A vontade de Pablo Marí prevaleceu. Ele impôs o adeus ao Flamengo
O zagueiro insistiu e o Arsenal cedeu. Teve de comprar o melhor zagueiro do Brasil, não apenas o levar por empréstimo. Léo Pereira foi contratado
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
A vontade de Pablo Marí prevaleceu.
Ele conseguiu o que Gabigol sonhava.
A redenção na América do Sul.
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Provar aqui que serve para a elite da Europa.
Mais uma pitada de indignação do Flamengo.
Estes são os ingredientes da truncada ida do melhor zagueiro do Brasil para o Arsenal.
E a confirmação de Léo Pereira na Gávea.
Tudo começou há dois meses, com a indicação do ex-coordenador da Seleção Brasileira, ao zagueiro que poderia reforçar a instável zaga do Arsenal, durante a janela de inverno na Europa.
Edu Gaspar escolheu Pablo Marí. A princípio o nome foi visto com enorme desconfiança, já que atuou apenas em clubes da Segunda Divisão no Velho Continente.
Só que foram observadas, cuidadosamente, as partidas que ele fez pelo Flamengo no último semestre.
O jogador ficou empolgado com a chance de jogar em um grande clube inglês. Ao vir para o Brasil ele deixou claro aos dirigentes flamenguistas. Se houvesse uma proposta da Europa e Marí quisesse aceitar, a negociação seria facilitada.
A contragosto, os dirigentes aceitaram sua saída.
E deixaram amarrada a contratação de Léo Pereira do Athletico Paranaense.
Conversaram com Edu e deixaram encaminhada a venda de Marí.
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Mas ao chegarem em Londres, depois dos exames médicos, que nada constataram, a cúpula do Arsenal avisou que desejava o zagueiro por empréstimo. Houve uma revolta enorme por parte do presidente Rodolfo Landim.
A negociação chegou a ser desfeita.
A direção do Athletico foi avisada para ter um pouco de paciência.
O Arsenal queria pagar 'apenas' um milhão de euros, R$ 4,6 milhões, até o final do semestre. Se o jogador fosse aprovado, o clube o compraria.
O Flamengo quis que Pablo Marí voltasse ao Brasil e esquecesse a transação. Foi Edu Gaspar quem insistiu. Exigiu que a proposta fosse melhorada.
A torsão no tornozelo direito do zagueiro alemão Shkodran Mustafi serviu como mais um empurrão.
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O clube carioca aceitava apenas a venda.
O impasse estava formado.
Foi quando Marí foi firme e insistiu: queria ir de qualquer maneira.
O Flamengo seguia firme, a venda ou nada.
Até que foi acertada a transação.
Venda por 15 milhões de euros, cerca de R$ 69 milhões, divididos em três parcelas.
A primeira, 5 milhões de euros, cerca de R$ 23 milhões, já.
Transação fechada, o clube carioca acionou a direção do Athletico. E os termos, que já haviam sido combinados, foram mantidos.
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R$ 27 milhões por Léo Pereira, promissor zagueiro de 23 anos.
Não foi o final que o Flamengo queria.
Havia há mais de um ano a vontade de ter Léo Pereira.
Mas não perder Pablo Marí.
Ele se tornou líder e principal zagueiro não só do clube.
Mas do futebol brasileiro.
Só que o espanhol quis voltar a atuar na Europa.
Até por uma questão pessoal.
Mostrar a si mesmo que não é um atleta de Segunda Divisão.
Daí a reviravolta final na noite de ontem.
O Flamengo perde uma peça fundamental.
Mas não haviam como segurá-la...
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