presidente da FPF, Reinaldo Carneiro Bastos.

O primeiro teste pesado neste Paulista, ela passou.

Com louvor...

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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