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Cosme Rímoli - Blogs

Al-Hilal choca o mundo. E despacha o Manchester City, de Guardiola, do Mundial. Vitória do Fluminense e do Palmeiras

Time saudita tem atuação de dedicação física extrema. E consegue vencer o time de Pep Guardiola. Caminho para o Fluminense e Palmeiras está mais fácil até a final do Mundial. Teoricamente

Cosme Rímoli|Do R7

Marcos Leonardo marcou dois gols, na noite histórica para o futebol mundial Divulgação/Al-Hilal

“Foi uma experiência singular.

“Lutamos muito, tivemos muitas oportunidades, e custou um pouco controlar nossos passes e transições.

“Sabíamos que o adversário era de grande qualidade, mas estou triste por ir embora porque nos dedicamos muito. Acontece...”

Constrangido, Pep Guardiola tentava dar explicação para a maior vitória da história do futebol saudita e a eliminação do seu time, com elenco estelar.


O Al-Hilal venceu o Manchester City por 4 a 3 e está nas quartas-de-final do Mundial de Clubes.

O resultado foi mais importante do que a vitória da Arábia Saudita sobre a Argentina, no início da Copa do Mundo de 2022. Foi porque a partida, entre os clubes, foi eliminatória.


A dupla brasileira Marcos Leonardo, ex-Santos, e Malcom, ex-Corinthians, tiveram participação decisiva, marcando três gols.

A vitória atinge em cheio os clubes brasileiros que restaram no Mundial.


O Al-Hilal será o adversário do Fluminense, por uma vaga na semifinal. E o vencedor enfrentará quem sobreviver de Palmeiras e Chelsea.

Tanto Renato Gaúcho quanto Abel Ferreira tinham plena convicção que o clube mais forte do lado do chaveamento do Mundial, envolvendo os dois sobreviventes nacionais, era o Manchester City.

Só que o time de Guardiola foi surpreendido pela extrema dedicação física, luta e preenchimento de espaço do Al-Hilal.

O técnico italiano Simone Inzaghi, vice campeão da Champions, tratou de bloquear o avassalador toque de bola do time inglês. E atrapalhar ao máximo a intensa movimentação do meio-campistas e atacantes do City.

E, muito mais do que isso, explorar a defesa adiantada do City, com bolas longas.

Insaghi contou com atuações excelentes dos brasileiros Malcom e Marcos Leonardo. Velozes, habilidosos e explosivos, ele trataram de liquidar com o instável sistema defensivo do City.

Marcos Leonador, ensandecido, depois de marcar 4 a 3 para o Al-Hilal. Maior vitória do futebol saudita Divulgação/Instagram Al-Hilal

Guardiola queria seu time no ataque.

Só que as bolas longas, nas costas dos seus zagueiros, provocavam caos para o Manchester.

Os britânicos saíram na frente no placar, com Bernardo Silva. E deram a falsa impressão que conseguiriam uma vitória tranquila.

Só que as falhas defensivas logo vieram à tona. Insaghi espalhou todos meio-campistas e atacantes na intermediária. Assim que o Al-Hilal tomava a bola, a ordem era atacar em bloco, em velocidade, pegando a zaga inglesa correndo de costas.

O primeiro tempo terminou 1 a 0 para o City, mas as duas equipes criaram várias chances e deixaram no ar a perspectiva de mais gols.

E foi o que trataram de fazer Marcos Leonardo e Malcom, no primeiro e no sexto minuto do segundo tempo. A virada já trouxe um ar de enorme surpresa, para os próprios jogadores do time saudita.

Os ingleses trocavam passes incessantes, mas mostravam cansaço e afobação, diante do paredão montado por Insaghi.

E o goleiro Bono fez defesas incríveis.

Haaland conseguiu empatar, brigando como um viking dentro da área saudita, aos nove minutos.

Os dois times seguiram lutando, criando e desperdiçando chances.

Veio a prorrogação.

Koulibaly cabeceou com convicção, para marcar o terceiro gol do Al-Hilal, que dava estocadas, não aceitava a dominação inglesa. Guardiola mandou sua equipe ainda mais para a frente.

Era tudo ou nada.

E Foden conseguiu o 3 a 3, aos 12 minutos do primeiro tempo.

Nesta trocação e aberta, insana para o City, o Al-Hilal se aproveitou. Marcos Leonardo conseguiu marcar o quarto gol, aos sete minutos do segundo tempo da prorrogação.

Os jogadores do time saudita, trataram de se fechar na defesa.

Com ânimo absurdo, querendo fazer história, se desdobraram.

O também brasileiro Renan Lodi foi um dos pilares na zaga.

No final, o resultado surpreendente.

A vitória dos sauditas, 4 a 3.

Euforia para os jogadores do Al-Hilal. E profunda decepção do estelar time do Manchester City Divulgação/Facebook Al-Hilal

“Eu tenho certeza que esse dia vai ficar marcado na minha vida, assim como na vida do Al-Hilal e na vida de todos os árabes. Foi um dia marcante.

“Eu fui fazer um sprint e já puxou a panturrilha. Eu falei, “não posso sair”. Aí o Ederson foi lá, me ajudou. E o pessoal estava fazendo uma gesticulação de substituição. Aí eu cheguei e falei para o “mister”:“Não, não, não, mister, vou sair, não, vou sair, não”. Ele ficou e marcou o gol da vitória."

E o ex-jogador do Santos ainda fez uma revelação.

“Minha mãe ficou 23 dias entubada e 60 dias na UTI. Graças a Deus, hoje ela está bem, mas esses dois últimos meses foram complicados para mim, para minha família, para minha irmã, para todo mundo.

“Então,quando eu fiz esses dois, eu lembrei logo dela, que ela pôde hoje assistir o jogo.”

Torcedores do Palmeiras e do Fluminense, que assistiram à partida em Orlando, comemoraram muito a vitória do Al-Hilal.

Viram o assustador Manchester City sair do caminho dos dois.

Na teoria o resultado foi sensacional para os brasileiros.

Na teoria...

Veja também: Bastidores da festa do Al-Hilal após vitória sobre o Man City

Veja de perto a comemoração do Al-Hilal no vestiário após uma vitória histórica sobre o Manchester City nas oitavas de final da Copa do Mundo de Clubes da FIFA.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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