Apesar do escândalo de Mano, o VAR acertou. Empate justo
O Palmeiras conseguiu bom resultado empatando com o Internacional, em Porto Alegre. O VAR anulou, com razão, o gol que seria o da vitória paulista
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Não há o que reclamar.
O resultado seria maravilhoso para o Palmeiras.
Virar o jogo contra o Internacional, em pleno Beira-Rio, por 2 a 1. E ficar a um ponto do líder Flamengo.
Mano Menezes fez um escândalo.
Mas as câmeras deixaram claro que Willian foi empurrado pelo zagueiro Klaus, que toca o braço na bola e ela também desvia na mão do palmeirense. Toque absolutamente involuntário, só aconteceu porque o atacante foi desequilibrado pelo zagueiro do Internacional.
A bola sobrou para Lucas Lima, que deixou Bruno Henrique livre para marcar o gol que seria o segundo do time paulista, aos 40 minutos do segundo tempo.
Só que pela nova legislação, se a bola toca no braço do atacante, mesmo sem querer, o lance tem de ser anulado.
Braulio da Silva Machado acertou em anular o gol, com o precioso auxílio do VAR.
E o Palmeiras teve de se conformar com o bom resultado, empate em 1 a 1 com o Internacional. Gols de Patrick e Willian.
A vitória seria excelente.
Ela não veio.
Porque o polêmico lance foi irregular.
"A bola bate na mão do zagueiro do Internacional e raspa na mão do Willian. Isso não tem dúvida, está claro na imagem para nós. Ele marcou, depois da revisão, a bola do Willian. O Willian, antes da bola bater na mão dele, sofreu uma falta bem em frente à área.
"É muito complexo o lance, muito difícil. De maneira nenhuma foi voluntário o lance, e não é o lance de acabamento da jogada. Me parece que a regra nova fala que você não pode fazer um gol com a mão.
"Mas ao sofrer a falta e levar vantagem nisso não está escrito em lugar nenhum. É nítido que o Willian não tem intenção. A gente fica chateado porque há interceptações diferentes do VAR", reclamou, de forma equivocada, Mano Menezes.
Não é só quando o atacante toca a mão, mesmo de forma involuntária, e a bola entra no gol, que o lance tem de ser anulado.
Desde que a bola toque na mão ou no braço de um jogador no ataque e ajude seu time a marcar, o lance tem de ser anulado.
A Fifa passou a considerar o toque involuntário irregular quando o time ataca, em fevereiro deste ano. Não custaria nada Mano Menezes se atualizar.
O jogo em Porto Alegre é fácil de ser resumido.
No primeiro tempo, Odair Hellamann colocou seu time no ataque. Em ritmo frenético. Queria superar na pressão, nos ataques em bloco, a ausência de Guerrero.
A postura absolutamente ofensiva surpreendeu o Palmeiras, o encurralou. Weverton fez grandes defesas, tomou bola na trave, até o gol de Patrick, aos 27 minutos de jogo. O time gaúcho seguiu forçando, poderia até amplicar o placar.
Na segunda etapa, o Inter, cansado, recuou. Buscava apenas os contragolpes. O Palmeiras ficou soberano no jogo e empatou em um golaço de Willian, aos 13 minutos, com um sem pulo fabuloso, que lembrou o holandês Van Basten, na final da Eurocopa de 1988, contra a extinta União Soviética.
O Palmeiras seguiu pressionando, mas falhava nos passes decisivos e nas conclusões.
Até o gol de Bruno Henrique, anulado com correção pelo VAR.
Apesar do choro de Mano Menezes, o Palmeiras conseguiu um ponto significativo, importante, do Internacional, em plena Porto Alegre.
A perseguição ao Flamengo segue.
Mantidos os três pontos de diferença...
Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.