Abel brincou com fogo. Palmeiras vence. Mas será ‘tudo ou nada’ contra o São Paulo. Para escapar do vexame de ser eliminado no Paulista
O time ganhou da Inter de Limeira por 3 a 0. Mas o clube segue travado na tabela. São Bernardo e Ponte lideram o grupo. Faltam só três rodadas. Domingo, o clássico será decisivo no Allianz Parque. Time paga pelo excesso de testes de Abel Ferreira
Cosme Rímoli|Do R7
![](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/D7BGNSCNOBHKZJADXOJMZ5EEFQ.jpg?auth=1afb3da339c0f1671e05c734bb4652d84a3d554aadf914cf47126b268419b244&width=640&height=360)
A Internacional de Limeira não venceu sequer um jogo no Paulista.
Tinha seis empates e duas derrotas.
O clube não tem dinheiro para contratações importantes.
Encaminhada para o rebaixamento, demitiu o treinador Felipe Conceição.
Chegou Márcio Fernandes na terça-feira.
Treinou o fraco elenco, organizou a retranca.
5-4-1.
E colocou seu time ontem para enfrentar o Palmeiras.
Mesmo jogando em casa, perdeu por 3 a 0, gols de Maurício, Flaco López e Gustavo Gómez.
De nada adiantou a ausência na maior parte do tempo do talentoso Estêvão, que teve febre e só entrou em campo aos 29 minutos do segundo tempo.
É o penúltimo colocado entre os 16 clubes do Campeonato Paulista.
Até aí, nenhuma surpresa.
Mas é do lado vencedor, o grande espanto da temporada.
Abel Ferreira menosprezou a fase de classificação e fez inúmeros testes.
Não deu consistência ao Palmeiras.
Quando o treinador acordou para a possibilidade de vexame, tudo está no limite.
O atual tricampeão paulista ganhou da Inter de Limeira, mas segue atrás do São Bernardo, que está com 19 pontos, três à frente, e da Ponte Preta, que tem 18, dois a mais, no seu grupo, o D.
Restam só três rodadas.
O Palmeiras não depende só de si para se classificar.
![](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/CGPD5RYNGVEVVNYG2IHZXBDO3Q.jpg?auth=985876ac19f611f29482f31c339f6e4ab410fc8555cc088049c0ae775d2176a5&width=1500&height=844)
Se os rivais ganharem nove pontos, o clube estará eliminado do Paulista, antes mesmo das quartas de final.
Tem a obrigação de vencer as três partidas que restam.
E logo terá pela frente o São Paulo, no Allianz Parque, domingo.
Depois, o Botafogo, também em casa, e finalmente, o Mirassol, no Interior.
“Uma coisa era clara, se não ganhássemos estávamos quase fora. Todos nós temos a noção disso, não vale a pena esconder que se não tivéssemos um bom desempenho, bom resultado, mesmo que no domingo ganhamos iria ser quase impossível ao ficarmos a cinco pontos em nove possíveis. Iria ser muito complicado. A pressão continua”, desabafou o auxiliar João Martins.
Abel Ferreira estava outra vez suspenso.
Ele treinou a equipe.
E apostou, outra vez, em Mauricio mais adiantado, municiando Facundo Torres e Flaco López.
O jogador se mostrou eficiente, com maior letalidade e criatividade que Raphael Veiga, que começou mal 2025.
Maurício marcou um gol lindíssimo, por cobertura, depois de lançamento de Gustavo Gómez.
O Palmeiras seguiu se impondo, na técnica e na força física.
Facundo Torres jogava muito bem, com mobilidade, velocidade e visão de jogo.
O time de Abel não tinha preocupação, atuando no 4-3-3 clássico.
A Internacional se comportava como um sparring inofensivo.
O jogo ‘terminou’ quando Raphael Veiga cobrou escanteio e Flaco López cabeceou à vontade.
2 a 0, aos 44 minutos do primeiro tempo.
Ninguém que assistia à partida tinha o direito em pensar em reviravolta.
No segundo tempo, o Palmeiras diminuiu o ritmo.
Com os jogadores evitando desgaste desnecessário, já que no domingo haverá o clássico.
A Internacional adiantou suas linhas, buscava ao menos marcar um gol.
Mas acabou sofrendo outro.
Dá-lhe outra bola parada do Palmeiras.
Raphael Veiga bateu falta e Gustavo Gómez cabeceou com raiva.
3 a 0, aos 20 minutos.
![](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/PK7KE6NS45EYJCNNUC7I6FYSHM.jpg?auth=c51f1913e2df778a25ef796a6cf137da3789d0c4df496ec0bdc2024f452f0604&width=1500&height=844)
Os três pontos foram importantes, fundamentais para o Palmeiras.
Mas a pressão segue imensa.
Uma derrota para o São Paulo pode ser desastrosa.
Se São Bernardo e Ponte vencerem Guarani e Botafogo.
O clima é de ‘tudo ou nada’.
O clube vive esse péssimo momento pelo excesso de testes de Abel Ferreira.
Brincou com fogo...
Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.