Antony e Martinelli impuseram seu talento e juventude. O Brasil passa a ter 14 jogadores. Raphinha e Richarlison têm sombras
Com 22 e 21 anos, Antony e Martinelli foram muito melhores do que Tite esperava. Os dois campeões olímpicos saíram do banco e mostraram o quanto podem ser úteis para o Brasil. A começar contra a Coreia
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
Doha, Catar
51 finalizações em três partidas, na primeira fase de uma Copa do Mundo, é excelente índice.
Só perdeu para a Alemanha, na primeira fase, que chutou 65 vezes.
Mas o número de gols do time de Tite foi a metade dos germânicos.
Tite ficou preocupado com a falta de efetividade, de gols da Seleção.
Raphinha, Vinicius Junior, Gabriel Jesus, Pedro, Antony e Gabriel Jesus passaram em branco. Assim como Neymar, Lucas Paquetá.
Haveria lugar para Gabigol, o artilheiro maior desde que o Brasil caiu diante da Rússia, em 2018, fez 148 gols. Contra 87 de Neymar.
Como não quis trazer o jogador do Flamengo, o técnico decidiu trabalhar muito as finalizações, nos últimos treinos antes da partida de hoje, contra a Coreia do Sul.
E cada vez mais, se destacam dois jogadores, que se mostram prontos para brigarem para valer por vaga no time.
O primeiro é Antony. Além dos dribles insinuantes, desmoralizantes, em velocidade, o jogador do Manchester United, também está mostrando que melhorou muito sua precisão de chutes ao gol. O que foi muito trabalhado no Ajax.
Além do talento, Tite tem se animado com a confiança de Antony. Nem parece que tem apenas 22 anos. Pelo contrário, até. Se porta como um jogador vivido, sem medo, consciente do seu potencial ofensivo.
Está claro que Raphinha tem perdido a confiança, os dribles nos jogos são mais raros, assim como os chutes a gol. Vem perdendo pontos para a Comissão Técnica. Ele teria de reagir contra os sul-coreanos para provar que ainda merece ser titular absoluto.
Richarlison marcou dois gols contra a Sérvia, tem presença de área. É beneficiado com a presença de Neymar, Vinicius Junior. Mas ganhou uma sombra inesperada.
Gabriel Martinelli entrou muito bem contra Camarões.
Se destacou no jogo.
Obrigou o goleiro Epassy a ser o premiado melhor jogador da partida, com grandes defesas.
Nos treinamentos, o atacante de 21 anos tem mostrado sua versatilidade.
Ainda mais com o corte de Gabriel Jesus.
Não será apenas o substituto de Vinicius Junior.
Longe disso.
Tem tudo para ser aproveitado por Tite como atacante centralizado ou aberto.
E também foi trabalhada sua efetividade, com vários chutes e cabeçadas para o gol nos treinamentos.
A força destes dois específicos reservas está evidente.
"A qualidade dos nossos jogadores se impõe. No time titular como assim também nos reservas. Como ele próprio fala: não são só os 11 jogadores que vão ganhar uma partida.
"A gente sempre procura manter a mesma intensidade, o mesmo alto nível, para quando tiver a substituição a gente possa fazer acontecer. Estou me sentindo muito bem nesta Copa do Mundo", diz Antony.
Ao contrário dos dois, Pedro perdeu espaço.
Ele foi muito mal na partida que entrou, contra Camarões. Afobado, perdeu duas chances ótimas. Faltou confiança e sobrou afobação nos arremates.
Está atrás de Antony e Gabriel Martinelli, que jogaram juntos e foram campeões olímpicos no Japão.
Tanto o jogador do Manchester United como o do Arsenal chegaram para o Mundial como meras peças de reposição, sem o prestígio dos titulares.
Mas bastaram duas semanas no Catar e seus status mudaram.
E são, sim opções para hoje, caso Tite precisa melhorar o ataque contra a Coreia.
Fred já é o 12º atleta, já que perdeu a posição para Vinicius Junior.
Aos poucos, o Brasil começa a ser um time com 14 jogadores.
Graças a Antony e Martinelli...
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