A melhor campanha da história das Eliminatórias. Brasil goleia a fraquíssima Bolívia. Sem Neymar
O time de Tite chegou a 14 vitórias e três empates, sem uma derrota sequer. A vitória por 4 a 0, diante da Bolívia, em La Paz, deixa clara a superioridade brasileira. Só na América do Sul. Sem medir forças com os europeus
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

São Paulo, Brasil
Em ritmo de treino, a seleção de Tite não teve dificuldade em vencer a fraquíssima, e eliminada, Bolívia do venezuelano César Farias.
Não precisou nem de Neymar.
Nem mesmo a altitude de 3.400 m de La Paz, o Brasil, com várias alterações, venceu por 4 a 0, com grande atuação do volante Bruno Guimarães. O versátil jogador do Newcastle marcou um gol e ainda deu passes para dois.
Além do volante, Richarlison e Lucas Paquetá marcaram.
Com o resultado, mesmo faltando a partida contra a Argentina, a seleção conseguiu garantir o primeiro lugar definitivo das Eliminatórias da América do Sul, com 45 pontos.
É a melhor campanha na história no torneio que classifica seleções para as Copas do Mundo.
E de forma invicta.
Sem direito a intercâmbio com os europeus, campeões desde 2006, pelo menos fica a certeza de que o Brasil é melhor que as fracas seleções sul-americanas.
Tite pediu amistosos contra equipes europeias, até o Mundial, que começa em novembro. Mas a CBF tem encontrado enormes dificuldades para marcar essas partidas. A previsão é que aconteçam quatro confrontos. Um deles, o jogo suspenso contra a Argentina. Pitch International e ISE, donas dos amistosos dos brasileiros e argentinos, de 2012 até esse anos, quer o confronto na Austrália.
Os outros três adversários ainda estão sendo discutidos.
A partida de hoje foi mais do que previsível.

O treinador venezuelano César Farias foi avisado de que não seguiria na Bolívia, depois do fracasso nas Eliminatórias. O desânimo dominava a equipe na despedida contra o Brasil.
Tite, por sua vez, deu oportunidade a sete jogadores diferentes começarem o jogo. Cheios de vontade. E com talento.
Éder Militão, Daniel Alves e Alex Telles, Fabinho, Bruno Guimarães e Philippe Coutinho e Richarlison. Substituíram Neymar e Vinicius Júnior, suspensos, Thiago Silva, Danilo e Guilherme Arana, Casemiro e Fred.
O domínio brasileiro foi total. Com o time reagindo de maneira impressionante também fisicamente. Nem parecia que enfrentava os 3.400 m de altitude.
A seleção, como era previsto, não atuava como sempre. Tentando ser objetiva, rápida, aguda pelas laterais. Não, com os "novos jogadores", o Brasil se tornou uma equipe mais articulada, de mais trocas de passes, mais inteligente e menos apressada para definir seus ataques.
Foi covardia diante do fraco potencial rival.
Aos 23 minutos, Bruno Guimarães, que mostrou muita visão de jogo, personalidade e talento, serviu Lucas Paquetá, livre diante da espaçada defesa da Bolívia. 1 a 0, Brasil.
Apesar da apaixonada torcida local, não havia como reagir. Philippe Coutinho e Lucas Paquetá estavam muito à vontade sem Neymar para prender a bola. O jogo fluía. As chances foram se sucedendo. Até que Antony, outra vez, bem na seleção, invadiu pela diagonal e "deu" o gol para Richarlison fazer. 2 a 0, aos 44 minutos.

No segundo tempo, o panorama não mudou. A Bolívia desestruturada, e sem talento, sendo envolvida. Foi assim que, aos 20 minutos, Paquetá serviu Bruno Guimarães. O chute foi de primeira, de sem pulo, golaço. 3 a 0.
A Bolívia ainda tomaria o quarto gol. Rodrygo, livre, chutou forte. Cordano acabou rebatendo e Richarlison só empurrou para as redes, aos 45 minutos. 4 a 0.
O Brasil saiu de campo empolgado, aplaudido.
E com uma boa dose de ilusão...
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