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Cosme Rímoli - Blogs

Abel, não. Luxa e Dorival oferecidos. Scolari serve. Mano: sonho

Palmeiras sofre os efeitos do erro da escolha de Roger Machado. E está desnorteado atrás de treinadores com currículo vencedor. Constrangedor

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Com a recusa de Abel, Felipão está na lista do perturbado Palmeiras
Com a recusa de Abel, Felipão está na lista do perturbado Palmeiras

São Paulo, Brasil

Confirmando a matéria publicada no blog, o Palmeiras procurou Abel Braga. Queria contratá-lo e anunciar ainda hoje o seu nome como substituto de Roger Machado, demitido logo após a derrota de ontem contra o Fluminense.

Mas Abel Braga reafirmou o que já disse para os dirigentes do Santos, na segunda-feira. Ele acredita que precisa seguir mais um tempo com a família no Rio de Janeiro. O treinador sofreu uma tragédia familiar, com a morte do seu filho mais caçula, João Pedro, em 2017. E deseja, a princípio, só voltar ao trabalho em 2019.

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Diante da negativa, Mauricio Galiotte incumbiu o executivo Alexandre Mattos a buscar um técnico com o mesmo perfil. Quer um treinador vivido, vencedor. E motivador. Capaz de enfrentar, cobrar, motivar os jogadores.

E assim, com o descarte de Abel, a direção estuda dar uma terceira chance para Luiz Felipe Scolari. O treinador que conseguiu a única Libertadores da América, na história do clube, em 1999, está bem diferente. Se passaram 19 anos. Ele está milionário, não precisa do futebol para viver. 


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Fará 70 anos em novembro.


Se conseguiu a Libertadores, carrega tatuado na testa o segundo rebaixamento do Palmeiras, em 2012. Foi ele quem resolveu abandonar o Brasileiro para investir, com um elenco fraco, na Copa do Brasil. O clube a conquistou. Mas pagou caro demais pelo erro primário de avaliação. Caiu para a Segunda Divisão.

Luxemburgo. Só fracassos há 14 anos. Mas está na lista. Por desespero
Luxemburgo. Só fracassos há 14 anos. Mas está na lista. Por desespero

Felipão foi demitido sumariamente. Assumiu a Seleção Brasileira. Fez o Brasil passar pelo terrível vexame na Copa do Mundo de 2014, com direito à derrota por 7 a 1 para a Alemanha. Foi dispensado por José Maria Marin e Marco Polo del Nero, a quem defendia em todas entrevistas que podia.

Acabou indo trabalhar no único clube que assumiria no Brasil. O Grêmio. Foi outra vez um fiasco. Acabou demitido pelo fraquíssimo trabalho. Tinha problema de relacionamento com atletas e seus esquemas foram considerados ultrapassados.

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Jurou que não trabalharia em equipe brasileira alguma.

Foi para a China e conquistou títulos no futebol atrasado, quase amador do outro lado do mundo.

Não quis renovar o contrato em 2017. Sonhava em um convite para trabalhar na Europa ou assumir qualquer equipe na Copa da Rússia. Mas não foi lembrado por ninguém.

Teve uma atitude digna ao não aceitar ser observador do Mundial. Ele teria de acompanhar e fazer relatórios sobre a Seleção Brasileira, comandada por seu ex-pupilo e hoje inimigo mortal, Tite.

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No Palmeiras, Scolari tem muita rejeição. Inúmeros conselheiros não o perdoam pela vergonha do segundo rebaixamento. Mas, a princípio, Galiotte estaria disposto a enfrentar essa oposição.

O presidente palmeirense tem o aval de Leila Pereira, a conselheira e dona da Crefisa. Ela apoiará a escolha do treinador que quiser. Seja qual for. 

Assumirá até a incoerência. Afinal, o discurso de clube moderno não combina com Felipão. Muito longe disso, por sinal.

No desespero, de quem viu mais uma vez o planejamento com um treinador novo fracassar, Mattos recebeu recados que Vanderlei Luxemburgo está disposto a voltar para a trabalhar.

Seu caso é ainda pior do que Felipão.

O último título importante de sua carreira foi em 2004. Há 14 anos, quando foi campeão brasileiro pelo Santos. Desde então, acumula fracassos e mais fracassos. Foi mandado embora desde então do Real Madrid, do Santos, do Palmeiras, do Atlético Mineiro, Flamengo, Grêmio, Fluminense, Flamengo (de novo), Cruzeiro. 

Tirar Mano Menezes do Cruzeiro agora seria quase impossível
Tirar Mano Menezes do Cruzeiro agora seria quase impossível

Conseguiu fracassar na Segunda Divisão Chinesa. Foi mandado embora do Tanjin Quanjian, depois de apenas 12 partidas. Ficou de maio a outubro de 2017 no Sport, onde foi demitido sumariamente.

Desde então, os clubes grandes fecharam as portas para ele, considerado ultrapassado para os dirigentes.

A paixão pelo pôquer também desestimulou os interessados.

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No Palmeiras, conselheiros também não desejam seu retorno. Ele consegue ter maior rejeição do que Felipão. A alegação é que todos seus projetos de Libertadores foram retundos vexames. Jamais ganhou a competição que é prioridade ao clube e à Crefisa.

Luxemburgo conta com o lobby escancarado de jornalistas importantes, de quem se tornou amigo. E eles já garantiram a Galiotte e Alexandre Mattos que o treinador está disposto a 'dar a vida' para recuperar sua carreira no Palmeiras. Aceitaria todas as determinações dos dois. Se comportaria como um funcionário exemplar. Sem empurrar a função de treinador para auxiliares, como fazia nos últimos times que comandou. E nem tentaria ser manager, participar das compras e vendas de atletas.

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Só que Mattos e Galiotte o consideram muito problemático. Acham o nome forte. Principalmente o executivo. Ele sabe que, se tentar 'ressuscitar' Luxemburgo e não der certo, seu futuro no Palmeiras vai acabar. Desde que assumiu em 2015 é um entra e sai de treinadores caros e que não chegaram nem perto da sonhada conquista da Libertadores.

De outras fontes chegaram sinais que Dorival Júnior estaria disposto a aceitar um contrato curto, até o final do ano. O treinador que é sobrinho do histórico volante Dudu, que formou na 'segunda academia', na década de 70, tem grande ligação com o Palmeiras. Foi jogador do clube. Sua passagem como técnico foi importante. Salvou o time do terceiro rebaixamento, em 2014. Mas afirma que acabou traído pelo ex-presidente Paulo Nobre, que havia prometido que ele seguiria no clube. Mas preferiu o demitir.

Dorival também enfrenta rejeição pelos fracos trabalhos que fez nos últimos anos. Não seria fácil a sua vida em um eventual retorno ao Palmeiras.

No entanto, há um nome que Alexandre Mattos adoraria ver trabalhando no Palmeiras. E que recusou o clube no final do ano passado. Mano Menezes. O ex-treinador da Seleção Brasileira tem campanha consistente no Cruzeiro. A maior dificuldade está no seu sucesso em Minas Gerais. Em setembro, ele completará dois anos na Toca da Raposa.

Dorival Júnior, desempregado, está fácil. Ele não esquece 'traição' de Nobre
Dorival Júnior, desempregado, está fácil. Ele não esquece 'traição' de Nobre

Conquistou a Copa do Brasil e é o atual campeão mineiro.

Tem contrato até o final de 2019, com multa rescisória altíssima.

Jornalistas mineiros garantem que ela beira os R$ 5 milhões.

Mano não tem rejeição entre os conselheiros.

Nunca trabalhou no Palmeiras.

Sua vinda seria a mais tranquila.

Mas muito difícil.

Dependeria de Mano virar as costas de novo ao Cruzeiro. 

Como fez quando foi para a China, por dinheiro, para fracassar no Shandong Luneng.

Acabou a pose.

O Palmeiras outra vez errou feio na escolha do seu comandante.

Roger Machado não tinha condições de assumir tanta responsabilidade.

E agora, no meio da temporada, o clube busca o improviso.

Abel não quer largar a família.

Felipão pode aceitar um convite milionário.

Luxemburgo e Dorival se oferecem.

E Mano Menezes observa tudo, firme no Cruzeiro.

O Palmeiras é a prova que só dinheiro não adianta no futebol.

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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