Direção do Corinthians e Luxemburgo imploram a Róger Guedes. Que, mesmo vendido aos árabes, só vá embora em 2024
Fundo bilionário árabe quer contratar o brasileiro. Al-Hilal, de Jesus, e Al-Nassr, de Luís Castro, querem o jogador. O Corinthians pede ao empresário e ao jogador que ele só saia em 2024. Para evitar risco de rebaixamento
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
"Não vendo."
Essa é a promessa do presidente Duilo Monteiro Alves a conselheiros que não param de mandar mensagens aos dirigentes, desde o início da manhã.
O desespero se explica porque empresários deixaram vazar que o Al-Nassr e o Al-Hilal, principais clubes da Arábia Saudita, querem contratar o jogador mais importante do Corinthians, em 2023.
Róger Guedes.
O futebol da Arábia Saudita passou a ser controlado pelo governo. E foi criado um fundo financeiro que abrange todos os clubes.
Ele foi batizado de Publick Investment Fund.
Representantes do PIF procuraram o empresário Paulo Pitombeira, que cuida da carreira de Róger Guedes.
Como o blog publicou quando Róger Guedes foi contratado, no dia 26 de agosto de 2022, sua intenção era ser valorizado no Corinthians. Atingir a seleção brasileira. E depois voltar para o exterior, com o melhor contrato de sua vida. Pensava no futebol europeu.
Mas houve uma reviravolta na Arábia Saudita e nos Estados Unidos, que abriram seus mercados para contratações milionárias.
Róger Guedes tem 26 anos.
Pelo destaque no Corinthians, já foi sondado por outras equipes do exterior.
Ele custou cerca de R$ 16,6 milhões em luvas. E mais R$ 1,2 milhão de salários. Fora os bônus por artilharia, conquistas.
Por 40% dos seus direitos.
Porque Róger quis manter o maior percentual e o poder de dizer "sim" à proposta pela qual se interessar.
O Corinthians já negou uma oferta do Sharjah, dos Emirados Árabes, de 8 milhões de euros, cerca de R$ 43 milhões.
"Róger Guedes sempre teve procura [de times do exterior], vem fazendo um excelente ano, o melhor aqui no Corinthians, se tornou o artilheiro da Neo Química Arena ao lado do Jô. Normal que tenha essa procura, mas o Corinthians não tem intenção de vender. Não dá para especular sem chegar [uma proposta].
"Vamos seguir assim, sem essa preocupação, porque ela não existe. Tem muitas para pensar", disse Duilio no sábado (15), após a vitória do Corinthians sobre o América Mineiro.
Mas, desde então, a pressão aumentou.
Róger faz a melhor temporada de sua vida.
Foram até agora 28 partidas no Corinthians, em 2023. E 20 gols.
A chegada de dois treinadores portugueses aos rivais Al-Hilal, Jorge Jesus, e ao Al-Nassr, Luís Castro, fez com que ambos se lembrassem do artilheiro como um jogador que seria importante ter no elenco.
Al-Ahli e Al-Ittihad também fazem parte desse "projeto de investimento de privatização de clubes esportivos".
O fundo oferece 1 bilhão de dólares, cerca de R$ 4,7 bilhões, para a contratação de jogadores.
Ou seja, dinheiro não falta aos árabes.
O blog apurou que Vanderlei Luxemburgo deixou claro para Duilio que a saída agora de Róger Guedes seria "desastrosa" para o Corinthians, que está na semifinal da Copa do Brasil, contra o São Paulo, decidida no Morumbi, pelo sorteio de hoje.
Mas ainda teme a zona de rebaixamento do Brasileiro.
Duilio Monteiro Alves sabe que haverá eleição no fim do ano.
E que não pode abrir mão de Róger Guedes de jeito nenhum.
Se vier uma "proposta irrecusável" dos árabes, Duilio pode, em última instância, vender o atacante.
Mas não entregar antes do fim do Brasileiro.
Ou seja, liberá-lo em janeiro.
Róger Guedes e Paulo Pitombeiras sabem que uma proposta real dos árabes pode multiplicar, e muito, o R$ 1,2 milhão que o atacante ganha no Corinthians.
Eles têm certeza de que a vida financeira do artilheiro pode ser resolvida.
Mas Guedes sabe quanto o Corinthians precisa dele.
A esperança de Duilio é que, caso queira ser vendido, peça para ficar até o fim de dezembro.
A questão é complexa.
A janela para a Arábia só se fecha em setembro.
Mas o importante é que Luxemburgo e Duilio estão dispostos a implorar a Róger Guedes para que fique.
Só saia em 2024.
Tudo está nas mãos do jogador.
Caso ele force sua saída, não há como segurar.
A multa rescisória é de 30 milhões de euros, cerca de R$ 161 milhões.
Dinheiro pequeno para o bilionário fundo árabe.
Tudo vai depender da postura de Róger Guedes...
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