A hora do troco. Gabigol está sendo cruel com o Flamengo. Não teve apoio quando sofria nas mãos de Tite. Cruzeiro e Santos sondam o ídolo
Atacante comemora a reviravolta na carreira. Foi desmoralizado por Tite, ficando na reserva do reserva. E a direção rubro-negra ficou ao lado do técnico. Até que, por incompetência, acabou demitido. Voltou a mostrar seu potencial de ídolo. Está ouvindo propostas
São três homens os candidatos a presidente do Flamengo.
Rodrigo Dunshee de Abranches é o candidato da situação.
Mauricio Gomes de Mattos e Luiz Eduardo Baptista, o Bap, da oposição.
Mas o mais importante politicamente na Gávea é Rodolfo Landim, atual presidente, que será o CEO, o homem que dominará o futebol e a construção do estádio rubro-negro.
Há quatro meses, esses quatro consideravam Gabigol ‘carta fora do baralho’.
Ou seja, não ficaria na Gávea.
Pedro estava em alta e Tite ainda tinha um resto de confiança dos dirigentes.
Só que Pedro teve um rompimento dos ligamentos cruzados do joelho esquerdo.
E Tite foi mandado embora, demissão sumária por incompetência.
O Flamengo se lembrou de Gabigol.
Seu estafe também tem memória.
E não se esqueceu do vazamento do pedido de renovação.
R$ 2 milhões por mês de salário e oito milhões de euros, ou R$ 51 milhões, como luvas.
Para ficar mais cinco anos.
A proposta foi recusada publicamente.
A direção ofereceu R$ 2 milhões por mês e contrato de um ano.
Sem luvas.
Era ‘pegar ou largar’.
Gabigol decidiu se calar.
E esperar.
O destino foi seu cúmplice.
Muita coisa aconteceu no futebol.
A começar pelo fracasso do novo departamento de futebol do Cruzeiro.
De nada adiantaram os R$ 170 milhões que o bilionário Pedro Lourenço colocou de reforços.
Ele já havia gasto R$ 400 milhões para comprar a SAF de Ronaldo.
O executivo Alexandre Mattos escolheu os jogadores e o midiático Fernando Diniz.
O projeto é decepcionante.
Se o clube mineiro conseguir ou não uma vaga para a Libertadores, tem uma proposta alta articulada.
Mesmo endividado, o Santos promete revolução no time.
Caso Neymar rescinda com o Al-Hilal e decida ficar em 2025 na Vila Belmiro.
Só depende do atacante, sem mercado na Europa, atrair patrocinadores milionários.
E com esse dinheiro oferecer um contrato a Gabigol, que ‘nasceu’ no clube.
Levando ainda a promessa de buscar Paulo Henrique Ganso.
Até mesmo os bilionários, que comandam o Atlético Mineiro, analisam se vale a pena investir em Gabigol.
Seria o grande reforço para a próxima temporada.
Enquanto isso, Landim já manda recados ao empresário do atacante, que deseja sua permanência na Gávea.
O vice de futebol, Marcos Braz, é apresentado como o grande obstáculo e homem que não queria a renovação.
Só que ele não seguirá no Flamengo em 2025.
Percebeu que não tem espaço algum.
E também que a ressurreição de Gabigol foi a gota d’água para quem o queria longe.
Assim que acabou o primeiro jogo da final da Copa do Brasil, domingo passado, no Maracanã, foi nítido.
Embora entusiasmado com a vitória por 3 a 1 contra o Atlético, com dois gols seus, Gabigol mudou a direção de sua caminhada ao vestiário.
Não quis encontrar Marcos Braz.
Setoristas do Flamengo garantem que Gabigol tem como prioridade ficar.
Mas nas suas condições.
Com contrato longo e ganhando luvas altíssimas.
Sabe que todos os candidatos a presidente o querem no Mundial de Clubes do próximo ano.
Mas quer esperar a eleição, no dia 9 de dezembro, e aí, sim, negociar com quem vencer.
A ansiedade que dominava Gabigol agora é da cúpula do Flamengo.
Os dirigentes não querem perdê-lo.
Só que agora a hora é ‘do troco’.
E Gabigol está sendo cruel com o Flamengo.
Mas dando muita esperança ao Santos e ao Cruzeiro...
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