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Andrés jura. Palmeiras ficará atrás. R$ 350 mi para batizar Itaquerão

No dia 1º de setembro, dirigente vai anunciar empresa que 'batizará' Itaquerão. Hypera Marcas, com patrimônio de R$ 21,7 bilhões, é favorita

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Andrés, eufórico.Conseguiu empresa para pagar R$ 350 milhões para batizar o Itaquerão
Andrés, eufórico.Conseguiu empresa para pagar R$ 350 milhões para batizar o Itaquerão

São Paulo, Brasil

O elenco é fraco.

Treinador questionado.

Por três vezes, neste ano, o clube atrasou três meses de salário aos jogadores.


As dívidas passam dos R$ 900 milhões.

Por conta do Itaquerão.


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O candidato escolhido para apoiar é o que menos tem promessas de votos.

Xingado pelas principais organizadas, as mesmas que o levaram ao poder.


Escapou de dois processos de impeachment.

O final do terceiro mandato como presidente do Corinthians estava lastimável para Andrés Navarro Sanchez.

Irritado, depressivo, cansado.

Sabia que sairia pela porta dos fundos do clube que modernizou, revolucionou.

Com a ajuda de Ronaldo Fenômeno e do ex-presidente do PT, Lula.

Ele precisava de algo extraordinário para sair da mediocridade dos últimos meses como presidente do Corinthians.

Até que a sorte o ajudou.

E o inesperado aconteceu.

A parceria com a Neo Química foi fundamental quando Ronaldo esteve no Corinthians
A parceria com a Neo Química foi fundamental quando Ronaldo esteve no Corinthians

Desde 2010, quando teve a certeza que havia conseguido tirar o Morumbi da abertura da Copa de 2014, graças a manobras políticas com o ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, com o apoio do ex-presidente Lula, e a certeza da construção do Itaquerão, Andrés não conseguia uma vitória tão importante.

Ele conseguiu cumprir a promessa que já o fez ser questionado, ironizado até pela própria torcida.

A venda dos naming rights do estádio corintiano.

Está eufórico.

Andrés conseguiu esconder o nome da empresa até mesmo dos seus conselheiros mais próximos.

Vários juravam que ele seria de uma rede varejista.

Duílio estava em péssima situação. Naming rights pode salvar candidatura
Duílio estava em péssima situação. Naming rights pode salvar candidatura

Magazine Luiza ganhou um dia inteiro de publicidade gratuita, até negar que daria o nome da arena.

Mas vazou o de outra candidata.

E, desta vez, ninguém negou.

A Hypera Pharma.

É a maior empresa farmacêutica brasileira.

Seu patrimônio é de R$ 21,7 bilhões.

Na verdade, se trata de um conglomerado, com inúmeras marcas.

Seus produtos vão desde alimentos, higiene de casa, limpeza, beleza e higiene pessoal, medicamentos.

Aliás, ela aposta principalmente em medicamentos isentos de prescrição médica.

Os contatos entre Andrés e a cúpula da Hypera Pharma aconteciam há meses. Assim como o estudo sobre a viabilidade de apostar centenas de milhões para batizar o nome do estádio corintiano.

Isso depois de nove anos ser conhecido popularmente como Itaquerão. Como o estádio do São Paulo é chamado de Morumbi, o municipal de Pacaembu. Fora o Maracanã, Mineirão, Fonte Nova.

Há ainda a determinação da dona do monopólio do futebol na tevê aberta, a Globo, não falar os nomes das empresas que pagam os naming rights dos estádios brasileiros. Como o Allianz na arena palmeirense. E Itaipava na Fonte Nova.

Mas acontece que a Hypera Pharma é uma das patrocinadores do futebol na Globo. Paga cerca de R$ 320 milhões para estar presente nas transmissões.

No acordo para que a empresa siga patrocinando o futebol em 2021 pode fazer parte a obrigatoriedade, de a emissora citar o novo nome do estádio, caso a marca realmente banque os naming rights do estádio.

Torcidas organizadas que deram poder a Andrés, o queriam fora do Corinthians
Torcidas organizadas que deram poder a Andrés, o queriam fora do Corinthians

Pois bem, agora há unanimidade no Parque São Jorge.

A Hypera Pharma aceitou pagar R$ 350 milhões para 'batizar' o Itaquerão. Por 20 anos.

Sendo esses números, serão os naming rights mais altos do Brasil.

Superando o do rival Palmeiras.

A seguradora Allianz fechou contrato por R$ 300 milhões em 20 anos.

E sempre foi alvo de comparação e irritação de Andrés.

A corintiana passaria a render R$ 17,5 milhões por ano. Enquanto a palmeirense, R$15 milhões. A Itaipava paga R$ 3 milhões para dar o nome à Fonte Nova.

Aliás, o dirigente estava sendo massacrado nos últimos meses.

Assim como seu candidato à sucessão, Duílio Monteiro Alves.

Críticas, pressão, xingamentos.

Pelo furacão financeiro que mergulhou o Corinthians com o Itaquerão.

Ele precisava dar uma resposta.

O dirigente já havia viajado para a China e Oriente Médio atrás de empresas para bancar os naming rights.

Fez de tudo nesses dez anos para encontrar alguém disposto a pagar para batizar a arena.

O ex-jogador e amigo íntimo de Andrés, Ronaldo Fenômeno, teve excelente parceria com a Neo Química, uma subsidiária da Hypera Pharma.

No Corinthians, há a garantia que ele apontou o caminho.

E hoje já há a divulgação pelo site especializado no Corinthians, Meu Timão, que a dona dos naming rights terá um camarote no melhor lugar da arena. 

Andrés Sanchez já deu até as boas vindas à empresa que batizará o Itaquerão.

A confirmação, no entanto, ele quer deixar para o dia 1º de setembro.

Aniversário de 110 anos do Corinthians.

Veja mais: Andrés xinga presidente do Benfica por causa de Pedrinho: 'Malandro'

Até lá, quer manter o 'mistério'.

Mas pelo menos, ele jura.

O negócio está fechado.

Depois de dez anos, cumprirá sua palavra.

Se for assim, o Corinthians ganhará o respiro que precisava.

Mais de um terço de sua dívida estará paga.

Ganhará força financeira para se fortalecer.

Mudar de patamar.

Queda do PT do poder sabotou os planos de Andrés. Complicou pagamento da arena
Queda do PT do poder sabotou os planos de Andrés. Complicou pagamento da arena

Sair do sufoco, que Andrés mesmo colocou o time.

Quando sonhou que o PT ficaria no poder.

Até pelo menos pagar o estádio.

Com o patrocínio de R$ 30 milhões da Caixa.

E facilidades para negociar as prestações do empréstimo.

Mas Dilma foi cassada.

Lula, preso.

E o Corinthians se viu sem o patrocínio da Caixa.

Sem proteção política para negociar o pagamento da arena.

Até que surgiu alguém para pagar os naming rights.

Tudo indica ser a Hypera Pharma...

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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