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A direção do Corinthians considera ‘bobagem’ a discussão do Inter, querendo o título de 2005. Edilson Pereira ganhou dinheiro de apostadores. Não de dirigentes corintianos

Desde que o esquema de corrupção do ex-árbitro Edilson Pereira de Carvalho foi descoberto, em 2005, a mesma discussão. O título daquele tenebroso Brasileiro é do Corinthians, afirmou a CBF. Não foi o clube paulista que corrompeu o juiz

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Edilson Pereira de Carvalho disse em um documentário que o Inter deveria ser campeão. Mas sua palavra não tem peso diante da definição da CBF SEBASTIÃO MOREIRA/ESTADÃO CONTEÚDO — 12.02.2005

Não há preocupação alguma com a direção do Corinthians.

O presidente Osmar Stabile soube da situação.

Mas disse a um conselheiro importante na sua eleição que a sua preocupação é ‘arrumar os R$ 33 milhões para tirar a transfer ban’ que o clube enfrenta, do que ‘um campeonato de 20 anos atrás’.

Toda celeuma que vem de Porto Alegre é tratada como uma ‘bobagem’ pelo comando do clube paulista.


Por um motivo muito simples.

E que se perpetua desde que o falecido presidente Alberto Dualib comandava o Corinthians, ao lado do iraniano Kia Joorabchian, da extinta MSI.


Edilson Pereira de Carvalho é réu confesso.

Admitiu que vendeu resultados do Campeonato Brasileiro de 2005. Mas para apostadores que não tinham ligação alguma com o Corinthians.


Estas foram as 11 partidas que Edilson apitou no Brasileiro de 2005.

    • Vasco 0 x 1 Botafogo
    • Ponte Preta 1 x 0 São Paulo
    • Paysandu 1 x 2 Cruzeiro
    • Juventude 1 x 4 Figueirense
    • Santos 4 x 2 Corinthians
    • Vasco 2 x 1 Figueirense
    • Cruzeiro 4 x 1 Botafogo
    • Juventude 2 x 0 Fluminense
    • Internacional 3 x 2 Coritiba
    • São Paulo 3 x 2 Corinthians
    • Fluminense 3 x 0 Brasiliense

Ou seja, o Corinthians só perdeu com Edilson apitando.

Para Santos e para o São Paulo.

Ou seja, não foi favorecido pelo esquema de corrupção.

Pelo contrário, Edilson ganhou dinheiro de apostadores em derrotas corintianas.

Nas partidas lícitas, com o juiz corrupto longe, que aconteceram novamente, o Corinthians venceu o Santos e empatou com o São Paulo. Ganhou quatro pontos. E foi campeão com três de vantagem sobre o Internacional.

A CBF, na época comandada por Ricardo Teixeira, entendeu que não houve favorecimento algum.

O STJD confirmou o clube paulista campeão.

O conselheiro do Internacional, Leonardo Aquino, apresentou um pedido por escrito para que a direção do Internacional acione a justiça para que o clube seja declarado campeão brasileiro de 2005.

Nem a direção do Internacional levou a sério o pedido.

Mas ele vazou para a imprensa gaúcha.

Para a brasileira.

A principal alegação de Aquino é que o Olympique de Marseille perdeu o título francês em 1992 e foi excluído do Mundial de Clubes. E a Juventus foi rebaixada após escândalo de manipulação de resultados no Italiano de 2005/2006.

Só que, outra vez, a tese do Corinthians se sustenta.

Olympique e Juventus estavam envolvidos nos esquemas.

Toda confusão voltou à tona porque em um documentário Edilson Pereira disse que o Inter deveria ter sido campeão. Porque nas partidas que ele se vendeu, o Corinthians perdeu.

E teve a chance de jogar novamente contra Santos e São Paulo.

O conselheiro do Internacional está levando muito a sério a palavra de um corrupto, de acordo com a lei.

Nas partidas com arbitragens isentas, o Corinthians ganhou.

Quem garante que Edilson não colocou dinheiro no bolso para o Corinthians perder os dois jogos?

Em 2005, um torcedor recorreu à Justiça Comum, com a alegação do conselheiro.

E teve de retirar porque o Internacional estava para ser punido pela Conmebol pelo uso da Justiça Comum e não disputaria a Libertadores.

Ou seja, a direção corintiana não está preocupada com as palavras de Edilson e nem com documentário algum.

Osmar Stabile foi claro.

Tem ‘mais o que fazer’ do que esta polêmica vazia...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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