Ameaça de organizada. Fuga no Galeão. O inferno do Flamengo
Eliminação da Copa do Brasil, pelo São Paulo, trouxe pressão e cobrança. Acabou a paz. O time de Ceni tem quatro jogos fundamentais em sequência
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

São Paulo, Brasil
Eduardo Bandeira de Mello reestruturou financeiramente o Flamengo.
Mas ficou dois mandatos.
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Ganhou dois prêmios como o melhor gestor do futebol brasileiro.
Mas dentro de campo, das 24 competições que o time de futebol disputou, ganhou apenas três títulos. Uma Copa do Brasil e dois desvalorizados Cariocas.
Bandeira de Mello sentiu na pele a pressão do clube mais popular do Brasil. Discutiu, quase brigou, reforçou a segurança, fez o time descer em ônibus dentro de pistas de aerportos, para fugir das organizadas.
A pressão foi insuportável e refletiu dentro do campo, com fracassos seguidos.
"Infelizmente tem gente que não reconhece o grande trabalho que fizemos na base. Muitos queriam até acabar com a base. São os mesmos que pagam esses idiotas aí", chegou a desabafar em novembro de 2018,
Além de xingar, Bandeira de Mello fez gestos obscenos, 'deu banana' a torcedores. Seu fim do segundo mandato beirou o insuportável.
O presidente Rodolfo Landim decidiu fazer uma aposta contrária. Com as contas equilibradas, investiu pesado no futebol. Ganhou a Libertadores, o Brasileiro, dois Cariocas e o apoio da torcida.
Que ele pensou ser irrestrito.
Não é.
A prova foi ontem.
Logo após a eliminação da Copa do Brasil, sendo goleado pelo São Paulo, por 3 a 0.

Uma das principais organizadas do Flamengo, a Raça Rubro-Negra, avisou pelo Instagram.
"Chegou a hora de acordar, custe o que custar. Quem não pode sangrar é o Flamengo. Como prometido, o apoio foi incondicional. A partir de agora, doa a quem doer, esse time vai jogar.
"Se ainda não entenderam, faremos entender. Se você quer vestir o manto, tenha disposição porque é para quem quer. Se não quer, abraço. A paciência do torcedor se esgotou e não vamos mais aceitar um comportamento incompatível com nosso DNA e que desonre o clube.
"Para bom entendedor, meia palavra basta."
Mal a mensagem foi colocada no ar, mais de cem torcedores foram ao aeroporto do Galeão, esperar o time de Rogério Ceni.
Chegaram dispostos a cobrar pela humilhante derrota no Morumbi, por 3 a 0.
Jogo que o vice-presidente Marcos Braz deixou de ver, ao Vitinho cobrar pênalti longe do gol de Tiago Volpi.
A diretoria foi avisada.
E o time passou por outro vexame.
Saiu pelo terminal de cargas para não encontrar os flamenguistas.
Landim já mandou reforçar a segurança no Ninho do Urubu.
Os jogadores passarão a evitar saídas à noite, mesmo com familiares.
O clube terá o Coritiba, sábado, no Maracanã, pelo Brasileiro.
Na terça, a primeira partida pelas oitavas-de-final da Libertadores, diante do Racing, na Argentina.

Depois, na outra quarta-feira, dia 1º de dezembro, o confronto decisivo com os argentinos, no Maracanã, valendo a classificação para as quartas-de-final da Libertadores.
E no sábado, dia 5 de dezembro, o clássico contra o Botafogo, no Engenhão.
Rogério Ceni sabe da necessidade de recuperar o time.
Sob seu comando, só decepções.
Duas derrotas para o São Paulo e um empate contra o Atlético Goianiense.
O clube está há quatro jogos sem uma vitória, igualando o pior momento de 2018.
Ceni terá de se mostrar pronto para enfrentar tanta pressão.
Se impor, assumir o treinador que parecia ser.
Ele sabia que iria encontrar um clube ferido pelo péssimo trabalho de Domènec Torrent.
E que esperava uma reviravolta.
E ela não pode demorar.
A Copa do Brasil já foi embora.

Com ela, o clube deixou de faturar R$ 7 milhões, pela eliminação.
Há ainda Libertadores e o Brasileiro.
O sonho pela manutenção da hegemonia nas duas competições.
A reação tem de ser imediata.
Ou Ceni que se prepare.
Seu triste destino no Cruzeiro pode se repetir...
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